Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Oliveira, Sérgio Eduardo Silva de | - |
dc.contributor.author | Bispo, Melise Rute Calheiros | - |
dc.date.accessioned | 2022-01-11T21:46:59Z | - |
dc.date.available | 2022-01-11T21:46:59Z | - |
dc.date.issued | 2022-01-11 | - |
dc.date.submitted | 2021-06-30 | - |
dc.identifier.citation | BISPO, Melise Rute Calheiros. Mudança em traços patológicos da personalidade: motivos e fatores associados. 2021. 110 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clinica e Cultura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/42732 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | Os traços da personalidade são considerados patológicos quando se manifestam de maneira
rígida e inflexível. Contudo, isso não significa que esses traços são imutáveis. De fato, a literatura
mostra que eles mudam. O objetivo geral desta dissertação de mestrado foi investigar fatores
associados à mudança de traços patológicos da personalidade. Para tanto, foram conduzidos
dois estudos. O primeiro consistiu de uma discussão teórica acerca das evidências empíricas
disponíveis na literatura especializada sobre fatores associados à mudança de traços patológicos
da personalidade, com especial enfoque para: 1) fatores genéticos, de maturação cerebral e
idade; 2) fatores do contexto sociocultural e de eventos de vida; 3) fatores de intervenção e
tratamentos de saúde mental; e 4) o fator volitivo. Esse estudo teve por objetivo descrever os
principais fatores internos e externos à pessoa que são sistematicamente associados à mudança
nos níveis dos traços patológicos da personalidade. Esse estudo mostrou que diferentes fatores
estão associados à mudança de traços patológicos da personalidade, sendo que a vontade de
mudar ou o desejo de mudança também estão associados a essas mudanças. Cada um dos
fatores estudados apresentam um mecanismo específico nesse processo de mudança. O
segundo estudo desta dissertação consistiu de uma investigação empírica que buscou identificar
os fatores que as pessoas atribuem à mudança de seus traços patológicos da personalidade.
Para tanto, foram analisados tanto os fatores que as pessoas atribuem para o desejo de mudar
traços de sua personalidade, como os fatores que as pessoas atribuem para a mudança nos
seus traços em uma perspectiva retrospectiva de 10 anos. Participaram desse estudo um total
de 299 participantes, sendo 74,2% do sexo feminino. Os participantes responderam os seguintes
instrumentos: 1) questionário de dados sociodemográficos; 2) Inventário de Personalidade para
o DSM-5 – Forma Breve Plus Modificada (PID-5-BF+M); 3) um questionário sobre o desejo de
mudança da personalidade nomeado Fatores Associados ao Desejo de Mudança da
Personalidade (FADMP); 4) uma versão do University of Rhode Island Change Assessment
(URICA) adaptada para personalidade, chamada de URICA-Jeito de Ser; 5) uma versão
modificada do Personality Trait-Rating Form (PTRF) para cobrir os 18 facetas dos traços
patológicos do PID-5-BF+M; 6) uma versão do PTRF para avaliação retrospectiva de 10 anos; e
7) um questionário com 17 fatores que podem ser atribuídos à mudança percebida nos 10 anos,
nomeado Fatores Associados à Mudança da Personalidade (FAMP). A coleta foi online, por meio
de uma plataforma de acesso livre (FormR). Os resultados mostraram que 51,5% dos
participantes reportaram querer mudar sua personalidade. O fator associado a esse desejo de
mudança mais proeminente é o autoaprimoramento. As mulheres que manifestaram desejo de
mudança da personalidade apresentaram níveis mais altos de traços patológicos da
personalidade do que as mulheres que indicaram não querer mudar. Entre os homens as
diferenças nos níveis dos traços patológicos da personalidade não foram estatisticamente
significativas. Foram observadas correlações entre os traços patológicos da personalidade e os
níveis de estágios de mudança segundo o modelo trasnteórico de mudança. Entre as mulheres,
houve correlações positivas da fase de contemplação com os traços de Afetividade Negativa (r
= 0,40), Antagonismo (r = 0,34), Desinibição (r = 0,37) e Psicoticismo (r = 0,31). Entre os homens,
a fase de contemplação se correlacionou com Distanciamento (r = 0,37), Antagonismo (r = 0,36).
Na fase de ação, a única correlação foi com o traço de Anancastia (r = 0,30) na amostra
masculina. A fase de manutenção se correlacionou com os traços de Afetividade Negativa (r =
0,46), Antagonismo (r = 0,35), Desinibição (r = 0,39) e Psicoticismo (r = 0,43) somente para a
mostra feminina. Com relação à percepção de mudança nos últimos 10 anos, em média, 30,3%
da amostra masculina e 37% da amostra feminina apresentou mudanças nos 18 traços
patológicos investigados. A maioria dos homens que apresentaram mudança tenderam a
aumentar os níveis dos traços (52,2%) e a maioria das mulheres tenderam à diminuição (58,1%).
As mudanças aconteceram mais nas pessoas que percebiam níveis médios ou altos dos traços
há 10 anos, sendo que as aquelas que percebiam níveis baixos tenderam a manter a percepção
atual nesse nível. Dentre os 17 fatores associados à mudança investigados 11 predizeram a
diminuição dos traços e três o aumento, a saber, treinamento militar, problemas com a
justiça/polícia e experiência de um evento traumático. Esta dissertação pretendeu compreender
fatores relacionados à mudança dos traços patológicos da personalidade, preenchendo lacunas
na área e respondendo a indagações vigentes em pesquisas recentes. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Mudança em traços patológicos da personalidade : motivos e fatores associados | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Traços patológicos da personalidade | pt_BR |
dc.subject.keyword | Transtornos de personalidade | pt_BR |
dc.subject.keyword | Traços de personalidade | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | Personality traits are considered pathological when they manifest themselves rigidly and
uncompromisingly. However, this does not mean that these traits are immutable. In fact, the
literature shows that they change. The general objective of this master's thesis was to investigate
factors associated with changes in pathological personality traits. To this end, two studies were
conducted. The first consisted of a theoretical discussion about the empirical evidence available
in the specialized literature on factors associated with changes in pathological personality traits,
with special focus on: 1) genetic factors, brain maturation and age; 2) factors of the sociocultural
context and life events; 3) intervention factors and mental health treatments; and 4) the volitional
factor. This study aimed to describe the main factors internal and external to the person that are
systematically associated with changes in the levels of pathological personality traits. This study
showed that different factors are associated with changes in pathological personality traits, and
the desire to change or the desire to change are also associated with these changes. Each of the
factors studied present a specific mechanism in this process of change. The second study of this
dissertation consisted of an empirical investigation that sought to identify the factors that people
attribute to the change in their pathological personality traits. For this purpose, both the factors
that people attribute to the desire to change their personality traits and the factors that people
attribute to the change in their traits in a 10-year retrospective perspective were analyzed. A total
of 299 participants participated in this study, 74.2% of whom were female. Participants answered
the following instruments: 1) sociodemographic data questionnaire; 2) Personality Inventory for
the DSM-5 – Modified Brief Form Plus (PID-5-BF+M); 3) a questionnaire on the desire for
personality change named Factors Associated with the Desire for Personality Change (FADMP);
4) a version of the University of Rhode Island Change Assessment (URICA) adapted to
personality, called URICA-Jeito de Ser; 5) a modified version of the Personality Trait-Rating Form
(PTRF) to cover the 18 facets of the PID-5-BF+M pathological traits; 6) a version of the PTRF for
a 10-year retrospective evaluation; and 7) a questionnaire with 17 factors that can be attributed
to perceived change in 10 years, named Factors Associated with Personality Change (FAMP).
The collection was online, through an open access platform (FormR). The results showed that
51.5% of the participants reported wanting to change their personality. The factor associated with
this most prominent desire for change is self-improvement. Women who expressed a desire to
change their personality had higher levels of pathological personality traits than women who
indicated not wanting to change. Among men, differences in the levels of pathological personality
traits were not statistically significant. Correlations were observed between pathological
personality traits and levels of stages of change according to the transtheoretical model of
change. Among women, there were positive correlations between the contemplation phase and
the traits of Negative Affection (r = 0.40), Antagonism (r = 0.34), Disinhibition (r = 0.37) and
Psychoticism (r = 0.31 ). Among men, the contemplation phase was correlated with Detachment
(r = 0.37), Antagonism (r = 0.36). In the action phase, the only correlation was with the Anacastia
trait (r = 0.30) in the male sample. The maintenance phase correlated with the traits of Negative
Affectivity (r = 0.46), Antagonism (r = 0.35), Disinhibition (r = 0.39) and Psychoticism (r = 0.43)
only for the sample female. Regarding the perception of change in the last 10 years, on average,
30.3% of the male sample and 37% of the female sample showed changes in the 18 pathological
traits investigated. Most men who showed change tended to increase levels of traits (52.2%) and
most women tended to decrease (58.1%). The changes occurred more in people who perceived
medium or high levels of traits 10 years ago, with those who perceived low levels tended to
maintain their current perception at that level. Among the 17 factors associated with change
investigated, 11 predicted a decrease in traits and three predicted an increase, namely, military
training, problems with justice/police, and experience of a traumatic event. This dissertation
intended to understand factors related to the change of pathological personality traits, filling gaps
in the area and answering current research questions. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Psicologia (IP) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Psicologia Clínica (IP PCL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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