http://repositorio.unb.br/handle/10482/40830
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2020_DenisePaivaAgustinho_.pdf | 11,05 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Crítica da razão hídrica : multiplicando perspectivas e construindo futuros em bacias hidrográficas em crise no Distrito Federal |
Autor(es): | Agustinho, Denise Paiva |
E-mail do autor: | denise.agustinho@gmail.com |
Orientador(es): | Sayago, Doris Aleida Villamizar |
Assunto: | Crise hídrica (DF) Racionalização de água Filosofia do processo Aprendizagem social |
Data de publicação: | 6-Mai-2021 |
Data de defesa: | 14-Out-2020 |
Referência: | AGUSTINHO, Denise Paiva. Crítica da razão hídrica: multiplicando perspectivas e construindo futuros em bacias hidrográficas em crise no Distrito Federal. 2020. 377 f., il. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | O Distrito Federal sofreu com uma crise hídrica sem precedentes na sua história, no período de 2016 a 2018. Tendo esse fato histórico como ponto de partida para uma reflexão acerca de uma crise ainda mais profunda, é explorada ideia de uma crise da razão que se propõe governar a água, de uma razão unívoca. Inspirada pelos discursos da decolonialidade e Ecologia Política é apresentada uma Crítica da Razão Hídrica, pela qual se questiona a racionalização instrumental e economicista, que cria uma dimensão apartada do resto da vida denominada Recursos Hídricos. Abandonando a tradição fundamentada na teoria da ação racional, a matriz filosófica em revisão sugere a construção de outros modos de pensar a água, que pretende superar uma visão dicotômica entre natureza e sociedade. Essa matriz é fornecida pela Filosofia do Processo ou Cosmologia do pensamento Organísmico, a partir das contribuições filosóficas de Henri Bergson e de Alfred N. Whitehead. Em contraste com a ideia de ação racional, é proposto o conceito de ação criativa no seio dessa tradição filosófica, reivindicada como fundamento para novas abordagens em economia, governança e política. Desde a crítica das ideias de gestão e do uso racional de água, é pressuposto que a racionalidade por vir que busca governar os fluxos da água deve ser múltipla. Assim, o esforço empírico desta tese consiste justamente em compreender a multiplicidade de formas de arrazoamento com respeito a água e seu futuro. Por meio do Método Q, foram, então, identificadas quatro perspectivas na gestão da água, rotuladas como: (i) Água e Terra, (ii) Mea Culpa, (iii) Água Padrão e (iv) Precaução. Para essa metodologia foram entrevistados, na primeira e na segunda rodadas de entrevistas, respectivamente, 26 e 27 atores relevantes para a gestão de recursos hídricos do DF. São constatadas convergências, divergências e eventualmente conflitos entre as distintas perspectivas, mais ou menos convencionais nas práticas da gestão atualmente, e é discutido como essas perspectivas refletem novas práticas na gestão. Com vistas a ampliação das perspectivas sobre a razão hídrica, um segundo esforço empírico é desenvolvido com a metodologia experimental e especulativa Políticas da Natureza, que contou com a participação de 26 gestores e pesquisadores. Os novos modos de pensar a água em seus devires propõem uma maior sensibilização com respeito à integralidade ecossistêmica nos processos de gestão e de aprendizagem, com rebatimento na Educação Ambiental, pela qual busca dar sentido à inerência natureza-sociedade e a ideia de natureza como sujeito de direito, esta última possível de operacionalização com conceitos como Vazão Ecológica e Capacidade de Suporte dos territórios. |
Abstract: | The Federal District of Brazil suffered with an unprecedented water crisis in the period from 2016 to 2018. Based on this historical fact as a starting point for a reflection on a more profound crisis, we explore the idea of a crisis of the reason that intend to govern water, an univocal reason. Inspired by discourses of decoloniality and Political Ecology, we presented a Critique of the Hydric Reason, that we use to question the instrumental and economic rationalization; which creates a dimension apart from the rest of life, called Water Resources. Abandoning the tradition based on the theory of rational action, the philosophical matrix under review suggests the construction of other ways of thinking on water, which seeks to overcome a dichotomous vision between nature and culture. This matrix is provided by the Process Philosophy or Cosmology of Organismic thought, based on the philosophical contributions of Henri Bergson and Alfred N. Whitehead. In contrast to the idea of rational action, we proposed the concept of creative action based on this philosophical tradition, which is claimed as the foundation for new approaches to economics, governance and politics. From a criticism of the ideas of rational management and use of water, it is presupposed that the future rationality that seeks to govern water flows must be multiple. Thus, the empirical effort of this thesis consists precisely in understanding the multiplicity of forms of reasoning with respect to the water and its future. Through the Q Method, four perspectives on water management were identified and labeled as: (i) Water and Soil, (ii) Mea Culpa, (iii) Standard Water and (iv) Precaution. For this methodology, we interviewed 26 and 27 relevant actors for the management of water resources in the Federal District, in the first and second rounds of interviews, respectively. Convergences, divergences and eventual conflicts between the different perspectives were found and it was discussed how these perspectives reflect new management practices. Seeking the expansion of the perspectives on water reason, a second empirical effort was developed with the experimental and speculative methodology of Politics of Nature, which counted on 26 managers and researchers. These new ways of thinking about water in its becoming propose a greater sensibilization regarding ecosystemic integrality in management and learning processes, with an impact on Environmental Education, through which it seeks to give meaning to nature-society inherence and the very idea of nature as subject of rights. The latter is possible to be operationalized with concepts such as Ecological Flow and Support Capacity of the territories. |
Unidade Acadêmica: | Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável, 2020. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável |
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Agência financiadora: | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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