http://repositorio.unb.br/handle/10482/44011
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2022_FabrícioTavaresMendonça.pdf | 1,9 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Efeitos do betabloqueio intraoperatório sobre a dor aguda e crônica em mastectomia oncológica : ensaio clínico prospectivo, randomizado, duplamente encoberto e placebo controlado |
Autor(es): | Mendonça, Fabrício Tavares |
E-mail do autor: | fabricio.tavares@me.com |
Orientador(es): | Sposito, Andrei Carvalho |
Coorientador(es): | Carvalho, Luiz Sérgio Fernandes de |
Assunto: | Analgesia Betabloqueadores Dor Esmolol Mastectomia |
Data de publicação: | 27-Jun-2022 |
Data de defesa: | 9-Mar-2022 |
Referência: | MENDONÇA, Fabrício Tavares. Efeitos do betabloqueio intraoperatório sobre a dor aguda e crônica em mastectomia oncológica: ensaio clínico prospectivo, randomizado, duplamente encoberto e placebo controlado. 2022. [79] f., il. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2022. |
Resumo: | Justificativa: Esmolol é um bloqueador seletivo beta-1 que mostrou reduzir a dor pós-operatória. Seus efeitos antinociceptivo e sobre dor crônica não foram testados após a mastectomia. Objetivos: Avaliar a segurança, eficácia e antinocicepção da infusão intraoperatória de esmolol após mastectomia. Desenho: Ensaio clínico prospectivo, randomizado, duplamente encoberto e controlado por placebo. Local: Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília, Brasil. Recrutamento e acompanhamento: julho de 2015 a julho de 2019. Pacientes: Setenta mulheres programadas para mastectomia, ASA I a III, com idade entre 18 e 75 anos. Quatro foram excluídas. Intervenções: Todas as pacientes foram submetidas à anestesia geral. O grupo de intervenção recebeu um bolus de 0,5 mg/kg de esmolol durante 10 min, seguido por uma infusão contínua de 100 mg/kg/min. O grupo placebo recebeu solução salina. Desfechos: O desfecho primário foi dor em repouso 24 horas após a mastectomia, medida pela escala numérica de dor, de 0 a 10. Os desfechos secundários foram dor em repouso e sob esforço na chegada e saída da sala de recuperação pós-anestésica (SRPA), 12 h e 24 h de pós-operatório, consumo de analgésicos, anestésicos, e antieméticos, variáveis hemodinâmicas, eventos adversos, incidência e intensidade da síndrome dolorosa pós-mastectomia (SDPM). Resultados: Os escores de dor em repouso 24 h após a mastectomia foram menores em pacientes tratadas com esmolol em comparação com placebo (diferença de média = - 1,51, intervalo de confiança de 95% (IC 95%) = - 2,36 a - 0,65, P=0,001). Na chegada à sala de recuperação pós-anestésica (SRPA), a ocorrência de dor também foi menor no grupo esmolol, em repouso e ao esforço (P=0,009 e P=0,013, respectivamente), na alta da SRPA (P=0,009 e P=0,015), 12h (P=0,01 e P=0,007) e no esforço nas 24 horas de pós-operatório (P=0,003). O consumo médio de morfina foi reduzido em 77% no grupo esmolol em comparação com o grupo placebo (diferença de média = - 2,52 mg, IC 95% = - 3,67 a - 1,38, P<0,001). O tempo de internação hospitalar foi menor para o grupo esmolol (diferença média = - 6,86 h, IC 95% = - 13,4 a - 0,31, P=0,040). Das 66 pacientes da primeira etapa, 45 (69,2%) completaram o ensaio estendido. SDPM foi diagnosticada em 10 de 21 participantes (47,6%) no grupo esmolol e em 19 de 24 participantes (79,2%) no grupo de placebo (risco relativo (RR) = 0,60, IC 95% = 0,37 a 0,99, P=0,043). As pacientes do grupo esmolol também foram significativamente menos propensas a desenvolver dor neuropática do que aqueles no grupo placebo (14,3 vs. 54,3%, RR = 0,26, IC 95% = 0,09 a 0,80, P=0,019). Ao longo do acompanhamento de 6 meses, os pacientes tratados com esmolol apresentaram escores de intensidade de dor significativamente mais baixos do que os pacientes tratados com placebo. Conclusão: Esmolol foi bem tolerado, permitiu uma redução notável na dose de analgésicos de resgate e demonstrou eficácia superior em comparação ao placebo para o controle da dor aguda e crônica após mastectomia. |
Abstract: | Background: Esmolol is a selective beta-1 blocker that has been shown to reduce postoperative pain. Its antinociceptive and chronic pain effects have not been tested after mastectomy. Objectives: To evaluate the safety, efficacy and antinociception of intraoperative esmolol infusion after mastectomy. Design: Prospective, randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial. Setting: Base Hospital of the Federal District, Brasília, Brazil. Recruitment and monitoring: July 2015 to July 2019. Patients: Seventy women scheduled for mastectomy, ASA I to III, aged between 18 and 75 years. Four were excluded. Interventions: All patients underwent general anesthesia. The intervention group received a bolus of 0,5 mg/kg of esmolol for 10 min, followed by a continuous infusion of 100 mg/kg/min. The placebo group received saline. Outcomes: The primary outcome measure was pain at rest 24 hours after mastectomy, as measured by the numerical pain scale, from 0 to 10. The secondary outcomes were pain at rest and under stress on arrival and departure from the post-anesthetic recovery room (PACU)), 12 h and 24 h postoperatively, consumption of analgesics, anesthetics, and antiemetics, hemodynamic variables, adverse events, incidence and intensity of the post-mastectomy pain syndrome (PMSD). Results: Pain scores at rest 24 h after mastectomy were lower in patients treated with esmolol compared to placebo (mean difference = - 1,51, 95% confidence interval (95% CI) = - 2,36 to – 0,65, P=0,001). Upon arrival at the post-anesthetic care unit (PACU), the occurrence of pain was also less in the esmolol group, at rest and on exertion (P= 0,009 and P=0,013, respectively), at discharge from the PACU (P=0,009 and P=0,015), 12h (P=0,01 and P=0,007) and in the effort in the 24 hours after surgery (P=0,003). The mean consumption of morphine was reduced by 77% in the esmolol group compared to the placebo group (mean difference = - 2,52 mg, 95% CI = - 3,67 to – 1,38, P<0,001). The hospitalization time was shorter for the esmolol group (mean difference = - 6.9 h, 95% CI = - 13,4 to – 0,31, P=0,040). Of the 66 patients in the first stage, 45 (69.2%) completed the extended trial. SDPM was diagnosed in 10 of 21 participants (47.6%) in the esmolol group and in 19 of 24 participants (79.2%) in the placebo group (relative risk (RR) = 0,60, 95% CI = 0,37 to 0,99, P=0,043). Patients in the esmolol group were also significantly less likely to develop neuropathic pain than those in the placebo group (14,3 vs. 54,3%, RR = 0,26, 95% CI = 0,09 to 0,80, P=0,019). Over the 6-month follow-up, patients treated with esmolol had significantly lower pain intensity scores than patients treated with placebo. Conclusion: Esmolol was well tolerated, allowed a notable reduction in the dose of rescue analgesics and demonstrated superior efficacy compared to placebo for controlling acute and chronic pain after mastectomy. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2022. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
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