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1983_CarlosAugustoSetti.pdf
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dc.contributor.advisorRamos, Murilo César de Oliveira-
dc.contributor.authorSetti, Carlos Augusto-
dc.date.accessioned2021-08-27T17:55:25Z-
dc.date.available2021-08-27T17:55:25Z-
dc.date.issued2021-08-27-
dc.date.submitted1983-
dc.identifier.citationSETTI, Carlos Augusto. Comunicação e utopia: uma interpretação das formas contemporâneas e predominantes do pensamento crítico em comunicação. 1983. v, 115 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação)-Universidade de Brasília, Brasília, 1983.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unb.br/handle/10482/41949-
dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Departamento de Comunicação Social, 1983.pt_BR
dc.description.abstractO pensamento crítico contemporâneo no campo da comunicação no Brasil, bem como na América Latina, de tradição frankfurtiana, assume duas formas principais: os estudos referentes aos grandes sistemas de comunicação e às propostas alternativas de comunicação geradas como reação a eles no seio da sociedade civil. A divisão em duas formas trouxe, a nosso ver, a desvantagem de se diminuir a capacidade de se compreender/atuar sobre a realidade de comunicação no Brasil. Daí estarmos propondo um caminho de unificação das duas, que é a de considera-las, a partir de um processo especifico de interpretação, como parte do mesmo projeto utópico. As duas formas citadas, embora se dirijam em sentido contrário dentro do debate sobre as relações entre comunicação e poder, encontram-se inseridas na mesma perspectiva mais ampla de se propugnar pela transmutação do esquema tradicional de ascendência do emissor sobre o receptor num novo esquema em que ambos tenham o mesmo papel no processo comunicativo. Esta transmutação significa a criação de um novo paradigma definidor de comunicação em contra posição a um paradigma anterior dominante no campo da comunicação, principalmente até o início da década de 70. Este paradigma dominante apenas reiterava a dicotomia emissor/receptor, legitimando a posição do emissor (no caso, o setor burguês detentor dos mídia). A comunicação passa a existir, então apenas quando esta dicotomia e superada. A superação desta dicotomia, contudo, não se dá no vazio: ela implica a superação concomitante da relação social mais ampla existente entre opressores e oprimidos rumo a uma nova sociedade. A comunicação e um elemento essencial do modelo utópico porque representa a própria natureza das suas relações sociais, que se darão na colaboração. É esta ideação de uma "outra sociedade" de um outro homem, portanto, o ponto em que o novo paradigma inscreve a comunicação, dentro da redefinição a que foi submetida, na linha da longa tradição utópica. Mas por ser utopia, a nova comunicação não respeita as fronteiras geográfico-políticas e se transforma na meta de qualquer sistema social em que esteja instaurado um sistema de poder autoritário. Foi visto que a utopia e a concretização histórica dos princípios da lógica dialética, que não admite a estagnação e a terminalidade do real-dado. A utopia, por ser dialética, aposta na transcendência do real-dado rumo a todas as possibilidades que tem o a real. E a tendência permanente à mudança - e para melhor -tornando-se algo constitutivo da história. A utopia e o fundamento dialético também estão presentes na linha de pensamento dos pesquisadores de Frankfurt, ao denunciar todas as formas de autoritarismo e propor, de diversas maneiras, novas formas de convivência social, para além do conflito de classes, da ditadura da economia e do caos organizacional. No campo estrito da comunicação, o pensamento frankfurtiano produziu uma profunda crítica ao sistema comunicativo (principalmente) burguês, dentro do conceito de "indústria cultural". Tal crítica serviu de matriz para fundar, ao nível da América Latina, uma linha radical contestadora das desigualdades comunicativas no plano interno de cada país e também no das relações internacionais. Mas tal contestação se bifurcou nas duas tendências já citadas: o ataque aos sistemas dominantes ou a luta pela ampliação da comunicação alternativa ao seu nível máximo. A conclusão foi a de que, dada a necessidade levantada de se ter uma perspectiva global destes estudos críticos em comunicação, não dicotomizada, a utopia se prestou a dar forma a esta perspectiva, a partir da noção utópica de que o sentido ultimo para o qual apontam as duas tendências e o da redefinição da comunicação enquanto um ato exclusivo de Sujeitos, possuidores de uma igualdade básica entre si. De objetos do processo comunicativo, os indivíduos passam, via utopia, a comunicadores, cuja existência só e possível no lócus próprio da comunicação: a comunidade. Finalmente, levanta-se a possibilidade de, a partir do uso da categoria utopia para a análise dos processos comunicativos, estender este uso para fenômenos situados no âmbito das ciências humanas em geral, pela riqueza e abertura que essa categoria apresenta.pt_BR
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rightsAcesso Restritopt_BR
dc.titleComunicação e utopia : uma interpretação das formas contemporâneas e predominantes do pensamento crítico em comunicaçãopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.subject.keywordComunicaçãopt_BR
dc.subject.keywordJornalismopt_BR
dc.description.abstract1The contemporaneous critical thought in the field of communication, in Brazil and in the rest of Latin America, within the Frankfurt tradition, present two main lines: the studies that refer to the dominant systems of communication and those that refer to the alternative proposals of communication. This division along two lines has brought the disadvantage of decreasing our capacity to understand the reality of communication in Brazil as well as to act, over it. That is why we are proposing a mean of unification of the two lines, by considering them, from the standpoint of a specific interpretation, as part of the same utopie project. The two lines, even though they move in opposite directions within the debate over the relation between communication and power, are inserted into that perspective which claims for a change in the traditional scheme of predominance of the source over the receiver, while demanding a scheme in which b oth have the same role in the communication process. This change signifies the creation of a communication paradigm in opposition to the paradigm that prevailed up to the 1970s. That prevailing paradigm emphasized the dichotomy source/receiver, legitimating the dominant position of the source (in this case, the bourgeois sector owning the media). Communication, then, only starts to exist when the dichotomy is surpassed. The surpassing of the dichotomy, however, does not happen in a vacuum: it implies the simultaneous surpassing of the broader social relation that exists between oppressors and oppressed, leading to a new society. Communication is an essencial element of the utopic model because it represents the very nature of its social relations, which will take place in collaboration. It is this ideation of "another society" of another man, therefore, the point in which the new paradigm inscribes the communication process, according to the redefinition it was submitted to, along the utopic tradition. But because it is a utopia, the new communication process does not respect the geo-political frontiers and becomes the goal of any social system in which the authoritarian power is installed. It was seen that utopia is the historical realization of the principles of dialectical logic, which does not admit stagnation and the end of the given-real. Utopia, because it is dialectical, bets on the transcendence of the given-real toward all the possibilites which the real possesses. It is the permanent trend toward change - and for better - becoming something constitutive of history. Utopia and the dialectical basis are also present in the line of thought of the researchers from Frankfurt, when they denounce all the forms of authoritarianism and propose, in several ways, new forms of social living, beyond the conflict of classes, the dictatorship of economics and the organizational chaos. In the field of communication, the Frankfurtian thought produced a profound critique of the bourgeois (mainly) communicational system, within the concept of "cultural industry". Such critique served as matrix to start, at the level of Latin America, a radical line of criticism of the communicational inequalities existing in each country and also in international relations. But such criticism was parted along the two lines already mentioned: an atack on the dominant systems and the struggle for the appearance of alternative communication systems. The conclusion was that, given the need to have a global, non-dichotomized perspective of these critical studies of communication, the concept of utopia was used to give shape to such perspective, starting from the utopian notion that the ultimate sense which the two trends point to is the redefinition of communication, seen as an exclusive act of subjects who possess a basic equality among them. Through utopia, the individuals go from the status of objects in the communication process to the status of communicators, whose existence is only possible in the proper locus for communication: the community. Finally, we raise the possibility of - starting from the use of the category utopia for the analysis of communicational processes - expending such use to phenomena situated in the realm of the social sciences in general, due to the richness and openess which that category prossesses.pt_BR
dc.description.unidadeFaculdade de Comunicação (FAC)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Comunicaçãopt_BR
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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