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Título: Aspectos morfofuncionais do sistema músculo-esquelético em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida e preservada : desempenho, arquitetura muscular e extração periférica de oxigênio
Autor(es): Lira, Amanda Oliveira do Vale
E-mail do autor: liraaov@gmail.com
Orientador(es): Cipriano Júnior, Gérson
Assunto: Ultrassonografia muscular
Força muscular
Espectroscopia de luz
Insuficiência cardíaca
Data de publicação: 27-Fev-2024
Referência: LIRA, Amanda Oliveira do Vale. Aspectos morfofuncionais do sistema músculo-esquelético em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida e preservada: desempenho, arquitetura muscular e extração periférica de oxigênio. 2021. 124 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: Introdução: Prevalente tanto em pacientes com IC com fração de ejeção reduzida (ICFEr) quanto em preservada (ICFEp), a intolerância ao exercício está intimamente relacionada à diminuição de força muscular esquelética, determinante para a redução da capacidade funcional, reconhecida como fator prognóstico independente. Entretanto, os mecanismos fisiopatológicos responsáveis pela redução da tolerância ao exercício naqueles com ICFEp ainda não é consenso na literatura científica. Objetivos: Analisar a arquitetura e a extração muscular de oxigênio em pacientes com ICFEp em comparação a pacientes com ICFEr. E correlacionar as variáveis de arquitetura muscular com o consumo de oxigênio pico (V̇O2 pico, ml/min) e o pico de torque isocinético (PT, Nm). Materiais e Métodos: Estudo preliminar, observacional, transversal, incluindo 32 pacientes clinicamente estáveis que realizaram avaliação clinica prévia (composição corporal, ecocardiograma, teste cardiopulmonar de exercício), seguido de análise da arquitetura muscular, por meio da avaliação da espessura muscular (cm) do músculo reto femoral, (RF), quadríceps femoral (QD) e vasto lateral (VL) e da ecointensidade dos músculos RF e VL (0-255 pixels), e da oxigenação muscular (oxihemoglobina, O2Hb), desoxigenação (desoxihemoglobina, HHb) e taxa de saturação tecidual (TSI) do músculo vasto lateral durante teste de avaliação da força muscular isométrica e isocinética. Os dados contínuos foram analisados quanto à normalidade e descritos por média, desvio padrão e frequências. As comparações das variáveis dependentes foram realizadas pelo teste t de Student ou teste de Mann-Whitney e para as variáveis categóricas, os testes de Kruskal-Wallis, exato de Fisher e homogeneidade de Qui-quadrado. Considerado para todo o estudo p valor <0.05. Resultados: Quanto às características dos grupos, verificamos maior prevalência do sexo masculino em ambos os grupos, idade (anos) de 53,29,1 no grupo ICFEr e de 56,410,8 no ICFEp (p=0,398), sendo 75% em Classe Funcional II e III (NYHA) no grupo ICFEr e 40% no ICFEp. Os grupos foram semelhantes quanto à composição corporal e índice de massa corporal (28,95,4 no grupo ICFEr e de 31,15,1 no ICFEp; p=0,273). Também foram semelhantes quanto à força muscular isocinética (100,144,7 no grupo ICFEr e de 105,841,7 no ICFEp (p=0,721). Porém, quanto à capacidade cardiorrespiratória, o grupo ICFEp apresentou maior V̇O2 Pico, ml/min (1625,9443,9 vs. 1315,5368,4; p=0,051). Quanto à análise da arquitetura muscular, os grupos foram semelhantes em relação à espessura muscular do RF (ICFEr: 1,70,5; ICFEp: 1,90,5; p=0,255), QD (ICFEr: 3,20,9; ICFEp: 3,50,7; p=0,454) e VL (ICFEr: 1,80,5; ICFEp: 2,00,3; p=0,146). Enquanto o grupo ICFEp apresentou maior valor de ecointensidade do RF (ICFEr 13,95,9 e ICFEp 20,312,2; p=0.075). Quanto à análise da extração muscular, o grupo ICFEp apresentou menor concentração de HHb durante a recuperação após a primeira contração da avaliação de força muscular isométrica (ICFEr 5,14,5 e ICFEp 2,13,1; p=0,059), apesar de ter apresentado menor fadiga, durante avaliação de força muscular isocinética (ICFEr 42,97,3 e ICFEp 34,513,6; p=0,037). Verificamos uma associação entre a espessura do QD e V̇O2 Pico em ambos os fenótipos (ICFEr: p=0,001; r=0,824; ICFEp: p=0,800; r=0,0003), além de associação entre a espessura do QD e PT isocinético no grupo ICFEr (p = 0,0002; r = 0,879) e moderada no grupo ICFEp (p = 0,005; r = 0,684). E ainda, observamos associação entre a ecointensidade do RF e V̇O2 Pico apenas no grupo ICFEp (p=0,005; r=-0,646). Por fim, houve associação entre associação da ecointensidade do RF com PT isocinético no apenas no grupo ICFEp (p=0,008; r=-0,621). Conclusão: Neste estudo preliminar, observamos semelhança entre os grupos quanto à arquitetura muscular, enquanto a ecointensidade foi ligeiramente pior no grupo ICFEp. Similarmente, apesar de semelhantes quanto ao desempenho muscular, o grupo ICFEp apresentou menor fadiga e melhor recuperação da extração muscular de oxigênio após contração muscular isométrica. Dentre as variáveis de arquitetura muscular, a espessura muscular apresentou forte associação positiva com o consumo de oxigênio pico e com a força muscular isocinética, enquanto a ecointensidade apresentou forte associação negativa, apenas no grupo com ICFEp. O significado clínico do presente trabalho, reforça a contribuição do sistema muscular nos mecanismos de intolerância ao exercício na IC, cujos mecanismos parecem ocorrer de forma similar quanto à espessura muscular, mas para ecointensidade e extração muscular de oxigênio parece haver uma ligeira diferença entre os fenótipos. Mais estudos devem ser realizados a cerca desta temática.
Abstract: Background: Exercise intolerance is closely related to prognosis in HF patients. The decrease in skeletal muscle strength controbutes to the reduction of functional capacity present in both HF phenotypes: reduced ejection fraction (HFrEF) and preserved (HFpEF). However, the pathophysiological mechanisms responsible for the reduction of exercise tolerance in HFpEF is still not a consensus in the scientific literature. Purpose: To analyze the architecture and muscle oxygen extraction in patients with HFpEF in comparison to patients with HFrEF. And to correlate muscle architecture variables with peak oxygen consumption (peak V̇O2, ml/min) and peak isokinetic torque (PT, Nm). Methods: This is an observational, preliminary cross-sectional study, including 32 clinically stable patients who underwent clinical assessments (body composition, echocardiography, cardiopulmonary exercise test), followed by analysis of the muscle architecture, the muscle thickness (cm) of the rectus femoris muscle, (RF), quadriceps femoris (QD) and vastus lateralis (VL) and the echo intensity of the RF and VL muscles (0-255 pixels), further the muscle oxygenation (oxyhemoglobin, O2Hb), deoxygenation (deoxyhemoglobin, HHb) and tissue saturation index ( TSI) of the VL during a test to assess isometric and isokinetic muscle strength. Continuous data were analyzed for normality and described by mean, standard deviation (SD) and frequency (%). Comparisons of dependent variables were performed using Student's t test or Mann-Whitney test, and for categorical variables, Kruskal-Wallis, Fisher's exact and Chi-square homogeneity tests. There was considered a p value <0.05 for all study. Results: In both groups, males overlap in relation to females with a mean age (years) of 53.29.1 in the HFrEF group and 56.4±10.8 in the HFpEF (p = 0.398). Regarding the NYHA functional class, 75% of the HFrEF group were NYHA classes II and III and 40% of the HFpEF group. The groups were similar in terms of body composition, body mass index (p>0.05) and muscle strength regarding isokinetic muscle strength (100.1±44.7 in HFrEF group and 105.8±41.7 in HFpEF; p=0.721). However, regarding cardiorespiratory fitness, the HFpEF group presented higher peak V̇O2, ml/min (1625.9±443.9 vs. 1315.5±368.4; p=0.051). Regarding the analysis of muscle architecture, the groups were similar in relation to the muscle thickness of the RF (HFrEF: 1.70.5; HFpEF: 1.90.5; p=0.255), QD (HFrEF: 3.20.9; HFpEF: 3.50.7; p=0.454) and VL (HFrEF: 1.80.5; HFpEF: 2.00.3; p=0.146). While the HFpEF group had a higher RF echo intensity value (HFrEF 13.9±5.9 and HFpEF 20.3±12.2; p=0.075). In relation to the analysis of muscle extraction, the HFpEF group had a lower concentration of HHb during recovery after the first contraction of the isometric muscle strength assessment (HFrEF 5.1±4.5 and HFpEF 2.1±3.1; p=0.059), despite having less fatigue during isokinetic muscle strength assessment (HFrEF 42.9±7.3 and HFpEF 34.5±13.6; p=0.037). We verified an association between QD thickness and peak V̇O2 in both phenotypes (HFrEF: p=0.001; r=0.824; HFpEF: p=0.800; r=0.0003), in addition to an association between QD thickness and isokinetic PT in the HFrEF group (p=0.0002; r=0.879) and moderate in the HFpEF group (p=0.005; r=0.684). Furthermore, we observed an association between RF echo intensity and peak V̇O2 only in the HFpEF group (p=0.005; r=-0.646). Finally, there was an association between the RF echo intensity with isokinetic PT only in the HFpEF group (p=0.008; r=-0.621). Conclusions: In this preliminary study, regarding muscle architecture, the groups were similar in terms of muscle thickness, while echo intensity was slightly worse in the HFpEF group. Also, despite similar muscle performance, the HFpEF group showed less fatigue and better recovery of muscle oxygen extraction after isometric muscle contraction. Among the muscle architecture variables, muscle thickness showed a strong positive association with peak oxygen consumption and isokinetic muscle strength, while echo intensity showed a strong negative association, only in the group with HFpEF. The clinical significance of the present study reinforces the contribution of the muscular system in the mechanisms of exercise intolerance in HF, whose mechanisms seem to occur in a similar way regarding muscle thickness, but for echo intensity and muscle oxygen extraction there seems to be a slight difference between the phenotypes. More studies should be carried out on this theme.
Unidade Acadêmica: Faculdade UnB Ceilândia (FCE)
Faculdade UnB Ceilândia (FCE)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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