Mortalidade em pacientes com diagnóstico de doença arterial coronariana grave assistidos na Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal

Abstract

Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo, a doença cardíaca isquêmica é a principal delas, e a prevalência dos fatores de risco cardiovascular têm aumentado com o envelhecimento da população. O número e a gravidade das lesões coronarianas, além da função ventricular esquerda são fatores importantes no prognóstico da doença arterial coronariana. O objetivo principal deste trabalho é identificar o perfil da população atendida com diagnóstico de doença arterial coronariana e avaliar a mortalidade e dos pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde do Distrito Federal. Métodos: Foram revisados os prontuários e os relatórios de procedimentos de pacientes portadores de doença arterial coronariana submetidos à cineangiocoronariografia invasiva no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015. A ocorrência de óbito foi constatada pela consulta ao Sistema Informatizado de Mortalidade (SIM). Resultados: Foram submetidos à cineangiocoronariografia invasiva 5.520 pacientes e não preencheram os critérios de admissão no estudo 1.961. Destes 59,8% eram do gênero masculino. As formas agudas da doença arterial coronariana representaram 66,8% da amostra e o diagnóstico de diabetes mellitus foi relatado em 31,9% dos pacientes. A opção pelo tratamento clínico foi adotada em 57,7% dos pacientes, a intervenção coronária percutânea em 30,7% e o procedimento cirúrgico foi realizado em 11,8% dos pacientes. A mortalidade geral foi de 12,3%. Cento e quarenta e três pacientes com doença arterial coronariana extensa responderam por 31,7% de todos os óbitos. Neste grupo o tratamento clínico esteve associado à maior mortalidade. Conclusões: A mortalidade geral foi de 12,3%. Esta mortalidade foi maior na presença de diabetes mellitus e de alteração da contratilidade ventricular esquerda. A doença arterial coronariana extensa esteve associada à maior mortalidade quando o tratamento clínico foi a opção terapêutica.