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Título: Qualidade de vida e bem-estar no trabalho de nutricionistas brasileiros antes e durante a pandemia de SARS-CoV-2
Autor(es): Matos, Raquel Adjafre da Costa
E-mail do autor: raquel.adjafre@gmail.com
Orientador(es): Botelho, Raquel Braz Assunção
Assunto: SARS-CoV-2
Covid-19
Nutricionistas
Profissionais da saúde
Bem-estar no trabalho
Qualidade de vida no trabalho
Data de publicação: 29-Abr-2021
Referência: MATOS, Raquel Adjafre da Costa. Qualidade de vida e bem-estar no trabalho de nutricionistas brasileiros antes e durante a pandemia de SARS-CoV-2. 2020. 162 f., il. Tese (Doutorado em Nutrição Humana)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Resumo: Introdução: o nutricionista é um profissional de saúde que atua em áreas consideradas de risco para a contaminação por SARS-CoV-2. A pandemia causada por esse novo vírus no ano de 2020 trouxe medo, insegurança, desemprego, instabilidade financeira, isolamento social, dentre outros fatores que podem intervir negativamente na qualidade de vida e no bem-estar no trabalho. Objetivo: avaliar a percepção da qualidade de vida e do bem-estar no trabalho de nutricionistas brasileiros antes e durante a pandemia de SARS-CoV-2. Métodos: estudo de abrangência nacional, transversal, realizado com a aplicação de três instrumentos já validados, por meio de um link da ferramenta GoogleForms®: (i) questionário para coleta das variáveis demográficas, incluindo-se três perguntas específicas sobre o período do SARS-CoV-2; (ii) escala de bem-estar no trabalho e (iii) WHOQOL-BREF para avaliar a qualidade de vida, sendo esses dois últimos pontuados a partir da escala Likert de 5 pontos. A aplicação foi realizada entre os dias 26 de maio e 7 de junho de 2020, com o envio do link para os nutricionistas brasileiros por meio de e-mails, aplicativos de mensagens e redes sociais. Nesse link, além dos três instrumentos, os voluntários acessaram o convite para a pesquisa e o termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados coletados foram analisados estatisticamente no SPSS, e as comparações de médias e proporções da amostra ocorreram por meio de teste T pareado, teste Qui-quadrado e análise de Variância. A confiabilidade dos instrumentos foi avaliada por meio do Alfa de Cronbach. Para se comparar a variação, em porcentagem, do bem-estar no trabalho com os domínios de qualidade de vida, estratificou-se as variáveis. Por fim, foi avaliada a correlação de Pearson entre os constructos. Resultados: Obteve-se uma amostra representativa de nutricionistas brasileiros (n=1359) que são, em sua maioria, mulheres (92,5%), católicas (52,9%), com idade entre 25 e 39 anos (58,4%), com companheiro (63,8%) e sem filhos (58%). A maioria dos participantes continuou trabalhando durante o período da pandemia (83,8%), não teve COVID-19 (96%) e nem seus familiares (80,7%). O bem-estar no trabalho antes da pandemia (3,88±0,71) foi significativamente maior que o bem-estar durante a pandemia (3,71±0,78). Analisando-se as variáveis separadamente antes e durante a pandemia, nutricionistas com parceiros, filhos e doutorado apresentaram escores mais elevados de bem-estar no trabalho, bem como os que recebem mais de cinco salários-mínimos, são formados há mais de quinze anos, atuam na área de ensino e trabalharam remotamente durante a pandemia. A pontuação da qualidade de vida antes do SARS-CoV-2 era de 3,83± 0,59, estatisticamente diferente da qualidade de vida durante a pandemia (3,36 ± 0,66) bem como todas as suas variáveis, que quando comparadas, apresentaram piores resultados durante a pandemia. Pessoas com teste positivo ou não para SARS-CoV-2 não diferiram na qualidade de vida. Todos os quatro domínios do WHOQOL-BREF apresentaram médias mais baixas durante a pandemia, sendo o segundo domínio (saúde psicológica) o mais afetado entre os nutricionistas brasileiros. Ao se comparar os dois constructos, o bem-estar no trabalho diminuiu com a pandemia em 4,4% e a queda na qualidade de vida foi significativamente maior em todos os domínios (reduziram entre 9,6% e 16,8%). Nutricionistas que tiveram seus trabalhos interrompidos na pandemia (-8,9%) e os formados há menos de dois anos (-28,1%) apresentaram a maior redução no bem-estar no trabalho e na qualidade de vida, respectivamente. Encontrou-se correlação positiva entre os constructos, ou seja, quanto maior o bem-estar no trabalho dos nutricionistas, melhor é a sua qualidade de vida (r>0,433). Conclusão: a pandemia de SARS-CoV-2 foi associada a impacto negativo no bem-estar no trabalho e na qualidade de vida de nutricionistas brasileiros.
Abstract: Background: the dietitian is a health professional who works in areas considered at risk for contamination by SARS-CoV-2. The pandemic caused by this new virus in 2020 brought fear, insecurity, unemployment, financial instability, social isolation, and other factors that can negatively affect the quality of life and well-being at work. Objective: to evaluate the perception of the quality of life and well-being at work of Brazilian dietitians before and during the SARS CoV-2 pandemic. Methods: it is a nationwide, cross-sectional study carried out with the application of three instruments already validated, through a link of the GoogleForms® tool: (i) a questionnaire to collect demographic variables, including three specific questions about the SARS-CoV-2 period; (ii) work well-being scale (iii) WHOQOL-BREF to assess the quality of life, the latter two being scored from the 5-point Likert scale. The application was carried out between May 26 and June 7, 2020, with the link sent to Brazilian dietitians through e-mails, messaging applications, and social networks. In this link, in addition to the three instruments, the volunteers accessed the invitation to the research and the free and informed consent form. The collected data were statistically analyzed in the SPSS, and the sample means and proportions were compared by paired T-test, Chi-square test, and Variance analysis. The reliability of the instruments was evaluated using Cronbach's Alpha. The variables were stratified to compare the variation, in percentage, of well-being at work with the quality of life domains. Finally, Pearson's correlation between constructs was evaluated. Results: A representative sample of Brazilian dietitians (1359) was obtained, who are mostly women (92.5%), Catholic (52.9%), aged between 25 and 39 years (58.4 %), with a partner (63.8%) and without children (58%). Most participants continued to work during the pandemic period (83.8%), did not have COVID-19 (96%), and neither did their families (80.7%). Well-being at work before the pandemic (3.88 ± 0.71) was significantly higher (p <0.05) than well-being during the pandemic (3.71±0.78). Analyzing the variables separately before and during the pandemic, dietitians with partners, children, and PhD presented higher scores of well-being at work, as well as those who receive more than five minimum wages, have been trained for more than fifteen years, work in the teaching area and worked remotely during the pandemic. The quality of life score before SARS-CoV-2 was 3.83± 0.59, statistically different from the quality of life during the pandemic (3.36 ± 0.66) as well as all its variables, which, when compared, presented worse results during the pandemic. People with positive or non positive testing for SARS-CoV-2 did not differ in the quality of life. All four domains of the WHOQOL-BREF presented lower means during the pandemic, and the second domain (psychological health) was the most affected among Brazilian dietitians. When comparing the two constructs, well-being at work decreased with the pandemic by 4.4%, and the decrease in the quality of life was significantly higher in all domains (they decreased between 9.6% and 16.8%). Dietitians who had their work interrupted in the pandemic (-8.9%) and those who graduated less than two years ago (-28.1%) showed the most significant reduction in well-being at work and the quality of life, respectively. A positive correlation was found between the constructs, i.e., the higher the well-being in dietitians' work, the better their quality of life (r>0.433). Conclusion: the SARS-CoV-2 pandemic was associated with a negative impact on the well-being at work and on Brazilian dietitians' quality of life
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Departamento de Nutrição (FS NUT)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós Graduação em Nutrição Humana, 2020.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
UnB - Covid-19

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