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Título: Efeitos dos fármacos anti-hipertensivos administrados no pós-parto : revisão sistemática e metanálise de estudos clínicos randomizados
Autor(es): Silva, Gisele Juliana
E-mail do autor: giselej@doctor.com
Orientador(es): Amato, Angélica Amorim
Assunto: Agentes anti-hipertensivos
Puerpério
Pós-parto
Pré-eclâmpsia
Hipertensão
Data de publicação: 25-Mar-2022
Referência: SILVA, Gisele Juliana. Efeitos dos fármacos anti-hipertensivos administrados no pós-parto: revisão sistemática e metanálise de estudos clínicos randomizados. 2021. 99 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.
Resumo: Introdução: A maioria dos casos de hipertensão gestacional (HG) e pré-eclâmpsia (PE) se resolvem em até 72 horas após o parto. Entretanto, são causas comuns de complicações até a sexta semana do puerpério e não há consenso quanto ao uso ou superioridade de algum fármaco anti-hipertensivo (FAH) nessa fase. Objetivo: Conduzir uma revisão sistemática da literatura para investigar o efeito do uso de FAH no puerpério sobre desfechos maternos relacionados ao controle da pressão arterial (PA). Métodos: Foram selecionados, nas plataformas eletrônicas de busca, ensaios clínicos randomizados com FAH no puerpério que estudavam os desfechos maternos associados ao controle da PA, sem restrições de idiomas ou datas. Os resultados foram tabulados conforme a estratégia PICOS (P: população estudada; I: intervenção; C: Controle; O: Desfechos; S: tipo de estudo). Foi utilizada a ferramenta para avaliação do risco de viés da Biblioteca Cochrane (Rob-2) para avaliar o risco de viés dos estudos incluídos e o sistema GRADE para avaliar a qualidade da evidência. Dentre os eleitos, os estudos semelhantes passaram por avaliação quantitativa, sendo consideradas significativas as diferenças com p<0,05. Resultados: De 28 estudos selecionados, 14 foram incluídos, sendo possível avaliar 10 estudos na metanálise para oito dos desfechos investigados, em três situações diferentes. Na primeira situação, comparando-se o uso de furosemida a nenhum outro FAH, não houve diferença estatística significativa quanto à média de PAS (p=0,17), quanto à necessidade de uso de FAH adicional durante a internação (p=0,23) e após a alta (p=0,11). Na segunda análise, comparando-se a furosemida associada ou a outro FAH nos grupos controle e intervenção, ou a nenhum outro FAH, houve melhor média de PAS (p=0,04), mas não houve diferença na PAD (p=0,34). Ainda, comparando-se o uso de nifedipina a outros FAH (labetalol, diltiazem e metildopa), não houve diferença quanto às médias de PAS (p=0,17), PAD (p=0,46), ao número de episódios com PA muito elevada (p=0,81), à necessidade de FAH adicional durante a internação (p=0,55), à duração da internação (p=0,89) e ao tempo de terapia pós-parto (p=0,95). Quanto aos efeitos adversos, não houve diferença significativa no risco de cefaleia, diarreia, constipação intestinal e rubor facial. Conclusão: O uso rotineiro de curso rápido de furosemida no pós-parto imediato não parece ter efeito sobre a redução na PAS, PAD e na redução da necessidade de FAH durante a internação e após a alta hospitalar. O labetalol e o diltiazem parecem ser alternativas à nifedipina. Porém, o número de ensaios clínicos randomizados que abordam o tema são limitados, fazendo-se necessário mais estudos para que as comparações abordadas sejam devidamente confirmadas.
Abstract: Introduction: Most cases of gestational hypertension (GH) and preeclampsia (PE) resolve within 72 hours after delivery. However, both are common causes of complications within 6 weeks of the postpartum period and there is no consensus on the use or on the superiority of any AHD at this stage. Objective: To conduct a systematic review to investigate the effect of antihypertensive drugs (AHD) in the puerperium on maternal outcomes related to blood pressure control. Methods: Randomized clinical trials assessing AHD in the puerperium and eighteen maternal outcomes related to blood pressure (BP) control were searched on electronic platforms, without language or date restrictions. The results were tabulated according to PICOS strategy (P: population; I: intervention; C: control; O: outcomes; S: study). We used Cochrane Risk of Bias Tool (Rob-2) to assess the risk of bias of included studies, and GRADE System to evaluate the quality of the evidence. We assessed postpartum maternal outcome related BP control using meta-analysis. Statistical significancy was set at p<0.05. Results: Of 28 citations identified, 14 studies were included, and data from 10 were pooled in the meta-analyses of 8 of the outcomes defined, in three different settings. In the first setting, we compared the use of furosemide with any other drug, and there was no statistically significant difference regarding mean SBP (p=0.17), and the need to use additional AHD during hospitalization (p=0.23) or after discharge (p=0.11). In the second setting, we compared adding furosemide to another AHD in the control and intervention groups, or no other AHD. There was improvement of mean SBP (p=0.04), but no change in DBP (p=0.34). In the third setting, we compared the effect of nifedipine to other AHD (labetalol, diltiazem and methyldopa), and found no difference in mean SBP (p=0.17), mean DBP (p=0.50), the number of very high BP episodes (p=0.81), the need for additional FAH during hospitalization (p=0.89), the length of hospital stay (p=0.89), and the time of postpartum therapy (p=0.95). Regarding adverse effects, there was no significant difference in the occurrence headache, diarrhea, constipation and facial flushing. Conclusion: The routine use of a rapid course of furosemide in the immediate postpartum period does not seem to have an influence on the reduction in SBP, DBP and on the reduction in the need for FAH during hospitalization and after hospital discharge. Labetalol and diltiazem appear to be alternatives to nifedipine. However, the number and the quality of randomized clinical trials assessing the effect of AHD in the puerperium is limited, implying further studies to determine their effectiveness and safety.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2021.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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