Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Seidl, Eliane Maria Fleury | - |
dc.contributor.author | Barros, Sílvia Furtado de | - |
dc.date.accessioned | 2024-08-01T17:39:33Z | - |
dc.date.available | 2024-08-01T17:39:33Z | - |
dc.date.issued | 2024-08-01 | - |
dc.date.submitted | 2023-12-13 | - |
dc.identifier.citation | BARROS, Sílvia Furtado de. Ser mulher com HIV: preditores da adesão ao tratamento antirretroviral em relação ao distress, estigma e percepção de doença. 2023. 128 f., il. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica e Cultura) — Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49433 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é considerada uma condição crônica
e com a universalidade no acesso à terapia antirretroviral (TARV) no Brasil, a maior ameaça à
saúde das pessoas que vivem com HIV (PVHIV) é o agravamento da doença e o
desenvolvimento de resistência viral. A adesão é considerada fator decisivo na resposta
terapêutica e um dos principais desafios no cuidado das PVHIV. No caso de mulheres com
HIV, a adesão pode ser fortemente prejudicada em decorrência do preconceito e do
silenciamento resultante da sociedade marcada pelo machismo, que dificulta o exercício da
autonomia feminina sobre o próprio corpo e, consequentemente, seu autocuidado em relação
ao HIV. Essa dissertação é composta por dois estudos. O primeiro é uma revisão sistemática
da literatura, visando analisar associações entre estigma vivenciado por mulheres e adesão ao
tratamento antirretroviral, por meio de artigos empíricos, revisados por pares, publicados de
2018 a 2023, nas bases Scopus, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PsycInfo.
Foram identificados 179 artigos, dos quais 35 atenderam aos critérios de elegibilidade. Os
resultados mostraram que o estigma relacionado ao HIV tem vários impactos na vida de
mulheres soropositivas, afetando a saúde mental, qualidade de vida e, consequentemente, a
adesão ao tratamento. A realização de aconselhamento, psicoeducação e práticas de educação
em saúde, além do vínculo profissional-paciente, são aspectos que minimizam os efeitos
negativos do estigma sobre a adesão ao tratamento. O segundo estudo, o principal, teve como
objetivo identificar preditores da adesão ao tratamento antirretroviral em relação à saúde
mental, percepção de doença e de estigma em mulheres vivendo com HIV no Distrito Federal.
Trata-se de estudo com delineamento transversal, quantitativo, com coleta de dados online, que
pesquisou 108 mulheres com HIV que faziam acompanhamento em serviços públicos de saúde
do Distrito Federal. Foram utilizados questionários sociodemográfico e médico-clínico, além
dos instrumentos Questionário para Avaliação da Adesão ao Tratamento Antirretroviral
(CEAT-VIH), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), Questionário de
Percepção de Doenças Versão Breve e Escala Autoestigma Relacionado ao HIV. A média de
idade foi de 45,9 anos, 62,1% se autodeclarou parda e preta, com renda inferior a dois salários mínimos, estava em um relacionamento amoroso e residia no DF. Grande parte (83,3%)
apresentava carga viral indetectável. Após análises preliminares e bivariadas, níveis de adesão
foram associados significativamente com a variável renda familiar (U=1011,0; p=0,01). Na
análise de correlação de Spearman, as associações foram significativas, negativas e fracas da
variável adesão ao tratamento, com distress, autoestigma e percepção de doença. Na análise de
regressão múltipla (método forward), a variável que mais fortemente impactou os níveis de
adesão foi o distress, explicando 20,8% da variância da adesão, seguida de percepção de doença
que explicou 4,9%. As variáveis renda familiar e autoestigma não entraram no modelo final.
Em síntese, a presença de distress e a percepção ameaçadora da condição de soropositividade
permitem prever piores níveis de adesão, segundo os resultados do presente estudo. A pesquisa
contribuiu para a compreensão dos desafios e barreiras enfrentados por mulheres que vivem
com HIV e ressaltou a urgência no desenvolvimento de estratégias de intervenção psicológica
que considerem as especificidades de gênero, a saúde mental e a aceitação do diagnóstico. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Ser mulher com HIV: preditores da adesão ao tratamento antirretroviral em relação ao distress, estigma e percepção de doença | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | AIDS (Doença) | pt_BR |
dc.subject.keyword | HIV (Vírus) | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mulheres | pt_BR |
dc.subject.keyword | AIDS (Doença) - tratamento | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Infection with the human immunodeficiency virus (HIV) is considered a chronic condition, and
with universal access to antiretroviral therapy (ART) in Brazil, the greatest threat to the health
of people living with HIV (PLHIV) is the worsening of the disease and the development of
viral resistance. Adherence is considered a decisive factor in therapeutic response and one of
the main challenges in the care of PLHIV. In the case of women with HIV, adherence can be
strongly hindered due to prejudice and silencing resulting from a society marked by sexism,
which complicates the exercise of female autonomy over their own bodies and, consequently,
their self-care regarding HIV. This dissertation consists of two studies, with the first being a
systematic literature review aiming to analyze associations between stigma experienced by
women and adherence to antiretroviral treatment through empirical articles peer-reviewed and
published from 2018 to 2023, in the Scopus, Scientific Electronic Library Online (SciELO),
and PsycInfo databases. A total of 179 articles were identified, of which 35 met the eligibility
criteria. The results showed that HIV-related stigma has various impacts on the lives of
seropositive women, affecting mental health, quality of life, and consequently, adherence to
antiretroviral treatment. Counseling, health education practices, and the professional-patient
bond are aspects that minimize the negative effects of stigma on treatment adherence. The
second, the main study, aimed to identify predictors of adherence to antiretroviral treatment
regarding mental health, illness perception, and stigma in women living with HIV in the Federal
District. It is a cross-sectional, quantitative study with online data collection, involving 108
HIV-positive women receiving care in public health services in the Federal District.
Sociodemographic and medical-clinical questionnaires were used, along with the Adherence to
Antiretroviral Treatment Assessment Questionnaire (CEAT-VIH), Hospital Anxiety and
Depression Scale (HADS), Brief Illness Perception Questionnaire, and HIV-related Self-stigma
Scale. The average age was 45 years, 62.1% self-identified as brown and black, with income
below two minimum wages, in a relationship, and residing in the Federal District. A large
proportion (83.3%) had undetectable viral load. After preliminary and bivariate analyses,
adherence levels were significantly associated with the family income variable (U=1011.0;
p=0.01). In Spearman correlation analysis, there were significant, negative, and weak
correlations between adherence, distress, self-stigma, and illness perception. In multiple
regression analysis (forward method), distress was the variable that most strongly impacted
adherence levels, explaining 20.8% of the variance in adherence, followed by illness
perception, which explained 4.9%. Family income and self-stigma variables did not enter the
final model. In summary, the presence of distress and the threatening perception of
seropositivity predict poorer adherence levels, according to the results of this study. The
research contributed to understanding the challenges and barriers faced by women living with
HIV and emphasized the urgency of developing psychological intervention strategies that
consider gender specificities, mental health, and acceptance of the diagnosis. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Psicologia (IP) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) | - |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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