Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Guimarães, Débora Messenberg | pt_BR |
dc.contributor.author | Galetti, Camila Carolina Hildebrand | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-12-27T15:44:37Z | - |
dc.date.available | 2024-12-27T15:44:37Z | - |
dc.date.issued | 2024-12-27 | - |
dc.date.submitted | 2024-02-19 | - |
dc.identifier.citation | GALETTI, Camila Carolina Hildebrand. Feminina sim, feminista não: uma análise das deputadas federais antifeministas de extrema direita na 56º Legislatura. 2024. 266 f. Tese (Doutorado em Sociologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/51264 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | Os últimos anos foram marcados por um recrudescimento conservador na política brasileira.
As eleições de 2018 indicaram a pavimentação de atores e atrizes na política institucional,
declaradamente, antifeministas e com discursos misóginos associados a movimentos
amparados em uma radicalização política. Partindo do pressuposto que essa movimentação se
apresenta como contrarresposta aos avanços e lutas das agendas feministas vislumbradas na
última década, esta tese de doutorado teve como finalidade analisar o avanço de discursos e
aderências ao antifeminismo e seus desdobramentos na política institucional, entre as
deputadas federais alinhadas ao espectro ideológico de extrema direita eleitas para a 56º
Legislatura da Câmara dos Deputados. A aderência e organização de discursos antifeministas
ganharam espaço, impulsionadas por candidaturas femininas que se atrelaram durante todo
processo eleitoral à figura do, então, candidato à Presidência da República Jair Messias
Bolsonaro, amparadas por uma concepção de família claramente recortada e firmemente
defendida. Alinhou-se, assim, à imagem do líder a representação de alguém que representava
uma tutela, proteção e amparo ao feminino, o qual se encontrava ameaçado pelas investidas
da agenda feminista.
A partir de uma revisão bibliográfica sobre a ascensão de governos de extrema-direita no
mundo, propomos um debate teórico referenciado, a partir da análise via Facepager das
campanhas eleitorais das dezoito deputadas federais eleitas por partidos de extrema direita no
Brasil, em 2018. Mobilizou-se, destarte, na literatura especializada, a hipótese central de que
o bolsonarismo tem se tornado uma incubadora de atrizes políticas antifeministas. A pesquisa
pautou-se no levantamento e análise dos conteúdos postados pelas deputadas federais eleitas
de extrema-direita durante a campanha eleitoral de 2018, tanto em suas páginas no Facebook
e Twitter, como em vídeos e lives no YouTube. Desde o início da pesquisa, observou-se certa
lacuna existente nas Ciências Sociais acerca das ações coletivas antifeministas no Brasil, as
quais têm como finalidade diluir a luta das mulheres por uma sociedade mais igualitária.
Entre os resultados, observou-se que o alinhamento entre o neoliberalismo e o
neoconservadorismo aliados ao aumento da utilização do ciberespaço são de extrema
importância para a manutenção das desigualdades de gênero e da opressão das mulheres.
Além disso, é possível apontar que o antifeminismo à brasileira consolida a disputa em torno
de categorias que são caras a esse movimento social, como preceitos de representatividade,
maternidade, feminilidade e a própria categoria mulher. Por fim, é possível afirmar que o
período de análise (2018-2022) demarcou que o antifeminismo aqui tratado, pode ser
intitulado de “antifeminismo de estado” e que tem como finalidade adentrar a política
institucional para extinguir agendas caras ao feminismo progressista. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Feminina sim, feminista não : uma análise das deputadas federais antifeministas de extrema direita na 56º Legislatura | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Bolsonarismo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Extrema-direita | pt_BR |
dc.subject.keyword | Neoliberalismo - Brasil | pt_BR |
dc.subject.keyword | Neoconservadorismo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Feminismo | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The last few years have been marked by a conservative upsurge in Brazilian politics. The
2018 elections indicated the paving of actors and actresses in institutional politics, declaredly
anti-feminist and with misogynistic speeches associated with movements supported by
political radicalization. Based on the assumption that this movement presents itself as a
counter-response to the advances and struggles of feminist agendas envisioned in the last
decade, this doctoral thesis aimed to analyze the advancement of discourses and adherence to
anti-feminism and its consequences in institutional politics, among aligned federal deputies to
the far-right ideological spectrum elected to the 56th Legislature of the Chamber of Deputies.
The adherence and organization of anti-feminist speeches gained space, driven by female
candidates who were linked throughout the electoral process to the figure of the then
candidate for President of the Republic Jair Messias Bolsonaro, supported by a clearly
defined and firmly defended conception of family. Thus, the image of the leader was aligned
with the representation of someone who represented tutelage, protection and support for the
feminine, which was threatened by the attacks of the feminist agenda.
Based on a bibliographical review on the rise of far-right governments in the world, we
propose a theoretical debate based on an analysis via Facepager of the electoral campaigns of
the eighteen federal deputies elected by far-right parties in Brazil in 2018. Mobilized Thus, in
specialized literature, the central hypothesis is that Bolsonarism has become an incubator for
anti-feminist political actresses. The research was based on the survey and analysis of content
posted by far-right elected federal deputies during the 2018 electoral campaign, both on their
Facebook and Twitter pages, as well as in videos and lives on YouTube. Since the beginning
of the research, a certain gap has been observed in Social Sciences regarding anti-feminist
collective actions in Brazil, which aim to dilute women's struggle for a more egalitarian
society. Among the results, it was observed that the alignment between neoliberalism and
neoconservatism combined with the increased use of cyberspace are extremely important for
the maintenance of gender inequalities and the oppression of women. Furthermore, it is
possible to point out that Brazilian anti-feminism consolidates the dispute around categories
that are dear to this social movement, such as precepts of representation, motherhood,
femininity and the category of woman itself. Finally, it is possible to state that the period of
analysis (2018-2022) demarcated that the antifeminism discussed here can be called “state
antifeminism” and that its purpose is to enter institutional politics to extinguish agendas dear
to progressive feminism. | pt_BR |
dc.description.abstract3 | Les dernières années ont été marquées par une montée des conservateurs dans la politique
brésilienne. Les élections de 2018 ont marqué l’émergence d’acteurs et d’actrices dans une
politique institutionnelle, déclarée antiféministe et aux discours misogynes associés à des
mouvements soutenus par la radicalisation politique. Partant de l'hypothèse que ce
mouvement se présente comme une contre-réponse aux avancées et aux luttes des agendas
féministes envisagés au cours de la dernière décennie, cette thèse de doctorat visait à analyser
l'avancée des discours et l'adhésion à l'antiféminisme et ses conséquences dans la politique
institutionnelle, parmi les députés fédéraux alignés sur le spectre idéologique d'extrême droite
élus à la 56e législature de la Chambre des députés. L'adhésion et l'organisation de discours
antiféministes ont gagné de l'espace, portées par des candidates liées tout au long du
processus électoral à la figure de Jair Messias Bolsonaro, alors candidat à la présidence de la
République, soutenues par une conception de la famille clairement définie et fermement
défendue. Ainsi, l’image du leader s’alignait sur la représentation de quelqu’un qui
représentait la tutelle, la protection et le soutien du féminin, menacé par les attaques de
l’agenda féministe.
À partir d'une revue bibliographique sur la montée des gouvernements d'extrême droite dans
le monde, nous proposons un débat théorique basé sur une analyse via Facepager des
campagnes électorales des dix-huit députés fédéraux élus par les partis d'extrême droite au
Brésil en 2018. Mobilisés ainsi , dans la littérature spécialisée, l’hypothèse centrale est que le
bolsonarisme est devenu un incubateur d’actrices politiques antiféministes. La recherche s'est
appuyée sur l'enquête et l'analyse des contenus postés par des élus fédéraux d'extrême droite
lors de la campagne électorale de 2018, tant sur leurs pages Facebook et Twitter, que dans des
vidéos et des lives sur YouTube. Depuis le début de la recherche, une certaine lacune a été
observée dans les sciences sociales concernant les actions collectives antiféministes au Brésil,
qui visent à diluer la lutte des femmes pour une société plus égalitaire. Parmi les résultats, il a
été observé que l’alignement entre le néolibéralisme et le néoconservatisme combiné à
l’utilisation accrue du cyberespace est extrêmement important pour le maintien des inégalités
de genre et de l’oppression des femmes. Par ailleurs, il est possible de souligner que
l'antiféminisme brésilien consolide la controverse autour des catégories chères à ce
mouvement social, comme les préceptes de représentation, la maternité, la féminité et la
catégorie de femme elle-même. Enfin, il est possible d’affirmer que la période d’analyse
(2018-2022) a délimité le fait que l’antiféminisme discuté ici peut être qualifié d’«
antiféminisme d’État » et que son objectif est d’entrer dans la politique institutionnelle pour
éteindre les agendas chers au féminisme progressiste. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Sociais (ICS) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Sociologia (ICS SOL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Sociologia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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