Atividades físicas e universitários : o caso da Universidade de Brasília

Abstract

Nos últimos anos, houve um aumento significativo na conscientização sobre a falta de atividade física e os efeitos negativos do estilo de vida sedentário. Isso reflete uma compreensão mais ampla dos impactos negativos do comportamento sedentário e busca incentivar a adoção de hábitos mais saudáveis, especialmente entre os jovens. No Brasil, uma porcentagem substancial da população é classificada como sedentária, contribuindo para o aumento das doenças crônicas não transmissíveis. A promoção da atividade física de lazer é crucial para combater esse cenário. Por isso, esse estudo tem como objetivo geral: analisar a prática de atividades físicas de lazer (AFL) dos universitários da Universidade de Brasília e as propostas existentes para sua promoção. E como objetivos específicos: mensurar o nível de Atividade Física entre os universitários dos quatro câmpus da UnB e compreender suas características; identificar os setores institucionais, departamentos ou pessoas responsáveis na UnB por ações de promoção de AFL; identificar as propostas, ações ou atividades que promovem a prática de AFL nos câmpus da UnB; investigar as variáveis relacionadas aos universitários, como câmpus de origem, área, turno do curso, idade e gênero que se relacionam com a atividade física de lazer. Estudo de levantamento descritivo correlacional com a utilização da abordagem quanti qualitativa. A abordagem quantitativa foi empregada para coletar e analisar dados numéricos por meio de questionários e escalas de avaliação, visando medir relações e identificar padrões. Por outro lado, a abordagem qualitativa permitiu explorar aspectos subjetivos, opiniões e experiências dos participantes por meio de entrevistas e análise de conteúdo. A integração dessas abordagens possibilitou uma compreensão mais abrangente do fenômeno estudado, aumentando a validade e confiabilidade dos resultados. A amostra incluiu universitários de diversos cursos de graduação provenientes dos câmpus: Darcy Ribeiro (71,7%), Ceilândia (13,7%), Gama (9,5%) e Planaltina (5,1%). Apenas (3%) dos universitários foram classificados como sedentários, enquanto (13,7%) foram considerados irregularmente ativos, e (45,7%) e 37,6% foram classificados como ativos e muito ativos, respectivamente. Na área da Saúde, (41%) são ativos ou muito ativo (47%), na área de Humanas (47%) e (35%), dados próximos ao de Exatas, respectivamente. (38,8%) dos universitários trabalham enquanto frequentam a universidade, e a presença de uma ocupação trabalhista não afetou significativamente os níveis de atividade física, (16,2%) dos universitários recebem assistência social, e apresentaram níveis mais elevados de atividade física. As modalidades esportivas mais praticadas pelos universitários nos câmpus incluíram voleibol (17%); futsal (13%); futebol (11%); e tênis de mesa (11%). A promoção da atividade física foi atribuída principalmente às atléticas (31%), a própria UnB (27%), o professor externo (20%), os clubes (8%), prática desportiva (4%), projeto de extensão (4%), CAPSI (2%), projeto recreando (2%) e PET (2%). Esses resultados destacam a importância de incentivar a prática de atividade física entre os universitários, visando melhorias em sua saúde e bem estar.