Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/47138
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2019_CíntiaRochadaTrindade.pdf21,19 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Imageamento sismológico da litosfera do Brasil Central : subsídios ao entendimento da evolução tectônica regional
Autor(es): Trindade, Cíntia Rocha da
Orientador(es): Soares, José Eduardo Pereira
Assunto: Dispersão de ondas de superfície
Imageamento sismológico
Função do receptor
Inversão conjunta
Evolução tectônica
Data de publicação: 28-Dez-2023
Referência: TRINDADE, Cíntia Rocha da. Imageamento sismológico da litosfera do Brasil Central: subsídios ao entendimento da evolução tectônica regional. 2019. 145, xlvi f., il. Tese (Doutorado em Geociências Aplicadas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: O Brasil central (porção norte da Província Tocantins, sul da Bacia do Parnaíba e leste do Cráton Amazônico) é um orógeno Neoproterozoico, constituído por terrenos/blocos menores amalgamados entre os crátons Amazônico, do São Francisco e São Luiz/Oeste África por meio de zonas de subducção atuantes nas bordas dos crátons, onde as margens cratônicas funcionaram como margens passivas. A litosfera atual é resultado da formação do Gondwana oeste no Neoproterozoico (650- 500 Ma) e de processos subsequentes que deram origem a Bacia do Parnaíba no Siluriano e culminaram com a implantação do oceano Atlântico no Jurássico-Cretáceo. Este trabalho apresenta modelo 1D de velocidade S para a crosta e manto litosférico para vinte e seis estações sismográficas de banda larga localizados nos diferentes domínios/blocos que compõem o Brasil central, obtidos a partir de resultados de função do receptor nos domínios do tempo e da frequência e inversão conjunta de dados de função do receptor e dispersão de ondas de superfície. A crosta do Brasil central tem espessura de 36 km a 55 km e razão Vp/Vs de 1,70 a 1,80, com variações (de espessura e velocidade S) relacionadas a mudanças no ambiente tectônico. A crosta é mais fina no Cráton Amazônico e mais espessa ao longo da zona de sutura Tocantins-Araguaia. Os resultados mostram que a zona de sutura passa no limite oeste dos complexos Rio dos Mangues e Porto Nacional, sugerindo que a Paleoplaca Amazônica subductou (para oeste por sob) os complexos, o Arco Magmático de Goiás e demais blocos que compõem o embasamento da Bacia do Parnaíba e atualmente estão encobertos pelos sedimentos da Bacia. A Bacia do Parnaíba apresenta embasamento formado por crosta félsica, de cerca de 42 km de espessura e a Bacia mostra profundidade de menos de 1km na porção sul e cerca de 2km na parte norte, espessando no sentido do depocentro. Na base da crosta do domínio Grajaú, a presença de alto gradiente de velocidade S (3,86- 4,44 km/s) pode estar relacionado com intrusão de rochas máficas na base da crosta. De forma geral, a crosta do Brasil central é espessa, sem evidências de estiramento. Os resultados sugerem movimentações verticais na parte norte da Província Tocantins e sul da Bacia do Parnaíba interpretadas como reajustes isostáticos (rebounds) ocorridos em resposta as trações impostas pela implantação do oceano Atlântico. Aparentemente os movimentos detectados não são controlados pelo Lineamento Transbrasiliano, que atravessa a área de estudo sem gerar grandes deslocamentos entre os domínios geológicos ou degraus no limite crosta-manto.
Abstract: The central Brazil (northern portion of the Tocantins Province, south of the Parnaíba basin and eastern of Amazonian Craton) is a Neoproterozoic orogen, constituted by smaller terrains/blocks amalgamated between the Amazonian, São Francisco and São Luiz/West Africa cratons through subduction zones acting on the boundary of the cratons, where the cratonic margins functioned as passive margins. The current lithosphere results from the West Gondwana formation in Neoproterozoic (650- 500 Ma) and subsequent processes that gave origin to the Parnaíba basin in the Silurian and culminated with the implantation of the Atlantic Ocean in the Jurassic-Cretaceous. This work presents 1-D models of S velocity for the crust and lithospheric mantle for twenty six broad band seismographic stations located in different domains/blocks that compose the central Brazil, obtained from receiver function results in time and frequency domain and joint inversion of receiver function and surface wave dispersion. The central Brazil crust has thickness between 36 km and 55 km and Vp/Vs ratio of 1.70 – 1.80, with variations (thickness and S velocity) related to changes in the tectonic domain. The crust is thinner in Amazonian Craton and thicker along the Tocantins- Araguaia suture zone. The results show that the suture zone passes in the western boundary of the Rio dos Mangues and Porto Nacional complexes, suggesting that the Amazonian Paleoplate subducted (to the west under) the complexes, the Magmatic Arc of Goiás and other blocks that form the basement of the Parnaíba Basin and are currently covered by sediments of the Basin. The Parnaíba basin has a basement formed by felsic crust, with thickness of about 42 km and the Basin shows depth of less than 1km in the southern portion and about 2km in the north, thickening towards the depocenter. At the base of the crust of the Grajaú domain, the presence of a high S velocity gradient (3.86-4.44 km/s) may be related to intrusions of mafic rocks in the crust base. In general, the central Brazil crust is thick, with no evidence of stretching. The results suggest vertical motions in the northern part of the Tocantins Province and south of Parnaíba basin interpreted with as isostatic readjustments (rebounds) occurred in response to the traction imposed by the implantation of the Atlantic Ocean. Apparently, the movements detected are not controlled by the Transbrasiliano Lineament, which crosses the study area without generating large displacements between the geological domains or steps in the crust-mantle boundary.
Unidade Acadêmica: Instituto de Geociências (IG)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas e Geodinâmica
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.