Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Almeida, Eneá de Stutz e | pt_BR |
dc.contributor.author | Lopes, Bárbara Guilherme | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-01-15T21:38:47Z | - |
dc.date.available | 2024-01-15T21:38:47Z | - |
dc.date.issued | 2024-01-15 | - |
dc.date.submitted | 2023-07-28 | - |
dc.identifier.citation | LOPES, Bárbara Guilherme. Narradores não confiáveis: o discurso do Exército Brasileiro sobre memória, verdade e justiça encontrado nos Relatórios Periódicos Mensais (RPMS) entre 1989 e 1991. 2023. 114 f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Universidade de Brasília, Brasília, 2023. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/47266 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2023. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta pesquisa remete a uma disputa narrativa histórica: o discurso sobre a ditadura civil militar no Brasil. De um lado, o lançamento do livro Brasil: Nunca Mais, em 1985, que denuncia as violações aos direitos humanos durante a ditadura e, como resposta, o
Projeto Orvil, encabeçado pelo Centro de Informações do Exército (CIE), com a
intenção de contar a versão dos militares da história. O Orvil não foi autorizado para
publicação, mas continuou a circular nas Forças Armadas como narrativa de variadas
formas. Em 2021, foram divulgados os Relatórios Periódicos Mensais (RPMs),
informativos elaborados pelo CIE pelo menos de 1989 a 1991, que perpetua o discurso
do Orvil como política no sistema de informações do Exército para doutrinação de
militares. Damos a isso o nome de discurso Orviliano e questionamos: qual o discurso
do Exército sobre memória, verdade e justiça da ditadura civil-militar? Para isso,
partimos da hipótese de que há um discurso Orviliano sobre memória, verdade e justiça
no Exército Brasileiro que obstaculiza a justiça de transição. É proposta uma análise de
discurso, de acordo com Orlandi (2000), nos Relatórios Periódicos Mensais, que são
capazes de fornecer uma delimitação temporal que representa a redemocratização, em
um período pós promulgação da Constituição Federal de 1988. Dessa forma,
codificamos os textos presentes nos Relatórios através da análise de conteúdo
categorial, elaborado a partir da revisão de literatura sobre o pensamento político dos
militares, que demonstra a centralidade da Doutrina de Segurança Nacional como
fundamento. Foi possível compreender que o discurso dos RPMs traz os elementos
argumentativos fundamentais do Orvil, sendo assim, foi caracterizado como um
discurso Orviliano sobre memória, verdade e justiça. Sendo estes os pilares da justiça de
transição, um discurso atravessado sobre a ditadura civil-militar, que apresenta uma
narrativa que inverte heróis e vilões, criando inimigos, é um entrave para sua
concretização. A tarefa da justiça de transição, portanto, é trabalhar os usos políticos do
passado no presente a fim de se posicionar sobre a memória a ser construída. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Narradores não confiáveis : o discurso do Exército Brasileiro sobre memória, verdade e justiça encontrado nos Relatórios Periódicos Mensais (RPMS) entre 1989 e 1991 | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Exército brasileiro | pt_BR |
dc.subject.keyword | Justiça de transição | pt_BR |
dc.subject.keyword | Memória coletiva | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ditadura militar - Brasil | pt_BR |
dc.subject.keyword | Projeto Orvil | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This research refers to a historical narrative dispute: the discourse on the civil-military
dictatorship in Brazil. On one side, the release of the book Brazil: Never Again, in 1985,
which denounces human rights violations during the dictatorship, and, in response, the
Orvil Project, led by the Army Information Center (CIE), with the intention of
presenting the military's version of history. The Orvil was not authorized for publication
but continued to circulate within the Armed Forces in various forms of narrative. In
2021, the Monthly Periodic Reports (RPMs), informative documents prepared by the
CIE at least from 1989 to 1991, were released, perpetuating the Orvil discourse as a
policy within the Army's information system for the indoctrination of military
personnel. We refer to this as the Orvilian discourse and question: what is the Army's
discourse on memory, truth, and justice of the civil-military dictatorship? For that, we
start from the hypothesis that there is an Orvilian discourse on memory, truth, and
justice within the Brazilian Army that obstructs transitional justice. A discourse analysis
is proposed, according to Orlandi (2000), of the Monthly Periodic Reports, which can
provide a temporal delimitation that represents the process of democratization in a
period after the promulgation of the Federal Constitution of 1988. Thus, we coded the
texts present in the Reports using categorical content analysis, developed through a
literature review on the political thought of the military, which demonstrates the
centrality of the National Security Doctrine as its foundation. It was possible to
understand that the discourse of the RPMs carries the fundamental argumentative
elements of the Orvil, and therefore, it was characterized as an Orvilian discourse on
memory, truth, and justice. As these are the pillars of transitional justice, a discourse
intersected with the civil-military dictatorship, which presents a narrative that reverses
heroes and villains, creates enemies, becomes an obstacle to its realization. The task of
transitional justice, therefore, is to work on the political uses of the past in the present to
take a position on the memory to be constructed. | en |
dc.description.unidade | Faculdade de Direito (FD) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Direito | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|