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Título: Metabolismo energético e resposta ao jejum do morcego hematófago Diphylla ecaudata
Autor(es): Gomes, Carolinne Isabella Dias
Orientador(es): Pinheiro, Eliana de Cássia
Assunto: Metabolismo energético
Proteínas - metabolismo
Dietas
Data de publicação: 2008
Referência: GOMES, Carolinne Isabella Dias. Metabolismo energético e resposta ao jejum do morcego hematófago Diphylla ecaudata. 2008. 49 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)-Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
Resumo: A literatura tem mostrado que mamíferos alimentados com dietas ricas em proteína são mais resistentes ao jejum. Entretanto, ao contrário do observado o morcego vampirocomum Desmodus rotundus, apesar de possuir uma dieta muito rica em proteínas (sangue), é marcadamente susceptível ao jejum. Para esclarecer se a fragilidade frente à privação alimentar seria uma característica de D. rotundus, ou se poderia estar presentes também em outros morcegos de dieta hematófaga, este estudo utilizou o morcego Diphylla ecaudata para investigar as reservas energéticas desses animais alimentados e as respostas ao jejum. Para isso, foram determinadas as concentrações de glicose e ácidos graxos livres (AGL) plasmáticos, ácidos graxos totais da carcaça, glicogênio, lipídios e proteínas totais hepáticas e musculares em morcegos alimentados (ALM) e jejuados por 24 (J24) e 36 h (J36). Nossos resultados sugerem que D. ecaudata possui um padrão metabólico similar ao observado para D. rotundus: pequenas reservas de carboidratos e lipídios no estado alimentado e ausência de mobilização das reservas de lipídios e proteínas durante o jejum, o que resulta em grande susceptibilidade à restrição alimentar por períodos superiores a 36 h. Porém, esse padrão metabólico difere do observado para a maior parte dos animais de dietas ricas em proteínas. Além da pequena contribuição das reservas energéticas na resposta à privação alimentar, uma via metabólica normalmente associada à resposta ao jejum - a neoglicogênese - parece não estar ativa na espécie D. ecaudata, pelo menos nos animais jejuados por 36 h, hipótese reforçada, principalmente, pela grande queda da glicemia após 24 h de privação alimentar. No entanto, em animais J24, a glicemia mantém-se em níveis similares aos vistos em animais alimentados, semelhantes aos normalmente observados em mamíferos com dietas ricas em proteínas. A glicogenólise e a neoglicogênese poderiam ser os mecanismos responsáveis pela manutenção da glicemia em D. ecaudata J24, porém, como as reservas de glicogênio são pequenas e também não foi observada mobilização protéica e lipídica, é possível que animais ALM e J24 mantenham a glicose circulante em níveis normais para mamíferos (entre 70 e 100 mg/dL) também a partir da glicose da dieta, ou seja, a partir do sangue de suas presas (aves). A glicemia das aves que costumam predar seria uma das responsáveis por manter a glicemia de D. ecaudata em níveis compatíveis com a vida de mamíferos até 24 h de jejum, período de privação alimentar normalmente enfrentado por estes animais em condições naturais. Não se pode, no entanto, desconsiderar a participação do glicogênio hepático na manutenção da homeostase glicêmica no jejum de 24 h. A manutenção das altas concentrações de AGL plasmáticos no estado alimentado e J24, independente de mobilização lipídica significativa, também sugere a participação da dieta na manutenção desses metabólitos. A maior fragilidade ao jejum observada em D. ecaudata parece ser uma característica de morcegos com dieta hematófaga. Essa susceptibilidade que coloca esses animais em risco freqüente de morte e até mesmo de extinção parece ter sido compensada pelo mecanismo de compartilhamento recíproco de alimento, um comportamento, portanto, fundamental para a perpetuação da espécie. __________________________________________________________________________________________ ABSTRACT
It has been demonstrated that mammals fed with protein-rich diets are more resistant to fasting. However, the hematophagous bat Desmodus rotundus exhibits high susceptibility when subjected to food deprivation, though its diet is rich in proteins. This study investigated whether the hematophagous bat Diphylla ecaudata also shows fragility in response to fasting. In order to answer this question, the concentrations of plasmatic glucose and free fatty acids (FFA), total fatty acids from carcass, glycogen, lipids and protein total concentrations in the liver and breast muscle in bats were determined in fed (FED) and 24-h (F24) and 36-h (F36) fasted individuals. Plasma glucose levels in FED and F24 bats were similar to other mammals, but after a 36 h without food these levels were markedly reduced. Plasma FFA levels in FED bats were higher than in other mammals and remained unaltered following a 24-h fasting. Liver glycogen content decreased significantly during fasting. The protein and lipid reserves were not modified in response to fasting. Our results suggest that glucose and plasmatic FFA of D. ecaudata could have an exogenous source, probably from the glucose content of the blood of its prey (pigeons). However, the contribution of the hepatic glycogen reserves of D. ecaudata to the maintenance of glucose homeostasis in response to a 24-h fasting can not be discarded. Despite the decrease in liver glycogen, D. ecaudata is unable to keep their plasma glucose at adequate levels for mammal survival after only 36 h of food deprivation, suggesting the inefficiency of mechanisms usually present at fasting, such as gluconeogenesis. Low energy reserves found in FED bats and/or the absence of protein and lipid mobilization in fasting seem to corroborate our hypothesis and suggest that a hematophagous diet could be associated with high susceptibility in response to food shortage.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FMD)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2008.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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