Dobrar um mapa : de quando encontrei o meu tio-avô e artista César Papa

Abstract

Dois anos separam a vida do meu tio-avô da minha: César Papa (1953-1990), artista brasileiro e viajante. Assim como eu. O ponto de partida é uma coleção de quase 800 documentos que Papa produziu em vida, um arquivo de artista que reuni e cataloguei durante uma década. Aqui, imagina-se o arquivo como um território e um horizonte em permanente constituição. Uma constelação de imagens e zonas desconhecidas, de pontos distantes a serem aproximados e de noites em espera, até que o olhar encontre a linha entre montanha e céu. Se não houve data para compartilhar uma existência, a coordenada aponta um lugar sonhado: algo fica de nós em uma paisagem. Assim se fabrica um encontro impossível.