Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Neves, Angela Vieira | pt_BR |
dc.contributor.author | Luiz, Cristiana dos Santos | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-12-09T20:54:06Z | - |
dc.date.available | 2024-12-09T20:54:06Z | - |
dc.date.issued | 2024-12-09 | - |
dc.date.submitted | 2024-11-04 | - |
dc.identifier.citation | LUIZ, Cristiana dos Santos. As vozes e o ativismo das mulheres negras - a participação feminina do movimento negro na Constituição Federal de 1988: memórias, lutas e resistências. 2024. 374 f., il. Tese (Doutorado em Política Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/51125 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2024. | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente tese tem por objetivo analisar a participação, o ativismo político, o protagonismo e
as vozes das mulheres negras, em especial das filiadas e ex-filiadas, nos processos de
concepção da Constituição de 1988. Observa-se, portanto, o impacto dessa atuação e seu
protagonismo na luta contra o racismo, bem como no processo de consolidação da temática da
promoção da igualdade racial e nas propostas apresentadas pelo Movimento Negro para a
Constituição de 1988. Para isso, foram entrevistadas as ativistas negras Maria Luiza Junior,
Jacira Silva, Graça Santos, Josefina Serra, Lúcia Lucimar, Cristina Guimarães, Benedita da
Silva, Maria Lúcia Junior Monteiro e Helena Theodoro. A partir dos relatos dessas
entrevistadas, analisamos a participação das ativistas negras na Constituinte. A pesquisa
revelou que, a partir desse processo, houve uma atuação política e uma participação
significativas das ativistas negras, que contribuíram de forma relevante no documento
entregue pelo movimento negro, fruto da Convenção Nacional do Negro pela Constituinte (
CNNC), no qual foram apresentadas as demandas do Movimento Negro para esse marco
regulatório. Realizamos, neste trabalho, a articulação entre sete categorias de análise: 1)
ativismo; 2) protagonismo; 3) organização e mobilização do Movimento Negro; 4) lutas e
resistência; 5) participação social; 6) demandas e ganhos constitucionais; e 7) altivez e
dororidade. A tese também aborda a organização e mobilização do Movimento Negro para
participar desse processo. Nos procedimentos metodológicos da pesquisa, a entrevista
semiestruturada foi utilizada como nossa principal ferramenta de coleta de dados e material
empírico. Foi possível confirmar nossa hipótese de que, na elaboração da Carta Magna de
1988, houve uma intensa atuação política das ativistas negras, que contribuíram
significativamente no documento fruto da Convenção Nacional do Negro e a Constituinte, que
apresentava as demandas do Movimento Negro para esse marco regulatório e foi entregue ao
presidente da época, José Sarney, na Assembleia Nacional Constituinte. De igual modo, as
ativistas negras tiveram uma participação importante no debate racial realizado na
Subcomissão dos Negros, Populações Indígenas, Pessoas Deficientes e Minorias, que
impactou nos ganhos que a comunidade negra obteve na Constituição de 1988. O estudo
mostrou, ainda, que as divergências dentro do Movimento Negro não impediram a construção
de um documento coletivo com as principais pautas propostas pelas ativistas. O documento
foi apresentado à Constituinte. A Constituição Federal de 1988 incorporou parte desse
documento. Notamos, neste estudo, a necessidade das mulheres negras de criarem um espaço
onde pudessem debater suas especificidades, uma vez que suas particularidades não eram
consideradas nem no movimento feminista nem no Movimento Negro, que utilizavam o
argumento de que essa demanda dividia os movimentos. Nesse período, o feminismo negro e
o pensamento feminista negro estão se consolidando. Por fim, identificamos que o racismo, o
sexismo e o machismo foram evidenciados nesse processo – estes dois últimos inclusive
dentro do Movimento Negro – e dificultaram a busca pelo protagonismo das mulheres negras
neste contexto de lutas e resistências. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | As vozes e o ativismo das mulheres negras - a participação feminina do movimento negro na Constituição Federal de 1988 : memórias, lutas e resistências | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Movimento negro | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mulheres negras | pt_BR |
dc.subject.keyword | Brasil. Constituição (1988) | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ativismo | pt_BR |
dc.subject.keyword | Protagonismo negro | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The aim of this dissertation is to analyse the participation, political activism, leadership, and
voices of Black women, particularly current and former affiliates, in the processes shaping the
Brazilian Constitutional text promulgated on October 5, 1988. The impact of this involvement
and their leadership in the fight against racism is examined, along with the role played in
establishing themes of racial equality promotion and in the proposals submitted by the Black
Movement for the Constitution of the Federative Republic of Brazil. To achieve this,
interviews were conducted with Black women activists Maria Luiza Junior, Jacira Silva,
Graça Santos, Josefina Serra, Lúcia Lucimar, Cristina Guimarães, Benedita da Silva, Maria
Lúcia Junior Monteiro, and Helena Theodoro. Based on these testimonies, we analyse the
involvement of Black women activists in the Constitutional Assembly (1988). The research
revealed that, through this process, there was significant political engagement and
participation by Black women activists, who made substantial contributions to the document
submitted by the Black Movement, which resulted from the National Convention of Black
People for the Constitutional Assembly. This document presented the demands of the Black
Movement for this regulatory framework. In this study, we focus on seven categories of
analysis: 1) activism; 2) leadership; 3) organisation and mobilisation of the Black Movement;
4) struggles and resistance; 5) social participation; 6) constitutional demands and
achievements; and 7) pride and sisterhood. The dissertation also discusses the organisation
and mobilisation of the Black Movement to participate in this process. Through the
methodological procedures of this research, semi-structured interviews were employed as the
primary tool for data collection and empirical material. It was possible to confirm our
hypothesis that in drafting the Constitutional text of October 5, 1988, there was intense
political involvement by Black women activists, who made significant contributions to the
document produced at the National Convention of Black People for the Constitutional
Assembly, which presented the Black Movement’s demands for this new regulatory
framework and was submitted to then-President José Sarney at the Constituent Assembly
(1988). Likewise, Black women activists played a crucial role in the racial debate conducted
in the Subcommittee on Black People, Indigenous Populations, Disabled Persons, and
Minorities, which influenced the gains achieved by the Black community in the Constitutional
text of October 5, 1988. The study further showed that the internal disagreements within the
Black Movement did not prevent the construction of a collective document with the main
issues proposed by the activists. This document was submitted to the Constitutional
Assembly. The Constitutional text enacted on October 5, 1988, incorporated parts of this
document. In this study, we observe the need for Black women to create a space where they
could discuss their particularities, given that these were not considered within the feminist
movement or the Black Movement, which argued that this demand would divide the
movements. During this period, Black feminism and Black feminist thought were in the
process of consolidation. Finally, we identified that racism, sexism, and machismo were
evident in this process – the latter two even within the Black Movement – hindering Black
women’s quest for leadership within this context of struggle and resistance. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | La presente tesis tiene como objetivo analizar la participación, el activismo político, el
protagonismo y las voces de las mujeres negras, en particular de las afiliadas y exafiliadas, en
los procesos de concepción de la Constitución de 1988. Se observa, por lo tanto, el impacto de
esta actuación y su protagonismo en la lucha contra el racismo, así como en el proceso de
consolidación de la temática de la promoción de la igualdad racial y en las propuestas
presentadas por el Movimiento Negro para la Constitución de 1988. Para ello, se entrevistaron
a las activistas negras Maria Luiza Junior, Jacira Silva, Graça Santos, Josefina Serra, Lúcia
Lucimar, Cristina Guimarães, Benedita da Silva, Maria Lúcia Junior Monteiro y Helena
Theodoro. A partir de los relatos de estas entrevistadas, se analiza la participación de las
activistas negras en la Asamblea Constituyente. La investigación reveló que, a partir de este
proceso, hubo una actuación política y una participación significativas de las activistas negras,
quienes contribuyeron de forma relevante en el documento entregado por el Movimiento
Negro, fruto de la Convención Nacional del Negro para la Constituyente, en el que se
presentaron las demandas del Movimiento Negro para este marco normativo. En este trabajo,
realizamos la articulación entre siete categorías de análisis: 1) activismo; 2) protagonismo; 3)
organización y movilización del Movimiento Negro; 4) luchas y resistencia; 5) participación
social; 6) demandas y logros constitucionales; y 7) altivez y sororidad. La tesis también
aborda la organización y movilización del Movimiento Negro para participar en este proceso.
En los procedimientos metodológicos de la investigación, la entrevista semiestructurada fue
utilizada como nuestra principal herramienta de recopilación de datos y material empírico.
Fue posible confirmar nuestra hipótesis de que, en la elaboración de la Carta Magna de 1988,
hubo una intensa actuación política de las activistas negras, quienes contribuyeron
significativamente en el documento, fruto de la Convención Nacional del Negro para la
Constituyente, que presentaba las demandas del Movimiento Negro para este marco
normativo y fue entregado al presidente de la época, José Sarney, en la Asamblea Nacional
Constituyente. Asimismo, las activistas negras desempeñaron un papel importante en el
debate racial que tuvo lugar en la Subcomisión de los Negros, Poblaciones Indígenas,
Personas con Discapacidad y Minorías, lo cual impactó en los logros obtenidos por la
comunidad negra en la Constitución de 1988. El estudio mostró, además, que las divergencias
dentro del Movimiento Negro no impidieron la construcción de un documento colectivo con
los principales puntos propuestos por las activistas. Dicho documento fue presentado en la
Asamblea Constituyente. La Constitución Federal de 1988 incorporó parte de este documento.
Observamos, en este estudio, la necesidad de las mujeres negras de crear un espacio donde
pudieran debatir sus especificidades, ya que sus particularidades no eran consideradas ni en el
movimiento feminista ni en el Movimiento Negro, que utilizaban el argumento de que esta
demanda dividía los movimientos. Durante este periodo, el feminismo negro y el pensamiento
feminista negro estaban consolidándose. Finalmente, identificamos que el racismo, el sexismo
y el machismo se evidenciaron en este proceso, siendo estos dos últimos incluso presentes
dentro del Movimiento Negro, lo cual dificultó la búsqueda del protagonismo de las mujeres
negras en este contexto de luchas y resistencias. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Serviço Social (ICH SER) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Política Social | pt_BR |
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