http://repositorio.unb.br/handle/10482/38949
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2020_JúliaCamposClímaco.pdf | 2,63 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Apenas a matéria vida era tão fina : experiências maternas de mulheres com filhos(as) com Tay-Sachs |
Autor(es): | Clímaco, Júlia Campos |
Orientador(es): | Barbato, Silviane Bonaccorsi |
Assunto: | Desenvolvimento humano Maternidade Feminismo Doenças neurodegenerativas Luto |
Data de publicação: | 3-Jul-2020 |
Data de defesa: | 17-Fev-2020 |
Referência: | CLÍMACO, Júlia Campos. Apenas a matéria vida era tão fina: experiências maternas de mulheres com filhos(as) com Tay-Sachs. 2020. 306 f., il. Tese (Doutorado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020. |
Resumo: | Nessa pesquisa, investigo a produção de significados sobre maternidades em transição e interpretações de si, a partir das histórias de narrativas matrifocais de mulheres com filhas(os) com Tay-Sachs, doença neurodegenerativa rara que causa a morte na primeira infância, sem cura conhecida. Foram elaboradas narrativas com entrevistas de histórias de vida, com sete mulheres com filhos(as) com Tay-Sachs, que foram transcritas, transcriadas e passaram por uma análise narrativa dialógica para perceber rupturas, ambivalências, transições e produções de significados. Os resultados indicam os seguintes temas recorrentes: caminhos para maternidade; odisseia diagnóstica; práticas de cuidado e experimentos de vida e morte; transições da maternidade; morte e luto; redes de apoio e relacionamentos. Discuto esses temas à luz do feminismo matricêntrico que reconhece a centralidade da maternidade para a vida das mulheres que, por escolha ou não, são mães; dos laboratórios morais, espaço metafórico de experimentação de possibilidades de vida; e da subjuntividade narrativa, na qual possibilidades interpretativas coexistem em um espaço fronteiriço entre o que “é”, o que “deve ser” e o que “poderia ter sido”, produzindo um “como se, e se”. Por meio de atuações reflexivas, esse espaço foi criado nos cuidados cotidianos e no cultivo da esperança relacionada a um redimensionamento narrativo. A experiência compartilhada de adoecimento foi vivida com dilemas morais que exigiram a expansão das possibilidades de vida, com o cultivo da esperança por meio do cuidado meticuloso de observação e atuação para a produção de novos significados a partir do presente com a doença. Esse compartilhamento permitiu transições para maternidades em direção à morte e a resposta ao chamado ético de viver a melhor vida possível para elas e seus filhos, como se a vida fosse o horizonte. Ao fazer isso, forjaram uma continuidade de si, reinventando suas relações com o conhecido, com o tempo e com o cotidiano, criando novas maneiras de estar no mundo como mulheres e mães. |
Abstract: | In this study, I research the production of motherhood meanings and self-interpretation from matrifocal narratives of women with children with Tay-Sachs, a rare neurodegenerative disease that causes death in early childhood, with no known cure. Narratives were elaborated from life stories interviews with seven women with children with Tay-Sachs, which were transcribed, transcreated and went through a dialogical narrative analysis to notice its ruptures, ambivalences, transitions and meaning-making. The results indicate the following recurring themes: paths to motherhood; diagnostic odyssey; care practices and life and death experiments; motherhood transitions; death and grief; support networks and relationships. I discuss these themes in the light of matricentric feminism, that recognizes the centrality of motherhood to the lives of women who, by choice or not, are mothers; of the moral laboratories, a metaphorical space for experimentation in which life possibilities are tested; and of subjunctive mode of narratives in which several interpretive possibilities coexist in a border space between what “is”, what “should be” and what “could have been”, producing an “as if, what if”. Through reflective actions, this space was created through daily care and in the cultivation of a kind of hope related to a narrative reenvisioning. The shared illness experience was lived with moral dilemmas that required the expansion of life possibilities with the craft of hope through care practices of meticulous observation and performance to make new meanings from the present with the illness. This sharing enabled transitions to motherhoods towards death and the response to an ethical call to live the best possible life for them and their children, as if life was the horizon. In so doing, they forged a continuity of themselves, reinventing their relationship with the known, with time and with the everyday life, creating new ways of being in the world as women and mothers, from and for care: care for themselves and their children. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Psicologia (IP) Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento (IP PED) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2020. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento e Saúde |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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