http://repositorio.unb.br/handle/10482/49948
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KawinaCardosoDeAraujo_DISSERT.pdf | 7,54 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Controle estrutural da mineralização de ouro no Greenstone Belt Faina, Brasil Central |
Autor(es): | Araújo, Kawinã Cardoso de |
Orientador(es): | Toledo, Catarina Labouré Bemfica |
Coorientador(es): | Araújo Filho, José Oswaldo de |
Assunto: | Ouro orogênico - depósito Mineralização - controle estrutural Greenstone Belt de Faina |
Data de publicação: | 16-Ago-2024 |
Data de defesa: | 18-Nov-2022 |
Referência: | ARAÚJO, Kawinã Cardoso de. Controle estrutural da mineralização de ouro no Greenstone Belt Faina, Brasil Central. 2022. 100 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Resumo: | O greenstone belt Faina está inserido no Domínio Crixás-Goiás, um dos principais componentes do Maciço de Goiás localizado na porção central da Faixa Brasília, no Brasil Central. A mineralização de ouro presente no greenstone belt é de natureza orogênica, fortemente controlada pelas estruturas tectônicas. A investigação das estruturas regionais distribuídas nos diferentes domínios do greenstone belt Faina, assim como as meso-estruturas presentes nos principais alvos e minas da região, permitiram a identificação de um acervo complexo de elementos estruturais geneticamente relacionados a um sistema de empurrões e dobramento regional. Através da análise descritiva e cinemática foi possível individualizar seis fases deformacionais sucessivas, geradas em pelo menos três eventos deformacionais distintos. O primeiro evento E1, de provável idade Paleoproterozoica, é caracterizado por três fases deformacionais progressivas, D1, D2 e D3, desenvolvidas em regime dúctil a dúctil-ruptil. A fase D1 é marcada por xistosidade paralela ao acamamento sedimentar. As estruturas atribuídas à fase de deformação D2 são as feições estruturais mais proeminentes do greenstone belt Faina. Elas foram geradas em regime dúctil e incluem dobramentos em todas as escalas (F2), foliação plano axial (S2), foliação milonítica (Sm2), lineação de estiramento (Le2) e lineação de intersecção (Li2). Aliado a estas feições, foi ainda observado um sistema complexo de empurrões regionais, com direção NW-SE, aos quais estão associadas zonas de cisalhamento reversas, com indicadores cinemáticos de transporte tectônico de sul para norte. A Fase D2 evolui para zonas de cisalhamento direcionais destrais de alto ângulo, com direção NW-SE, interpretadas como escape tectônico, durante a fase D3. O evento E2, de natureza dúctil-rúptil, tem idade neoproterozoica e é caracterizado por duas fases deformacionais D4 e D5. A principal estrutura da fase D4 é a Falha de Faina, que consiste em uma falha regional direcional destral, com direção NE, que separa os greenstone belts Faina e Serra de Santa Rita. A fase D5 é marcada por dobras suaves a abertas em todas as escalas, desenvolvidos em níveis crustais mais rasos e presente em toda a Faixa Brasília. O último evento E3, representado pela fase D6 de natureza rúptil, é caracterizado por brechas de direção EW a NE-SW. Os principais controles da mineralização de ouro no greenstone belt Faina estão associados à fase de deformação D2. Os empurrões regionais gerados durante essa fase funcionaram como condutos para migração de fluidos mineralizantes que se alojam em estruturas secundárias, onde a mineralização está associada a zonas de cisalhamento monoclínicas. A mineralização ocorre como ouro livre em veios de quartzo, concordantes com as zonas de cisalhamento D2, com plunge paralelo à lineação de estiramento Le2. Os veios mineralizados estão estruturados em rampas e patamares e a mineralização está concentrada em sombras de pressão de estruturas que vão desde a escala regional até a escala microscópica. |
Abstract: | The Faina greenstone belt is part of Crixás-Goiás Domain, one of the main components of the Goiás Massif. It is located in the central portion of the Brasília Belt, Central Brazil. The gold mineralization is orogenic in nature, strongly controlled by tectonic structures. Investigation of regional structures distributed in different domains of Faina greenstone belt and the meso-structures present in the main targets and mining at the region allowed the identification of a complex cluster of structural elements genetically related to thrusts system and regional folding. Through descriptive and kinematic analysis it was possible to identify six successive deformational phases, generated in at least three different deformational events. The first E1 event, probably Paleoproterozoic, is characterized by three progressive deformational phases, D1, D2 and D3, developed in a ductile to ductile-ruptile regime. The D1 phase is marked by schistosity parallel to sedimentary bedding. The structures attributed to D2 deformation phase are the most prominent structural features of the Faina greenstone belt. They were generated in a ductile regime and include folding at diverses scales (F2), axial plane foliation (S2), mylonitic foliation (Sm2), stretch lineation (Le2) and intersection lineation (Li2). Allied to these features, a complex system of NW-SE regional thrusts was observed, associated with reverse shear zones with kinematic indicators indicating tectonic transport from south to north. Phase D2 evolves into NW-SE strike-slip shear zones, interpreted as tectonic escape during phase D3. The E2 event, which is ductile-ruptile in nature, has a neoproterozoic age and is characterized by two deformational phases D4 and D5. The main D4 phase structure is the Faina Fault, a NE dextral directional regional fault that separates the Faina and Serra de Santa Rita greenstone belts. The D5 phase is marked by open folds developed at shallower crustal levels and present throughout the Brasília Belt. The last E3 event, represented by the brittle D6 phase, is characterized by E-W to NE-SW trending breccias and faults. The main gold mineralization control in the Faina greenstone belt is associated with D2 deformation phase. The D2 regional thrusts are the main conduits for mineralizing fluids migration that are hosted by secondary structures, where mineralization is associated with monoclinic shear zones. Mineralization occurs as free gold in quartz veins, concordant with D2 shear zones, pluging parallel to Le2 stretch lineation. The veins are structured in ramps and plateaus and the mineralization is concentrated in pressure shadows of regional sigmoidal structures, ranging from regional to microscopic scale. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Geociências (IG) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2022. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Geologia |
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