Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Lunguinho, Marcus Vinícius da Silva | pt_BR |
dc.contributor.author | Teodoro, Gabriel Malheiros | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-02-19T20:39:31Z | - |
dc.date.available | 2025-02-19T20:39:31Z | - |
dc.date.issued | 2025-02-19 | - |
dc.date.submitted | 2024-09-13 | - |
dc.identifier.citation | TEODORO, Gabriel Malheiros. Preposições desacompanhadas no Português do Brasil. 2024. 176 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/51690 | - |
dc.description.abstract | Nesta dissertação, investigamos os casos de preposições desacompanhadas no português do
Brasil, os quais se assemelham, superficialmente, ao preposition stranding. Desde van Riemsdijk
(1978), o preposition stranding, fenômeno no qual uma preposição é separada de seu
complemento via movimento-A ou movimento-A', tem sido cuidadosamente estudado dentro da
tradição gerativa, sendo amplamente atestado apenas em algumas línguas germânicas, como o
inglês e as línguas escandinavas. Apesar de algumas poucas exceções em variedades do francês
norte-americano (Roberge & Rosen, 1999), o preposition stranding não é encontrado no ramo
das línguas românicas. No português do Brasil, no entanto, algumas preposições — a saber, sem,
contra e sobre — têm sido cada vez mais usadas sem um complemento manifesto e
imediatamente adjacente, tanto em orações relativas, como O candidato que João votou contra,
quanto em orações absolutas ou coordenadas, com um tópico interno à sentença ou recuperável
no discurso — como, por exemplo, Não vejo ninguém comentando sobre. Ao analisar esses tipos
de construções, argumentamos contra a hipótese de que as preposições do português brasileiro
podem sofrer stranding. Com base em Kato & Nunes (2009) e Salles (1997, 2001), propomos
que os supostos casos de preposition stranding no português do Brasil se distinguem daqueles
geralmente encontrados no inglês na medida em que não são derivados por movimento-Wh, mas
sim por meio da inserção de um pronome nulo (pro) gerado na base e correferente a um tópico
ou expressão-Wh deslocada à esquerda . Defendemos, ainda, que o que está em curso no
português é muito similar ao preposition orphaning, fenômeno comum no francês, e que
características como conteúdo semântico e estágio de gramaticalização determinam quais
preposições do português podem licenciar um complemento nulo. Além disso, assumimos, com
base na hipótese [P+D], de Salles (1997, 2001), que as preposições do português são dotadas de
um conjunto de traços-φ e realizam Agree com o pronome ou determinante que elas selecionam.
Por fim, argumentamos que as preposições funcionais, por constituirem um núcleo funcional p,
se contraem com o determinante e formam com ele um núcleo complexo, sendo então realizadas
fonologicamente com o determinante ou apagadas com ele. Por sua vez, as preposições lexicais,
entre as quais se incluem sem, contra e sobre, por consistirem em um núcleo lexical P, não se
unem ao determinante e, por isso, podem ser pronunciadas mesmo que o determinante seja nulo. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Preposições desacompanhadas no Português do Brasil | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Preposições | pt_BR |
dc.subject.keyword | Português brasileiro | pt_BR |
dc.subject.keyword | Preposições funcionais | pt_BR |
dc.subject.keyword | Pronomes resumptivos | pt_BR |
dc.subject.keyword | Pronomes nulos | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | In this thesis, we investigate the cases of unaccompanied prepositions in Brazilian Portuguese,
which , on the surface, resemble preposition stranding. Since van Riemsdijk (1978), preposition
stranding, a phenomenon in which a preposition is stranded from its complement by either Amovement or A'-movement, has been closely studied within Generative linguistics, despite being
widely attested in only a few Germanic Languages, such as English and the Scandinavian
languages. Notwithstanding a few exceptions in some varieties of North American French
(Roberge & Rosen, 1999), preposition stranding is disallowed across the Romance language
branch. In Brazilian Portuguese, however, a few prepositions — namely sem, contra e sobre —
have increasingly been used without an immediately adjacent overt complement, in both relative
clauses, like O candidato que João votou contra, and independent clauses with either an intrasentential or discourse-recoverable topic, such as Não vejo ninguém comentando sobre. In
analyzing these types of constructions, we argue against the hypothesis that Brazilian Portuguese
prepositions can be stranded. By building on Kato (2010) and Salles (1997, 2001), we propose
that the supposed cases of preposition stranding in Brazilian Portuguese differ from those
tipically found in English in that they are not derived by Wh-movement, but rather involve a
base-generated null pronoun (pro) that is co-referential to a Left-Dislocated topic or Whexpression. We further maintain that what is occurring in Brazilian Portuguese is very similar to
preposition orphaning — which is common in French — and that characteristics like semantic
content and stage of grammaticalization determine which prepositions can license a null
complement. Additionally, we assume, based on Salles’s (1997, 2001) [P+D] hypothesis, that
prepositions in Brazilian Portuguese contain a set of φ-features and that they undergo Agree with
the pronoun or determiner they select. Finally, given that functional prepositions consist in a
funcional head p, we argue that determiners incorporate into them, the two of which form a
complex head, with the preposition and the determiner either being spelled out together or being
omitted together. On the other hand, lexical prepositions, including sem, contra and sobre,
comprise a lexical head P, which does not undergo incorporation with the determiner and thus
can be spelled out even if the determiner is null. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Letras (IL) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Linguística | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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