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Título: Custo da hipertensão arterial sistêmica e de suas complicações no sistema circulatório na perspectiva do sistema único de saúde em 2019
Autor(es): Pereira, Daniel da Silva
E-mail do autor: danieldasilvap@hotmail.com
Orientador(es): Silva, Everton Nunes da
Assunto: Hipertensão
Doenças cardiovasculares
Saúde pública - Brasil
Data de publicação: 9-Mar-2021
Referência: PEREIRA, Daniel da Silva. Custo da hipertensão arterial sistêmica e de suas complicações no sistema circulatório na perspectiva do sistema único de saúde em 2019. 73 f., il. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Resumo: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema de saúde pública global e o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, que impacta financeiramente os sistemas de saúde. Objetivo: Estimar o custo da HAS e das doenças do sistema circulatório atribuíveis à HAS na perspectiva do Sistema Único de saúde no ano de 2019. Métodos: Foi conduzido um estudo de custo da doença com a abordagem top-down e baseado na prevalência. O risco atribuível populacional (RAP) foi usado para estimar a fração atribuível à HAS das doenças do aparelho circulatório. Os custos diretos médicos foram obtidos de registros oficiais do Ministério da Saúde e de parâmetros da literatura, compreendendo os três níveis de atenção (primário, secundário e terciário). Também foram conduzidas análises de sensibilidade univariadas determinísticas. Resultados: O custo total da HAS e da fração atribuível à HAS das doenças do sistema circulatório foi de R$ 1.278.497.824,40, variando entre R$ 1.103.416.648,87 e R$ 1.707.603.343,73. Analisando apenas os custos da HAS em todos os níveis de atenção (R$ 1.086.308.180,95), 97,3% se concentraram na atenção primária, especialmente por conta dos medicamentos anti-hipertensivos fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) (R$ 800.554.788,31). O Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi a doença associada com maior custo atribuível à HAS e com o terceiro maior RAP, representando 47% do custo total das doenças do sistema circulatório atribuível à HAS. A prevalência foi o parâmetro que mais afetou as análises de sensibilidade, representando 36% de toda a variação nos custos. Conclusão: Os resultados deste estudo apontam que a principal estratégia brasileira para combater a HAS tem sido implementada na atenção primária, por meio do acesso a anti-hipertensivos gratuitos e da cobertura de equipes multiprofissionais, atuando de forma conjunta para prover cuidados de promoção, prevenção e controle da HAS.
Abstract: Systemic Arterial Hypertension (SAH) is a global public health problem and the main risk factor for cardiovascular diseases, which has a financial impact on health systems. Objective: To estimate the cost of SAH and circulatory system diseases attributable to SAH from the perspective of the Unified Health System (SUS) in 2019. Methods: A cost-of-illness study with the top-down approach and based on prevalence was conducted. The Population Attributable Risk (PAR) was used to estimate the fraction attributable to SAH of diseases of the circulatory system. Direct medical costs were obtained from official Brazilian Ministry of Health records and from literature parameters, comprising the three levels of care (primary, secondary and tertiary). Deterministic univariate sensitivity analyzes were also conducted. Results: The total cost of SAH and fraction attributed to SAH of the circulatory system diseases was R$ 1,278,497,824.40, ranging between R$ 1,103,416,648.87 and R$ 1,707,603,343.73. Analyzing only the costs of SAH at all levels of care (R$ 1,086,308,180.95), 97.3% focused on primary care, especially due to the antihypertensive drugs provided for free by the Unified Health System (SUS) (R$ 800,554,788.31). Stroke was a disease associated with the highest cost attributable to SAH and with the third highest PAR, representing 47% of the total cost of circulatory system diseases attributable to SAH. Prevalence was the parameter that most affected the sensitivity analysis representing 36% of all variation in costs. Conclusion: The results of this study indicate that the main Brazilian strategy to combat SAH has been implemented in primary care, through access to free antihypertensive drugs and the coverage of multiprofessional teams, working together to provide care for the promotion, prevention and control of SAH.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2020.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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