Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Coroa, Maria Luiza Monteiro Sales | - |
dc.contributor.author | Café, Leonardo da Cunha Mesquita | - |
dc.date.accessioned | 2020-06-30T13:00:28Z | - |
dc.date.available | 2020-06-30T13:00:28Z | - |
dc.date.submitted | 2019-12-18 | - |
dc.identifier.citation | CAFÉ, Leonardo da Cunha Mesquita. O discurso LGBTIfóbico na Escola : impactos sobre os corpos LGBTI+ de estudantes de quatro escolas públicas de ensino médio de Ceilândia – DF. 2019. 178 f., il. Dissertação (Mestrado em Linguística)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.unb.br/handle/10482/38465 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2019. | pt_BR |
dc.description.abstract | O objetivo da presente dissertação de mestrado é compreender como atuam os diferentes
mecanismos de propagação e de manutenção do discurso LGBTIfóbico, situado no ambiente
escolar, silenciando as vozes dos/as alunos/as LGBTI+, deslegitimando suas demandas
específicas e impactando de diferentes formas seus corpos físicos/políticos. Os dados aqui
analisados foram gerados durante o ano de 2018 graças à colaboração dos/as participantes
quatro escolas públicas de Ensino Médio localizadas em Ceilândia/DF. Para observar como as
relações de poder influenciavam na tomada do discurso LGBTIfóbico, primou-se pela
colaboração de participantes em status de poder assimétrico na escola (gestão, docência e
discência). Entretanto, os/as principais colaboradores/as da pesquisa foram os/as estudantes
LGBTI+ com suas narrativas, pois, a partir de suas vozes, insights sobre a prática social
escolar poderiam vir à tona mais facilmente, além de outros aspectos dos processos de
representação e de identificação que também seriam ressaltados em seus relatos. Para essa
feita, a base teórica e metodológica aqui empregada situa-se na interface transdisciplinar
proposta pela Análise de Discurso Crítica (ADC) (CHOULIARAKI; FAIRCLOUGH 1999;
FAIRCLOUGH, 2003, MAGALHÃES et al, 2017) em que outras teorias dialogam entre si
para que os dados sejam analisados à luz de um campo teórico que melhor se articule. Nessa
perspectiva teórica, as práticas sociais são percebidas dentro de uma conjuntura, uma vez que
se conectam a outras redes de práticas ligadas à estrutura social e podem, como resultado,
fortalecer alianças que mantêm hegemonias, como a do discurso cisheteronormativo arbitrário
e compulsório (BUTTLER, 1993; 2017). Assim, por meio do discurso, as questões
relacionadas à luta hegemônica e poder (FAIRCLOUGH, 1989; 2016; FOUCAULT, 2014;
2018; VAN DIJK, 2017), às representações simbólicas da realidade (THOMPSON, 2011) e à
diversidade sexual na escola (LOURO, 2014; 2016; MOITA LOPES, 2002; 2008) são focos
desta dissertação. Após as análises, constatou-se a existência de mecanismos linguísticodiscursivos que servem ao propósito da vigilância e da disciplina dos corpos que subvertem a
norma cisheterossexual, os quais podem variar mais ou menos quanto à explicitude ou à
veladura. Nesse contexto, percebe-se que os agentes do discurso LGBTIfóbico estão
posicionados nas relações de poder assimétricas em ambos eixos hierárquicos (vertical e
horizontal) e que os mecanismos discriminatórios se intensificam quando o discurso de ódio é
legitimado por figuras de prestígio. Percebe-se, ainda, diferentes impactos sobre esses corpos
deslegitimados, como a anulação, o silenciamento, entre outros que, por vezes, se
materializam interseccionalmente (AKOTIRENE, 2019). Entretanto, apesar da presença do
discurso LGBTIfóbico na escola, estratégias de enfrentamento surgem, especialmente por
parte dos/as alunos/as LGBTI+ e de alguns/mas professores/as, configurando-se como um
contradiscurso, resultado de um processo de reflexividade crítica, que propõe ações
afirmativas e atividades educativas em que a diversidade sexual pode ser desmistificada. Essa
situação confirma a importância da agência dos/as professores/as e demais sujeitos da escola e
evidencia que, apesar da existência e da manutenção dos discursos hegemônicos, é possível
começar uma mudança discursiva no ambiente escolar que engendre um processo de mudança
social. | pt_BR |
dc.language.iso | Português | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | O discurso LGBTIfóbico na escola : impactos sobre os corpos LGBTI+ de estudantes de quatro escolas públicas de Ensino Médio de Ceilândia – DF | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | LGBT | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ensino Médio | pt_BR |
dc.subject.keyword | LGBTIfobia | pt_BR |
dc.subject.keyword | Sexualidade | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | This master’s dissertation aims at understanding how the spreading and maintenance
mechanisms of the LGBTIphobic discourse, situated at the school environment, silences
LGBTI+ students’ voices, delegitimates their specific demands and impacts over their
physical/political bodies in different ways. The analyzed data was generated during 2018
thanks to the participants’ collaboration of four public High School units located in
Ceilandia/DF. In order to observe how the power relations influenced at the LGBTIphobic
discourse taking, it was taken precedence over the collaboration of those participants located
in asymmetric power status at school (management, teaching staff and students). Nonetheless,
the main research collaborators were the LGBTI+ students with their narratives since, through
their voices, insights from the social practice could be accessed more easily. Besides, other
aspects of the representational and identificational processes would also be highlighted in
their accounts. To do that so, the theoretical and methodological basis used here are situated at
the transdisciplinary interface proposed by Critical Discourse Analysis (CDA)
(CHOULIARALI; FAIRCLOUGH, 1999; FAIRCLOUGH, 2003, MAGALHAES et al, 2017)
in which other theories dialogue to each other so that the data can be analyzed by a theoretical
field that is better articulated. According to this theoretical perspective, social practices are
perceived within a conjecture since they are connected to other practices’ nets which are
attached to the social structure and can, as a result, make alliances strong, maintaining
hegemonies such as the arbitrary and compulsory cisheteronormative discourse (BUTTLER,
1993; 2017). Thus, by means of the discourse, issues related to the hegemonic struggle and
power (FAIRCLOUGH, 1989; 2016; FOUCAULT, 2014; 2018; VAN DICK, 2017), to the
symbolic representations of reality (THOMPSON, 2011) and to the sexual diversity at school
(LOURO, 2014; 2016; MOITA LOPES, 2002; 2008) are the focuses of this dissertation. After
the analysis, it was found the existence of linguistic-discursive mechanisms that serve to the
purpose of vigilance and discipline over the bodies that subvert the cisheterossexual pattern,
which can vary in explicitly degrees. In this context, it is noted that the LGBTIphobic
discourse agents are positioned at asymmetric power relations in both hierarchy axes (vertical
and horizontal) and that the discriminatory mechanisms do intensify when the hate discourse
is legitimated by some prestigious figure. Yet, different impacts over the delegitimated bodies
are perceived, such as annulation, silencing among others which are materialized
insterseccionally at times (AKOTIRENE, 2019). Nevertheless, despite of the LGBTIphobic
discourse presence at school, confrontation strategies emerge, specially by LGBTI+ students
and some of their teachers, which is configured as a counter discourse resulted from the
critical reflexivity process that can propose affirmative actions and educational activities to
demystify the sexual diversity. This situation confirms the importance of the teachers and
other school subjects’ agency and evinces that, even with the existence of hegemonic
discourse mechanisms, it is possible to start a discursive change at the school environment
which triggers a social change process | pt_BR |
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