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2022_JuliaVilelaGarcia.pdf3,09 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
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dc.contributor.advisorFleischer, Soraya Resende-
dc.contributor.authorGarcia, Júlia Vilela-
dc.date.accessioned2022-07-14T21:34:42Z-
dc.date.available2022-07-14T21:34:42Z-
dc.date.issued2022-07-14-
dc.date.submitted2022-04-29-
dc.identifier.citationGARCIA, Júlia Vilela. “A pandemia não parou só o mundo, ela parou a vida da minha filha”: etnografando as consequências da pandemia de Covid-19 no cotidiano de famílias atravessadas pelo Vírus Zika em Pernambuco. 2022. 143 f., il. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unb.br/handle/10482/44241-
dc.descriptionDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2022.pt_BR
dc.description.abstractEntre os anos de 2015 e 2016, o Brasil foi atravessado pela epidemia do Vírus Zika, cujo legado foi o nascimento de milhares de crianças com múltiplas deficiências e malformações fetais, quadro denominado, posteriormente, de Síndrome Congênita do Vírus Zika. As crianças acometidas pela Síndrome – em sua maioria residentes no estado de Pernambuco –, precisam de atendimentos terapêuticos e cuidados em tempo integral para se desenvolverem adequadamente e amenizar as graves consequências provocadas pelo Zika. Em prol do bemestar desses meninos e dessas meninas, as mães – que assumiram a figura de principal, quando não a de única cuidadora das crianças – abdicaram de si mesmas e passaram a viver suas vidas em torno de seus filhos e suas filhas, evidenciando o grande potencial de transformação do Vírus Zika nas rotinas das famílias. Incurável e imprevisível, a Síndrome Congênita do Vírus Zika fez com que a epidemia, embora arrefecida na mídia e no país, se tornasse uma emergência cotidiana e permanente para as mulheres e as crianças afetadas. Cinco anos depois, as mesmas famílias que sofreram as consequências do Zika, voltaram ao epicentro do risco com o advento de um novo vírus pandêmico, o Covid-19, uma grave doença respiratória que chegou ao Brasil no início de 2020. Diante de mais uma crise sanitária, as famílias, a fim de se protegerem do contágio viral, foram orientadas a ficar em casa e enfrentar a suspensão do atendimento terapêutico de suas crianças nas instituições de saúde. Junto a isso, o desemprego, a fome, a piora no quadro de saúde desses meninos e dessas meninas e a sobrecarga do trabalho doméstico sobre a figura materna se fizeram presentes como consequências da atual pandemia. A partir da etnografia digital, tendo em vista a necessidade de se cumprir o distanciamento social para a contenção do Covid-19, acompanhei, ao longo de um ano, nove famílias de Pernambuco que foram atravessadas pela epidemia de Zika e, agora, pela pandemia de Covid-19, etnografando seus relatos, angústias e demandas frente ao novo cenário estabelecido em suas vidas. É com base nas histórias das interlocutoras, cujas narrativas de sofrimento são bastante particulares, que pretendo analisar e refletir sobre as possíveis consequências e transformações operadas pelo encontro desses dois eventos epidêmicos – Zika e Covid-19 – em um mesmo e único segmento da população. Argumento que, embora essas famílias se esforcem para evitar o contato com o novo coronavírus, fica evidente como a atual pandemia, a partir das lacunas deixadas pela carência de políticas públicas e atenção do Estado, invade os mais diferentes contextos e se emaranha nas rotinas de mães e crianças com a SCVZ, as quais se tornam duplamente afetadas.pt_BR
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).pt_BR
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.title“A pandemia não parou só o mundo, ela parou a vida da minha filha” : etnografando as consequências da pandemia de Covid-19 no cotidiano de famílias atravessadas pelo Vírus Zika em Pernambucopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.subject.keywordZika víruspt_BR
dc.subject.keywordCovid-19pt_BR
dc.subject.keywordEtnografia digitalpt_BR
dc.subject.keywordEpidemia do Vírus Zikapt_BR
dc.subject.keywordSíndrome Congênita do Vírus Zika (SCVZ)pt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.pt_BR
dc.description.abstract1Between 2015 and 2016, Brazil suffered from the Zika Virus epidemic, whose legacy was the birth of thousands of children with multiple disabilities and fetal malformations, known as Congenital Zika Virus Syndrome. Children affected by the Syndrome – most of them born from the state of Pernambuco – need therapeutic care and full-time care to develop and alleviate the consequences caused by the Zika Virus. For the sake of these children's well-being, mothers – the essential caregivers of their children – gave up themselves and began to live their lives around their sons and daughters, highlighting the great potential of the Zika Virus to transform the family's routine. Incurable and unpredictable, the Congenital Syndrome of the Zika Virus has made the epidemic a daily and permanent emergency for women and children, even though it has cooled in the media and the country. Five years later, the same families that suffered the consequences of the Zika Virus returned to the epicenter of risk with the advent of a new pandemic virus, Covid-19, a respiratory disease that arrived in Brazil in early 2020. Because of the pandemic, these families had to stay at home to protect themselves, and the children had their therapeutic care suspended. In addition, unemployment, hunger, worsening of children's health, and overload of domestic work for mothers also intensified in the pandemic. Based on digital ethnography, I followed, for a year, nine families from Pernambuco affected by the Zika epidemic, and now, by the Covid-19 pandemic, paying attention to their reports, anxieties, and demands in the face of the new scenario established in their lives. Based on the stories of the interlocutors, whose narratives of suffering are very particular, I intend to analyze and reflect on the consequences and transformations operated by these two epidemic events – Zika and Covid-19 – in the same population segment. I argue that, although these families make an effort to avoid contact with the new coronavirus, it is from the lack of public policies and state attention that the Covid-19 pandemic invades the most different contexts and affects the routines of these families affected by the Zika Virus, who become doubly affected.pt_BR
dc.description.unidadeInstituto de Ciências Sociais (ICS)pt_BR
dc.description.unidadeDepartamento de Antropologia (ICS DAN)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Socialpt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
UnB - Covid-19

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