Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Salvador, Evilásio da Silva | - |
dc.contributor.author | Couri, Joseane Rotatori | - |
dc.date.accessioned | 2021-10-28T18:55:54Z | - |
dc.date.available | 2021-10-28T18:55:54Z | - |
dc.date.issued | 2021-10-28 | - |
dc.date.submitted | 2021-07-30 | - |
dc.identifier.citation | COURI, Joseane Rotatori. Os impasses no financiamento do Sistema Único de Saúde na era da mundialização do capital. 2021. 61 f., il. Tese (Doutorado em Política Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/42179 | - |
dc.description | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | Esta tese analisa o fundo público da política de saúde, no período de 2003 a 2020, em um
contexto de mundialização do capital. Para se atingir tal fim, contextualizou-se o atual
período de mundialização do sistema capitalista, em que prevalece a expansão do capital
portador de juros e do capital fictício, de modo que eles assumem quase todo o comando
do processo de acumulação capitalista. No citado período, houve uma acentuação da
exploração da força de trabalho e uma ampla regressão dos direitos sociais conquistados
pelos trabalhadores, e isso é ainda mais notável no capitalismo dependente brasileiro. O
Estado possui um papel central para sustentar esse modelo de acumulação, principalmente
por intermédio do fundo público, que assegura recursos públicos para a manutenção desse
sistema, apesar de concretizar algumas políticas sociais. Buscou-se abordar o
financiamento da política de saúde de uma maneira ampla, mas sem perder as suas
peculiaridades. Abordou-se o financiamento direto da referida política por meio da
análise do orçamento da seguridade social, dedicando-se a compreender a participação da
citada política dentro do mencionado orçamento. Investigou-se o processo de
descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS), buscando-se evidenciar a
participação de cada ente da Federação (União, estados, municípios e Distrito Federal)
nos gastos orçamentários com essa política. Por fim, estudou-se o tema dos gastos
tributários, também conhecidos como renúncias tributárias, bem como suas implicações
no (des)financiamento da política de saúde pública. Essa análise demonstrou que o Estado
realiza gastos indiretos com a saúde, renunciando a parcela importante da arrecadação de
tributos em prol da oferta de serviços pelo setor privado. Para se compor o quadro teórico
e analítico do financiamento, explorou-se a trajetória histórica da política de saúde,
destacando as características que ela assume no Estado brasileiro. Dentre as normas
estudadas, destacam-se a CF/88, a EC 29, a EC 89, a EC 95 e a LC no 101. Os dados
orçamentários utilizados na análise do financiamento da política de saúde foram extraídos
do sistema SIGA Brasil, desenvolvido pelo Senado Federal, e complementados com os
relatórios produzidos pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Além disso, foram
analisados os demonstrativos dos gastos governamentais indiretos de natureza tributária
que acompanham a Lei Orçamentária Anual. Dentre os resultados da pesquisa, destaca-
se que, apesar dos avanços no SUS, o sistema ainda possui diversos desafios,
principalmente quanto ao seu financiamento. Uma explicação que pode ser encontrada é
devido às diversas contrarreformas em prol da acumulação capitalista, principalmente a
partir de 2015, quando o País se encontra em um período de ajuste fiscal permanente e
mais recentemente marcado pela política da austeridade fiscal permanente, o que facilita
o processo de desfinanciamento e subfinanciamento crônico do SUS. Em segundo lugar,
o Brasil possui papel dual no financiamento da saúde, porque financia, diretamente, por
meio do fundo público, ações e serviços públicos de saúde e, indiretamente, por meio das
desonerações tributárias, reforça o setor privado. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Os impasses no financiamento do Sistema Único de Saúde na era da mundialização do capital | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Saúde | pt_BR |
dc.subject.keyword | Financiamento | pt_BR |
dc.subject.keyword | Estado | pt_BR |
dc.subject.keyword | Fundo público | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This thesis analyzes the public health policy fund from 2003 to 2020, in a context of
capital mundialization. To achieve this end, it contextualized the current mundialization
period of the capitalist system, in which the expansion of interest-bearing capital and
fictitious capital prevails, in which they assume almost all command of the capitalist
accumulation process. During this period, there was an accentuation of the
overexploitation of the labor force and a wide regression of social rights conquered by
workers, and this is even more remarkable in Brazilian dependent capitalism. The State
has a central role to support this accumulation model, mainly through the public fund,
which ensures public resources for the maintenance of this system, despite implementing
some social policies. It sought to address the financing of health policy in a broad way,
but without losing its peculiarities. The direct financing of this policy was addressed
through the analysis of the social security budget, dedicating itself to understanding the
participation of this policy within this budget. The decentralization process of the
Brazilian National Health System (SUS) was investigated, seeking to evidence the
participation of each entity of the federation (Union, states, municipalities and Federal
District) in the budgetary expenditures with this policy. Finally, tax expenditures, also
known as tax waivers, and their implications for the (un)financing of public health policy
were studied. This analysis showed that the State spends indirectly on health, renouncing
an important portion of tax collection in favor of the provision of services by the private
sector. To compose the theoretical and analytical framework of financing, the historical
trajectory of health policy was explored, highlighting the characteristics it assumes in the
Brazilian State. Among the norms studied, the following stand out: CF/88, EC 29, EC 89
and EC 95 and LC no 101. The budget data used in the analysis of the financing of health
policy were extracted from the SIGA Brasil system, developed by the Federal Senate and
complemented with the reports produced by the Secretary of the National Treasury
(STN). In addition, the statements of indirect government expenditures of a tax nature
that accompany the Annual Budget Law (LOA) were analyzed. Among the research
results, it is highlighted that, despite advances in the SUS, the system still has several
challenges, especially regarding its financing. One explanation that can be found is due
to the various counter-reforms in favor of capitalist accumulation, especially from 2015,
in which the country is in a period of permanent fiscal adjustment and more recent marked
by the policy of permanent fiscal austerity, which facilitates the process of unfunding and
chronic underfunding of the SUS. Second, Brazil has a dual role in health financing, as it
finances, directly, through the public fund, public health actions and services, and
indirectly, through tax exemptions, strengthening the private sector. | pt_BR |
dc.description.abstract2 | This thesis analyzes the public health policy fund from 2003 to 2020, in a context of
capital mundialization. To achieve this end, it contextualized the current mundialization
period of the capitalist system, in which the expansion of interest-bearing capital and
fictitious capital prevails, in which they assume almost all command of the capitalist
accumulation process. During this period, there was an accentuation of the
overexploitation of the labor force and a wide regression of social rights conquered by
workers, and this is even more remarkable in Brazilian dependent capitalism. The State
has a central role to support this accumulation model, mainly through the public fund,
which ensures public resources for the maintenance of this system, despite implementing
some social policies. It sought to address the financing of health policy in a broad way,
but without losing its peculiarities. The direct financing of this policy was addressed
through the analysis of the social security budget, dedicating itself to understanding the
participation of this policy within this budget. The decentralization process of the
Brazilian National Health System (SUS) was investigated, seeking to evidence the
participation of each entity of the federation (Union, states, municipalities and Federal
District) in the budgetary expenditures with this policy. Finally, tax expenditures, also
known as tax waivers, and their implications for the (un)financing of public health policy
were studied. This analysis showed that the State spends indirectly on health, renouncing
an important portion of tax collection in favor of the provision of services by the private
sector. To compose the theoretical and analytical framework of financing, the historical
trajectory of health policy was explored, highlighting the characteristics it assumes in the
Brazilian State. Among the norms studied, the following stand out: CF/88, EC 29, EC 89
and EC 95 and LC no 101. The budget data used in the analysis of the financing of health
policy were extracted from the SIGA Brasil system, developed by the Federal Senate and
complemented with the reports produced by the Secretary of the National Treasury
(STN). In addition, the statements of indirect government expenditures of a tax nature
that accompany the Annual Budget Law (LOA) were analyzed. Among the research
results, it is highlighted that, despite advances in the SUS, the system still has several
challenges, especially regarding its financing. One explanation that can be found is due
to the various counter-reforms in favor of capitalist accumulation, especially from 2015,
in which the country is in a period of permanent fiscal adjustment and more recent marked
by the policy of permanent fiscal austerity, which facilitates the process of unfunding and
chronic underfunding of the SUS. Second, Brazil has a dual role in health financing, as it
finances, directly, through the public fund, public health actions and services, and
indirectly, through tax exemptions, strengthening the private sector. | pt_BR |
dc.contributor.email | joseane.couri@gmail.com | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Serviço Social (ICH SER) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Política Social | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|