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Título: O surdo na escola inclusiva aprendendo uma língua estrangeira (inglês) : um desafio para professores e alunos
Autor(es): Silva, Claudney Maria de Oliveira e
Orientador(es): Alvarez, Maria Luisa Ortiz
Assunto: Surdez
Pessoas com deficiência auditiva
Inclusão escolar
Língua inglesa - estudo e ensino
Data de publicação: 15-Mai-2023
Referência: SILVA, Claudney Maria de Oliveira e. O surdo na escola inclusiva aprendendo uma língua estrangeira (inglês): um desafio para professores e alunos. 2005. 230 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada) — Universidade de Brasília, Brasília, 2005.
Resumo: A presente pesquisa, de cunho etnográfico, tem como questão principal analisar o processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira (Inglês) do aluno surdo no contexto da educação inclusiva e como a leitura é trabalhada dentro deste processo. Para tanto, foi observada uma classe de 3ª série do Ensino Médio de uma escola pública estadual inclusiva. Os dados foram coletados em vídeo, notas de campo, entrevistas, relatos informais e questionário. Os resultados da análise dos dados evidenciam a importância da língua de sinais no processo de ensino e aprendizagem de língua estrangeira do aluno surdo. É através da língua de sinais que ele vai construir os significados da língua estrangeira a ser aprendida, e como não pode contar com informações veiculadas na modalidade oral como entonação de voz ou semelhança na pronúncia de certas palavras, qualquer atividade proposta desta forma torna-se inacessível ou nula. Mostraram também que a metodologia utilizada pela professora contempla somente o aluno ouvinte, por ser a modalidade oral o principal veículo de comunicação. Tal fato, ainda que pareça favorecer o aluno ouvinte, não representa uma vantagem, uma vez que a língua utilizada nesta modalidade, na maior parte da aula, não é a língua-alvo, e sim a língua portuguesa, língua materna destes alunos. O aluno surdo observa a movimentação da professora e dos outros alunos em torno do que ela propõe, mas efetivamente segue as orientações propostas pela intérprete, que muitas vezes assume o papel da professora ao responder ou explicar alguma coisa para o aluno surdo segundo o seu entendimento, demonstrando que não está claro para ela qual a verdadeira função do intérprete dentro da sala de aula. A leitura, modalidade de ensino de língua mais acessível ao surdo, é trabalhada em forma de textos que são utilizados para fins de tradução para o português e exercícios que visam a prática de tópicos gramaticais. Ao aluno surdo é proposto aprender inglês através de explicações dadas pela professora na língua portuguesa e interpretadas em Libras por uma intérprete que não sabe inglês. Por essa via é pedido a ele que realize juntamente com os alunos ouvintes exercícios de gramática baseados em textos que são copiados do quadro. Seguramente este é o único momento da aula em que efetivamente os dois grupos realizam, no mesmo momento, a mesma tarefa (para posteriormente responder perguntas, ora em inglês, ora em português sobre o texto em questão). A inclusão, no contexto de aprendizagem de inglês, apresentou-se como condição dificultadora, podendo até impedir o aprendizado do aluno surdo.
Abstract: The present ethnographic-based research aims to analyse the foreign language (English) teaching and learning process of the deaf student in the context of Inclusive Education, and how reading is worked in this process. A 3rd grade class of high school students of a so-called inclusive public school was observed. The data were recorded in video, personal writings, interviews, informal conversations and questionnaires. The results of the data analysis show the importance of sign language in the foreign language teaching and learning process of the deaf student. It is through sign language that he/she is supposed to build up the meanings in the language to be learnt, and as he/she can not count on oral information such as voice intonation or similarities in the pronunciation of certain words, among others, any activity proposed in this modality turns out to be null or unperformable. The results also revealed that the methodology used by the teacher matches the hearing student only, because she uses the oral modality the most as the means of communication. Even through this may seem to favour the hearing student, it is not an advantage after all, because the language spoken most of the time in class is not the language to be learnt, but Portuguese, the students’mother tongue. The deaf student observes the teacher and the other students moving through the activity she has proposed, but effectively he/she follows the orientations of the interpreter, who frequently assumes the role of the teacher, answering and giving explanations to the deaf student, according to her own understanding. This shows that neither the teacher nor the interpreter are aware of what the latter’s role should be. Reading, the most accessible modality of language teaching to the deaf, is worked through texts that are used in order to be translated into Portuguese and to exercise grammar points. Thus, it is suggested that the deaf student learn English from Portuguese explanations, interpreted in LIBRAS. Through these means he/she is asked to do grammar exercises based on texts copied from the board, along with the hearing students. Copying is surely the only moment in class when both groups perform, at the same time, the same task. Inclusion in the English language learning context complicated the learning process and may even prevent the deaf from learning this language.
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada, 2005
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Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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