Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Botelho, Nilson Francisquini | - |
dc.contributor.author | Pereira, Eduardo Henrique Rodrigues | - |
dc.date.accessioned | 2021-08-25T18:48:03Z | - |
dc.date.available | 2021-08-25T18:48:03Z | - |
dc.date.issued | 2021-08-25 | - |
dc.date.submitted | 2021-05-28 | - |
dc.identifier.citation | PEREIRA, Eduardo Henrique Rodrigues. Geologia, controle estrutural e mineralogia do escarnito mineralizado em ouro e tungstênio da Mina Bonfim-II, Província Borborema, Rio Grande do Norte, Brasil. 2021. [37] f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2021. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/41924 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2021. | pt_BR |
dc.description.abstract | O corpo de minério da Mina Bonfim-II é constituído por escarnito mineralizado em
tungstênio e ouro, disposto como uma camada estratiforme na base do pacote de
mármores, em contato concordante com flogopita xistos da Formação Jucurutu, base do
Grupo Seridó. A estruturação em Bonfim encontra-se segundo o trend de direção NNE,
ao longo do qual existem três depósitos de minério que são Bonfim-I, Bonfim-II e
Bonfim-III, que compõem o Sistema Estrutural Bonfim (SEB).
O escarnito exibe zonação vertical, que marca o contato superior com tremolita-
flogopita mármores, a zona do diopsídio (zona central) mineralizada em scheelita e
molibdenita, produto de alteração e substituição de mármore dolomítico, e a zona da
zoizita-clinozoizita (zona inferior), com clorita, epidoto e sericita provenientes do
hidrotermalismo em flogopita xistos, que exibe fraturas preenchidas por ouro e bismuto.
O corpo de minério escarnítico encontra-se segundo a direção N10oE/30oSE, deformado
por cisalhamento em condições dúcteis, assumindo a forma de boudins, cujo eixo de
maior elongamento possui caimento de 12o para NNE. A scheelita ocorre sob a forma
de boudins, associada à molibdenita. Tais condições mostram que a mineralização de
tungstênio é sintectônica, e consiste na primeira fase de mineralização, sistema W-Mo.
O ouro ocorre associado aos minerais de bismuto e telúrio, preenchendo falhas e
fraturas de cisalhamento com atitude N70oW/75oSW, seccionando e deslocando o
bandamento do escarnito de direção N10oE/30oSE. Tais feições estruturais evidenciam
que o ouro pertence a uma segunda fase de mineralização, o sistema Au-Bi-Te, formado
em condições rúpteis na crosta. As fraturas auríferas normalmente são verticalizadas e
espaçadas entre si, ocorrendo como veios estreitos sob a forma de sheeted veins.
Dados geocronológicos evidenciam que o pico do metamorfismo no ciclo Brasiliano
teria ocorrido por volta de 600 Ma, e a granitogênese a partir de 577 + 4,5 Ma, com base
em dados U-Pb. Em Bonfim foram obtidas datações Re/Os em molibdenita de 524 + 2
Ma, indicando que está seja a idade para a 1a fase de mineralização em Bonfim. Admite-
se que as estruturas que controlam a 2a fase de mineralização estejam relacionadas às
intrusões pegmatíticas tardi-brasilianas, que marcam o estágio final do magmatismo.
Datações U-Pb em tantalita de pegmatitos revelam idades de 514 + 1,1 Ma para a fase
tardia da orogenia, correlacionadas ao sistema Au+Bi+Te. Considera-se que os
pegmatitos sejam a fonte de fluidos hidrotermais da mineralização aurífera.
A minerografia mostra que a paragênese aurífera é composta por bismuto, bismutinita,
joseíta (Bi4TeS2), calcopirita, hedleyita (Bi7Te3) e gersdorffita (NiAsS), sendo os dois
últimos inéditos. As principais formas de ocorrência do ouro são: livre na ganga, em
contato com bismuto, bismutinita e joseíta, ou em fraturas. A ganga das fraturas é
composta por prehnita, indicando que a precipitação do ouro teria ocorrido na fácies
metamórfica prehnita-pumpelliyta.
Descrições petrográficas mostram que o diopsídio é o mineral predominante, tendo
ainda actinolita, tremolita, calcita, clorita, muscovita, plagioclásio reliquiar, feldspato
potássico (KF) e acessórios como titanita, apatita e allanita. Houve intenso processo de
alteração dos feldspatos gerando sericita, carbonato, epidoto e zoisita-clinozoisita. Além
disso, permitiram identificar uma granada rica em cromo, que ainda não havia sido
identificada em Bonfim. Análises de microssonda eletrônica indicam elevados teores
em prata, até 16,09%Ag na composição do ouro, e ainda bismuto e telúrio que podem
alcançar até 0,44%Bi, e 0,16% Te.
O escarnito Bonfim é um exoescarnito, cálcico, reduzido e distal, formado por meio de
fluidos hidrotermais migrados por zonas de cisalhamento, e/ou superfícies de contato. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Geologia, controle estrutural e mineralogia do escarnito mineralizado em ouro e tungstênio da Mina Bonfim-II, Província Borborema, Rio Grande do Norte, Brasil | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Escarnito | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mina Bonfim-II | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ouro - minas e mineração | pt_BR |
dc.subject.keyword | Tungstênio | pt_BR |
dc.subject.keyword | Bismuto | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mineralização | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.contributor.advisorco | Oliveira, Claudinei Gouveia de | - |
dc.description.abstract1 | The ore body of Mina Bonfim-II consists of mineralized gold tungsten skarn as a
stratiform layer at the base of the marble package in concordant contact with phlogopite
schists from the Jucurutu Formation, base of the Seridó Group. The structure in Bonfim
follows the NNE trend along which there are three ore deposits: Bonfim-I, Bonfim-II
and Bonfim-III, which make up the Bonfim Structural System (SEB).
The skarn shows a vertical zonation which marks the upper contact with tremolite-
phlogopite marbles, the diopside zone (central zone) is mineralized in scheelite and
molybdenite as a product of alteration and replacement of dolomitic marble and the
zoizite-clinozoizite zone (lower zone) with chlorite, epidote and sericite from
hydrothermalism in phlogopite schists, which exhibit fractures filled with gold and
bismuth.
The skarn ore body strikes about N10oE and dip 30o to the SE deformed by shear zone
under ductile conditions, assuming the form of boudins whose longer axis plunge 12o
towards N10oE. Scheelite occurs as boudins associated with molybdenite. Such
conditions show that tungsten mineralization is syntectonic and consists of the first
phase of mineralization, the W-Mo system.
Gold occurs associated with bismuth and tellurium minerals filling faults and shear
fractures that strike about N70oW and dip 75o to the SW, sectioning and displacing the
skarn banding in the strike N10oE and dip 30o to the SE direction. Such structural
features evidence that gold belongs to a second phase of mineralization the Au-Bi-Te
system, formed under brittle conditions in the crust. Gold fractures are usually vertical
and spaced apart occurring as narrow veins in the form of sheeted veins.
Geochronological data shows that the peak of metamorphism in the Brasiliano cycle
would have occurred around 600 Ma, and granitogenesis from 577 + 4.5 Ma based on
U-Pb data. At Bonfim Re/Os datings on molybdenite of 524 + 2 Ma were obtained
indicating that this is the age of the 1st phase of mineralization at Bonfim. It is assumed
because the structures that control the 2nd phase of mineralization are related to late
Brasilian pegmatitic intrusions, which mark the final stage of magmatism. U-Pb dating
in tantalite of pegmatites reveals ages of 514 + 1.1 Ma for the late phase of the orogeny,
correlated to the Au+Bi+Te system. Pegmatites are considered to be the source of
hydrothermal fluids for gold mineralization.
The minerography shows that the gold paragenesis is composed of bismuth, bismutinite,
joseite (Bi4TeS2), chalcopyrite, hedleyite (Bi7Te3) and gersdorffite (NiAsS), the last two
never been published. The main forms of gold occurrence are: free in the gangue, in
contact with bismuth, bismutinite and joseite, or in fractures. The gangue of the
fractures is composed of prehnite, indicating that the gold precipitation would have
occurred in the prehnite-pumpelliyte metamorphic facies.
Petrographic descriptions show that diopside is the predominant mineral, with
actinolite, tremolite, calcite, chlorite, muscovite, plagioclase relic, k-feldspar and
accessories such as titanite, apatite and allanite. There was an intense process of
alteration of the feldspars, generating sericite, carbonate, epidote and zoisite-
clinozoisite. Furthermore, allowed to identify a chromium-rich garnet which had not yet
been identified in Bonfim. Electron microprobe analyzes indicate high levels of silver
up to 16.09%Ag in the composition of gold, and even bismuth and tellurium, which can
reach up to 0.44%Bi, and 0.16% Te.
Bonfim skarn is an exoskarn, calcic, reduced and distal, formed by means of
hydrothermal fluids migrated by shear zones and/or contact surfaces. | pt_BR |
dc.contributor.email | eduhenrique975@gmail.com | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Geociências (IG) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Geologia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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