Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Shimizu, Helena Eri | - |
dc.contributor.author | Levantezi, Magda | - |
dc.date.accessioned | 2021-09-01T00:18:29Z | - |
dc.date.available | 2021-09-01T00:18:29Z | - |
dc.date.issued | 2021-08-31 | - |
dc.date.submitted | 2021-05-31 | - |
dc.identifier.citation | LEVANTEZI, Magda. O estigma da hanseníase sob a perspectiva da Bioética de Intervenção e seu diálogo com Giovanni Berlinguer. 2021. 118 f., il. Tese (Doutorado em Bioética) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/41993 | - |
dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | A hanseníase é um problema de saúde pública devido à sua grande magnitude e alto
poder incapacitante, sendo o Brasil o segundo país com maior número de casos no
mundo. Apresenta um forte componente relacionado ao estigma e à discriminação que
compromete a qualidade de vida das pessoas atingidas, por estabelecer situações de
exclusão e injustiça social. Este estudo se justifica a partir do reconhecimento do estigma
se apresentar como fator central do impacto social da hanseníase, que resulta em
deterioração da qualidade de vida, mantendo-a num ciclo vicioso de pobreza e exclusão.
Tal fato exige um olhar mais aprofundado e abrangente para o seu enfrentamento, com
base na prática cotidiana de valores morais apresentados pela Bioética. Os objetivos
foram identificar como o aspecto do estigma na hanseníase foi considerado ao longo da
história das políticas de saúde, durante o período de 1741 a 2019, e refletir como
desconstruí-lo a partir dos referencias teóricos da Bioética de Intervenção (BI), da
Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (DUBDH) e de Giovanni
Berlinguer. Foi realizada pesquisa documental a partir da leitura hermenêutica
fundamentada nos referenciais teóricos da BI através das categorias de alteridade,
equidade, solidariedade crítica, empoderamento e libertação, dos artigos 3 e 11 da
DUBDH, dignidade humana e direitos humanos e não discriminação e não
estigmatização, e das categorias de inclusão social, e equidade, de Giovanni Berlinguer.
Os resultados foram divididos em três períodos: primeiro período — antes de 1930;
segundo período — 1930 até 1961; e terceiro período — 1962 até 2019. Nos dois
primeiros períodos, as políticas de saúde foram embasadas na exclusão, caracterizada
pela internação compulsória e na violação dos direitos humanos, reforçando a
discriminação e o estigma que permeiam a doença. No terceiro período, observou-se
estratégias para minimizar a discriminação e o estigma, como a abolição da internação
compulsória, a mudança de terminologia de lepra para hanseníase, e a indenização das
pessoas submetidas ao isolamento compulsório em ex colônias até 1986. Ao fazermos
a descrição e análise das políticas públicas de saúde de hanseníase no Brasil no período
1741 a 2019 e de sua interface com o aspecto do estigma e da discriminação sob a
perspectiva de referenciais da Bioética de Intervenção, da Declaração Universal sobre
Bioética e Direitos Humanos e de Giovanni Berlinguer, pudemos constatar que a
discriminação e o estigma, presentes na história da hanseníase, não foram considerados
a contento como fatores limitantes à promoção da assistência integral à pessoa atingida.
A discriminação, a estigmatização, pobreza, concentração de poder e exclusão social
são situações persistentes no tocante a hanseníase. A BI, DUBDH e Giovanni Berlinguer
nos apresentam que a ação social tem de ser capaz de transformar a práxis social. A BI
se apresenta como uma bioética anti-hegemônica, com capacidade crítica e política que
destaca em sua abordagem fatores culturais e econômicos, dá visibilidade às situações
de contexto social, e defende a proteção dos vulneráveis, assim como a pluralidade e
integralidade do indivíduo. Se faz necessário quebrar o silêncio e estabelecer o debate
em torno dos temas de contexto social, respeitando e tendo como prática os valores
morais apresentados pela Bioética: alteridade, equidade, solidariedade crítica,
empoderamento e libertação. Desta forma, pretende-se minimizar o processo de
discriminação e estigmatização, e a correção das iniquidades com a finalidade de
alcançar a inclusão social dos mais vulneráveis. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | O estigma da hanseníase sob a perspectiva da Bioética de Intervenção e seu diálogo com Giovanni Berlinguer | pt_BR |
dc.type | Tese | pt_BR |
dc.subject.keyword | Hanseníase | pt_BR |
dc.subject.keyword | Discriminação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Bioética de Intervenção | pt_BR |
dc.subject.keyword | Direitos humanos | pt_BR |
dc.subject.keyword | Políticas de saúde | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Garrafa, Volnei | - |
dc.description.abstract1 | Hansen's disease is a public health problem due to its great magnitude and high
incapacitating power; Brazil is the country with the second largest number of cases in the
world. It shows a strong component related to stigma and discrimination that
compromises quality of life of the affected people, since it establishes exclusion and
social injustices situations. This paper is justified by the recognition that stigma presents
itself as a central factor in the social impact of leprosy, which results in a deterioration of
the quality of life, keeping it in a vicious cycle of poverty and exclusion. Such fact demands
a deeper and more comprehensive look to face it, based on the daily practice of moral
values presented by Bioethics. The objectives were to identify how the aspect of leprosy
stigma has been seen throughout the history of health policies, during the period from
1741 to 2019, and consider how to deconstruct it from the theoretical references of
Intervention Bioethics (IB), the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights
(UDHR) and Giovanni Berlinguer. Documentary research was carried out from the
hermeneutic reading based on the theoretical references of IB through the categories of
alterity, equity, critical solidarity, empowerment and liberation, articles 3 and 11 of the
UDHR, human dignity and human rights and non-discrimination and non-stigmatization,
and Giovanni Berlinguer’s categories of social inclusion and equity. The results were
divided into three periods: first period – before 1930; second period – 1930 to 1961; and
third period – 1962 to 2019. In the first two periods, health policies were based on
exclusion, characterized by the compulsory hospitalization and violation of human rights,
reinforcing the discrimination and stigma that permeate the disease. In the third period,
strategies to minimize discrimination and stigma were observed, such as abolition of
compulsory hospitalization, changing the terminology from leprosy to Hansen disease,
and the indemnity of people submitted to compulsory isolation in former colonies until
1986. When we do the description and analysis of Brazilian public health policies
regarding Hansen disease in the period of 1741 to 2019 and its interface with the stigma
aspect and the discrimination under the Intervention Bioethics perspective of references,
of the Universal Declaration on Bioethics and Human Rights and Giovanni Berlinguer, we
could see that discrimination and stigma, present in the history of leprosy, were not
satisfactorily considered as limiting factors to the promotion of comprehensive care for
the affected person. Discrimination, stigmatization, poverty, concentration of power and
social exclusion are persistent situations regarding leprosy. The IB, UDHR and Giovanni
Berlinguer show us that social action must be able to transform social praxis. IB presents
itself as anti-hegemonic bioethics, with critical and political capacity that highlights cultural
and economic factors in its approach, gives visibility to social context situations, and
defends the protection of the vulnerable, as well as the plurality and integrality of the
individual. It is necessary to break the silence and establish the debate around the themes
of social context, respecting and practicing the moral values presented by Bioethics, such
as alterity, equity, critical solidarity, empowerment, and liberation. In this way, we intend
to minimize the discrimination and stigmatization process, and to correct the inequities in
order to achieve social inclusion of the most vulnerable and ensuring human dignity. | pt_BR |
dc.contributor.email | mlevantezi@gmail.com | pt_BR |
dc.description.unidade | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) | - |
dc.description.unidade | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Bioética | - |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Bioética | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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