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Título: Gênese das formações ferríferas da porção central do Maciço São José do Campestre, Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil
Autor(es): Moraes, Joice Dias dos Santos de
Orientador(es): Dantas, Elton Luiz
Assunto: Formação ferrífera
Província Borborema
Isótopos
Química mineralógica
Geoquímica
Química mineral
Data de publicação: 23-Jun-2020
Referência: MORAES, Joice Dias dos Santos de. Gênese das formações ferríferas da porção central do Maciço São José do Campestre, Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. 2020. 52 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Resumo: Formações ferríferas são fontes vitais de minério de ferro para várias indústrias e podem ser importantes arquivos geológicos que registram vários estágios de eventos pós-deposicionais. Frequentemente, no entanto, exemplos altamente metamorfoseados ou deformados podem acomodar interpretações genéticas duvidosas, o que dificulta o uso dessas rochas como registros de eventos geológicos regionais e a aplicação das melhores técnicas de exploração mineral. Este trabalho concentra-se em rochas ricas em magnetita e quartzo fortemente retrabalhadas e rochas associadas do Maciço de São José do Campestre, um dos mais antigos fragmentos de crosta preservada da América do Sul. A classificação dessas rochas ricas em magnetita-quartzo como formações ferríferas não é direta, porque as montagens e texturas sedimentares primárias foram modificadas variavelmente pelo metamorfismo das fácies granulito durante um evento regional de migmatização paleoproterozoica. Assim, essas rochas poderiam ser interpretadas como derivadas de processos hidrotermais associados à zona de cisalhamento. Para abordar essa ambiguidade, apresentamos química mineral (magnetita), geoquímica de rocha total e isótopos Sm-Nd dessas rochas. Química da magnetita indica que as formações ferríferas pobres em piroxênio (Tipo B) são baixas em elementos, como Ti, Al, V e Mn, como esperado em formações ferríferas semelhantes em outros lugares. No entanto, a magnetita das formações ferríferas tipo A enriquecidas com piroxênio é mais rica em elementos traços e mais semelhante à cristalizada em sistemas de alta temperatura, como skarn e IOCG. Os 147Sm/144Nd dessas rochas apresentam forte variação mesmo na escala de afloramento, indicando uma mistura altamente heterogênea, controlada localmente, de fonte arqueana, paleoproterozoica e, subordinadamente, neoproterozoica. Nós interpretamos que rochas ricas em magnetita-quartzo de São José do Campestre são formações ferríferas altamente metamorfoseadas que registraram a incorporação de elementos traços na estrutura de cristais de magnetita durante o metamorfismo de fácies granulito e a perturbação do sistema isotópico Sm-Nd em pelo menos um evento hidrotermal relacionado à deformação. Nosso estudo indica que mudanças metamórficas na química mineral e isótopos Sm-Nd de rocha total exigem parcimônia em seu uso para interpretação de ambientes deposicionais de cinturões polideformados. Formações ferríferas do Maciço de São José do Campestre são um exemplo importante de como as assinaturas metalogênicas primárias podem minar a classificação genética de minérios de ferro.
Abstract: Iron formations are vital sources of iron ore for various industries and can be important geological archives recording multiple stages of post-depositional events. Frequently, however, highly metamorphosed or deformed examples can accommodate dubious genetic interpretation, which hampers the use of these rocks as records of regional geological events and the application of best mineral exploration techniques. This work focuses on strongly reworked magnetite-quartz- rich rocks and associated rocks from the São José do Campestre Massif, one of the oldest fragments of preserved crust in South America. The classification of these magnetite-quartz-rich rocks as iron formations is not straightforward because primary sedimentary assemblages and textures were variably modified by granulite facies metamorphism during a regional Paleoproterozoic migmatization event. Thus, these rocks could alternatively be interpreted as derived from shear zone-associated hydrothermal processes. To address this ambiguity, we present mineral chemistry (magnetite), whole-rock geochemistry, and Sm-Nd isotopes of these rocks. Magnetite chemistry indicates that pyroxene-poor iron formations (Type B) are low in trace elements such as Ti, Al, V, and Mn, as expected from similar iron formations elsewhere. However, magnetite from pyroxene-enriched Type A iron formations are richer in trace elements and more akin to that crystallized from higher temperature systems, such as skarn and IOCG. The 147Sm/144Nd of these rocks show strong variation even at the outcrop scale indicating a locally- controlled, highly heterogeneous mixture of Archean, Paleoproterozoic, and, subordinately, Neoproterozoic source. We interpret that magnetite-quartz-rich rocks from the São José do Campestre are highly metamorphosed iron formations that registered the incorporation of trace elements into the structure of magnetite crystals during granulite-facies metamorphism and the perturbation of the Sm-Nd isotopic system in at least one deformation-related hydrothermal event. Our study indicates that metamorphic changes in mineral chemistry and whole-rock Sm-Nd isotopes demand parsimony in their use for interpretation of sin-depositional environments of polydeformed belts. The São José do Campestre Massif iron formations are an important example of how primary metallogenic signatures can undermine the genetic classification of iron ores.
Unidade Acadêmica: Instituto de Geociências (IG)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2020.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia
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Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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