Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/46220
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2018_FabrícioCastagnaLunardi.pdf3,48 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: O STF na política e a política no STF : players, pactos e impactos para a democracia
Autor(es): Lunardi, Fabrício Castagna
Orientador(es): Benvindo, Juliano Zaiden
Assunto: Supremo Tribunal Federal
Controle de constitucionalidade
Judicialização
Constitucionalismo abusivo
Data de publicação: 31-Jul-2023
Referência: LUNARDI, Fabrício Castagna. O STF na política e a política no STF: players, pactos e impactos para a democracia. 2018. 430 f. Dissertação (Mestrado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: A presente tese tem por objetivo investigar a real capacidade do Supremo Tribunal Federal para corrigir as disfunções de instituições políticas, coibir a corrupção, retificar as patologias que acometem a democracia e, assim, melhorar as condições democráticas do país, considerando, sobretudo, as teorias que investigam as relações de poder, os estudos de direito constitucional comparado, as estruturas das instituições brasileiras, o contexto político e o comportamento dos juízes constitucionais. Para atingir esses escopos, propõe-se um estudo crítico-reflexivo, teórico e empírico sobre a atuação da Corte Constitucional brasileira de forma contextualizada e na sua inter-relação com os diversos atores políticos. A pesquisa é desenvolvida numa linha crítico-metodológica, que tem como marco teórico análises políticas sobre cortes constitucionais, utilizando-se principalmente de abordagens estratégicas e que consideram os jogos de poder. A par dessa perspectiva crítica e reflexiva, a investigação não se eximirá de ser jurídico-propositiva, mediante o oferecimento de alternativas ao design institucional brasileiro e ao padrão de conduta adotado pelos ministros do STF na revisão judicial. A questão é problematizada a partir da superação da dicotomia entre as teorias que preconizam o ativismo judicial e a sua autocontenção, mostrando-se que essas abordagens são insuficientes e inadequadas para explicar o novo papel dos tribunais constitucionais. Nesse contexto, propõe-se examinar as causas da expansão da jurisdição constitucional, bem como do seu suporte político. Ao se mostrar a atuação da Suprema Corte brasileira a partir de julgamentos ocorridos durante a crise política que se iniciou em 2013, quando a Corte deu tratamento diverso a idênticas situações jurídicas e sucumbiu diante de poderosos atores políticos, é questionada a sua real capacidade institucional para melhorar as condições democráticas do país. Considerando teorias políticas, o design institucional, a estrutura de oportunidades constitucionais, os incentivos sociopolíticos e a cultura jurídica, em perspectiva comparada, colocam-se novas luzes sobre o papel da Corte Constitucional brasileira. A partir disso, é analisado como os ministros do STF agem estrategicamente diante dos diversos instrumentos processuais, controlando o timing do julgamento ou impondo a sua decisão individual, muitas vezes de forma contrária ao entendimento do plenário. Nessa perspectiva, são descortinados o constitucionalismo abusivo, o autoritarismo velado, o contraconstitucionalismo, o constitucionalismo de camuflagem judicial, o desmembramento constitucional e o golpe de Estado jurídico. Nesse contexto, buscam-se alternativas para o atual padrão de conduta dos ministros do STF, para o processo de nomeação de seus membros – de forma a deixá-lo mais público –, para impedir o descumprimento das decisões judiciais pela classe política, aumentar a sua capacidade de combater a corrupção na política e torná-lo mais responsável perante a opinião pública. Por fim, conclui-se que, considerando a atuação do STF desde a crise política que se instaurou em 2013, há uma grande frustração diante daquilo que se pretendia que ele fizesse e aquilo que, na prática, representa e é capaz de fazer. Embora seja um órgão importante na estrutura das instituições brasileiras, pragmaticamente, ainda possui uma capacidade bastante limitada de melhorar as condições democráticas do país.
Abstract: The purpose of this thesis is to investigate the real capacity of the Federal Supreme Court to correct dysfunctions of political institutions, to curb corruption, to correct the pathologies that affect democracy, and thus to improve the democratic conditions of the country, especially considering the theories that investigate power relations, studies of comparative constitutional law, the structures of Brazilian institutions, the political context and the behavior of constitutional judges. In order to reach these scopes, a critical-reflexive, theoretical and empirical study on the Brazilian Constitutional Court's action is proposed in a contextualized way and in its interrelation with the different political actors. The research is developed in a critical-methodological line, whose theoretical framework is political analysis on constitutional courts, using mainly strategic approaches and considering power games. In addition to this critical and reflective perspective, the investigation will not be exempt from being legal-propositional, by offering alternatives to the Brazilian institutional design and the standard of conduct adopted by the STF Ministers in judicial review. The issue is problematized by overcoming the dichotomy between the theories that advocate judicial activism and its self-restraint, showing that these approaches are insufficient and inadequate to explain the new role of constitutional courts. In this context, it is proposed to examine the causes of the expansion of constitutional jurisdiction, as well as its political support. By showing the actions of the Brazilian Constitutional Court based on judgments that occurred during the political crisis that began in 2013, when the Court gave different treatment to identical legal situations and succumbed to powerful political actors, its real institutional capacity to improve the democratic conditions of the country is questioned. Considering political theories, institutional design, the structure of constitutional opportunities, sociopolitical incentives and legal culture, in a comparative perspective, new light is cast on the role of the Brazilian Constitutional Court. From this, it is analyzed how the STF Ministers act strategically before the various procedural instruments, controlling the timing of the judgment or imposing their individual decision, often in a way contrary to the understanding of the plenary. In this perspective, abusive constitutionalism, stealth authoritarianism, counterconstitutionalism, camouflage constitutionalism, constitutional dismemberment and juridical coup d’État are unveiled. In this context, alternatives are sought for the current standard of conduct of the STF justices, for the process of appointing their members, so as to make it more public, to prevent non-compliance with judicial decisions by the political class, ability to combat corruption in politics and make it more accountable to public opinion. Finally, it is concluded that, considering the performance of the STF since the political crisis that began in 2013, there is a great frustration with what it was intended to do and what in practice it represents and is capable of doing. Although it is an important organ in the structure of Brazilian institutions, it still pragmatically has a rather limited capacity to improve the democratic conditions of the country.
Informações adicionais: Dissertação (Mestrado em Direito) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2018.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.