O manejo do açaí e suas transformações no território ribeirinho do Rio Maúba, em Abaetetuba, Baixo Tocantins – PA

Abstract

A presente dissertação foi desenvolvida no território ribeirinho do Rio Maúba, localizado entre as cidades de Abaetetuba e Igarapé Miri, na região do baixo Tocantins, no Estado do Pará, e tem o objetivo de apresentar, em relação ao manejo do açaí local, os aspectos ambientais, econômicos e sociais, a partir do ponto de vista dos extrativistas. Para isso, o trabalho constitui se metodologicamente com levantamento bibliográfico e coleta de dados que se deu por meio de entrevistas a partir de um roteiro semiestruturado e de registros fotográficos, bem como aplicação da Matriz FOFA (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), a qual foi empregada para abordar aspectos sociais, ambientais e econômicos relacionados ao manejo do açaí. O primeiro capítulo trata do território entre dois municípios vizinhos e o Rio Maúba, fazendo um breve relato dos seus contextos históricos, além de caracterizar o açaí local. O segundo capítulo traz a contextualização da pesquisa, com a apresentação dos objetivos, junto a revisão de literatura e os procedimentos metodológicos utilizados para a obtenção dos dados resultantes. No capítulo três são apresentados os resultados de acordo com o objetivo do trabalho com as percepções dos extrativistas. No aspecto ambiental percebe-se o assoreamento do rio a partir da retirada das matas ciliares, no aspecto social ocorre a interação entre todos os atores locais ligados à atividade do açaí, e as mudanças em termos de ocupação e renda sãodiscutidas no aspecto econômico. Diante dos resultados foi possível verificar a importânciaque o açaí tem na comunidade e nas famílias, pois possibilita não somente a garantia e a manutenção da segurança alimentar, mas também contribui gerando economia e renda. Ademais, a produção do açaí faz com que os moradores da localidade tenham uma vida diferente da experimentada no passado, tanto por aspectos positivos acerca da subsistência quanto por aspectos negativos, devido, dentre outros problemas, às inadequações na gestão da produção do fruto e os impactos ambientais.