Spectrum availability in the vhf and uhf bands for the deployment of second-generation digital terrestrial television systems in Brazil

Abstract

Os serviços de televisão digital terrestre ainda desempenham papel importante no provimento de conteúdo de mídia para um grande número de pessoas. Apesar da crescente penetração da conectividade à banda larga e do consumo de serviços over-the-top, a transmissão televisiva ainda é a principal plataforma para fornecimento de informação, entretenimento e cultura, especialmente em regiões economicamente menos favorecidas. Além disso, os sistemas de televisão digital de segunda geração já estão padronizados internacionalmente e em operação em muitos países. Essas novas tecnologias proporcionam muitas melhorias, como transmissões de vídeo em Ultra High Definition (UHDTV), High Dynamic Range (HDR) e Wide Color Gamut (WCG), técnicas de transmissão áudio imersivo e novas plataformas de middleware, que trarão novas experiências convergentes entre radiodifusão e banda larga aos telespectadores. A disponibilidade de espectro, contudo, é fator essencial para a permitir a evolução dos serviços de televisão digital e a implantação novas tecnologias. Neste sentido, o presente trabalho avalia a disponibilidade de espectro atual e futuro no Brasil nas bandas de Very High Frequency (VHF), 174-216 MHz, e Ultra High Frequency Band (UHF), 470-698 MHz, para implantação de sistemas de televisão digital terrestre de segunda geração, que estão sendo avaliados no âmbito do “Projeto TV 3.0”, coordenado pelo Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (Fórum SBTVD). Simulações de cobertura foram calculadas usando a Recomendação ITU-R P.1812 para todas as estações de televisão em operação, em diferentes cenários, para estimar o uso espectro no território brasileiro por serviços de televisão digital. Os resultados indicam que mesmo após o desligamento da TV analógica não haverá disponibilidade de espectro nas principais regiões metropolitanas do Brasil para transmissões simultâneas entre o sistema ISDB-Tb atual e a futura TV 3.0. Portanto, abordagens híbridas devem ser implementadas para que um novo sistema de televisão digital seja implementado com sucesso no Brasil.