Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/45922
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2022_JulianaFerreiradeAssis.pdf6,84 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Memórias e saberes em referências socioculturais na transição agroecológica do assentamento de Reforma Agrária Ozielalves III, Planaltina, DF
Autor(es): Assis, Juliana Ferreira de
Orientador(es): Saraiva, Regina Coelly Fernandes
Coorientador(es): Silva, Andréa Leme da
Assunto: Assentamentos rurais
Memória biocultural
Transição agroecológica
Referência sociocultural
Data de publicação: 31-Mai-2023
Referência: ASSIS, Juliana Ferreira de. Memórias e saberes em referências socioculturais na transição agroecológica do assentamento de Reforma Agrária Ozielalves III, Planaltina, DF. 2022. 119 f., il. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural) — Universidade de Brasília, Planaltina, 2022.
Resumo: O conceito de memória biocultural busca compreender as práticas produtivas e a qualidade dos agroecossistemas numa dinâmica transgeracional — que acessa a memória a partir de tempos e espaços diversos ao longo da trajetória de vida. Este trabalho teve por objetivo registrar e analisar as referências socioculturais manifestadas de modo articulado nos relatos de assentados(as) da reforma agrária, em suas práticas agroecológicas e nas paisagens manejadas em suas unidades produtivas. A área de estudo se localiza no Assentamento Oziel Alves III, o maior em extensão e número de famílias no Distrito Federal, cuja ocupação iniciou-se em 2002, no Núcleo Rural Pipiripau, Planaltina. A pesquisa se desenvolveu junto a três famílias assentadas que fazem parte da Associação de Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu (Aprospera), representativas da luta pelo acesso à terra e do processo de transição agroecológica vivenciado no território. Compuseram a metodologia um roteiro de entrevistas semiestruturado, registro em diário de campo, bem como revisão bibliográfica realizada ao longo da pesquisa. Os resultados são apresentados a partir das seguintes categorias: raízes camponesas (relações entre origens e as etapas de inserção no território até o acampamento); terra e solo (primeiras experiências produtivas, percepção comparada entre os manejos e os solos das regiões de onde e quando aprenderam a agricultura, as redes associativas e de comercialização); água (relações com o acesso à água na trajetória de luta pelo acesso à terra); planta e semente (práticas agroecológicas, enriquecimento da biodiversidade na paisagem, reapropriação de hortaliças tradicionais, o beneficiamento de produtos da sociobiodiversidade, busca por autonomia de mudas); mutirão, festa e tradições (Festa e Folia do Divino Espírito Santo, tradição do cultivo do arroz e produção de rapadura). Neste itinerário, os diálogos sociotécnicos (entre os saberes técnico-científico e tradicional-popular se debruçaram sobre experiências, conceitos, práticas e tecnologias relacionadas a temas como a sociobiodiversidade do Cerrado, as plantas alimentícias não convencionais (Pancs) e medicinais, o processamento artesanal de alimentos e a promoção da biodiversidade nos cultivos e cuidados com solo fomentados por meio de redes de sujeitos coletivos. A análise dos resultados evidenciou, assim, que aspectos fundamentais da formação de um território em transição agroecológica perpassam, junto à viabilização produtiva e de renda no campo para as famílias agricultoras, pelo fortalecimento da organização comunitária em suas diversas formas e a construção de uma nova identidade camponesa a partir das referências socioculturais que carregam em sua história.
Abstract: The concept of biocultural memory seeks to understand productive practices and the quality of agroecosystems in a transgenerational dynamic — which accesses memory from diverse times and spaces throughout the trajectory of life. This work aims to register and analyze the sociocultural references manifested in an articulated form in the reports of agrarian reform settlers, in their agroecological practices and in the landscapes managed in their productive units. The study area is located in the Oziel Alves III Settlement, the largest in size and number of families in the Federal District, whose occupation began in 2002, in the Rural Nucleus Pipiripau, Planaltina. The research was developed with three settled families who are members of the Associação de Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu (Aprospera), representative of the struggle for access to land and the agro-ecological transition process experienced in the territory. The methodological path for recording the oral history included the construction of dialogues during the journey through the agro-ecosystem and the practice of foot scalding as an interview environment. The methodology included a semi-structured script and sensitive listening, recording in a field diary, later analysis of the diary and the recordings together with the bibliographic reviews carried out throughout the research. The results are presented based on the following categories: ancestral roots (relations between origins and the stages of insertion in the territory until the settlement); land and soil (first productive experiences, comparative perception between the management and soils of the regions from where and when they learned agriculture, the associative and commercialization networks); water (relations with access to water in the trajectory of struggle for access to land); plant and seed (agro-ecological practices, enrichment of biodiversity in the landscape, re-appropriation of traditional vegetables, use of sociobiodiversity products, search for seedling autonomy); collective effort, feast and traditions (the Feast and Folia do Divino Espírito Santo, the tradition of rice cultivation and the production of rapadura). In this itinerary, the socio-technical dialogues (between technical-scientific and traditional-popular knowledge) have focused on experiences, concepts, practices, and technologies related to themes such as Cerrado sociobiodiversity, non-conventional and medicinal food plants (PANCs), artisanal food processing, and the promotion of biodiversity in crops and soil care fostered through networks of collective subjects. The analysis of the results showed, therefore, that fundamental aspects of the formation of a territory in agroecological transition permeate, along with the feasibility of production and the income in the field for the farming families, the strengthening of community organization in its various forms and the construction of a new campesino identity from sociocultural references that carry in their history.
Unidade Acadêmica: Faculdade UnB Planaltina (FUP)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, 2022.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.