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Título: A inclusão da criança com autismo na Educação Infantil : compreendendo a subjetividade materna
Autor(es): Oliveira, Sandra Regina de
E-mail do autor: ssd.sandrinha54@outlook.com
Orientador(es): Coelho, Cristina Massot Madeira
Assunto: Subjetividade
Autismo - crianças
Família - relações interpessoais
Inclusão escolar - crianças - adolescentes
Educação infantil
Transtorno do Espectro Autista
Data de publicação: 22-Abr-2020
Referência: OLIVEIRA, Sandra Regina de. A inclusão da criança com autismo na Educação Infantil: compreendendo a subjetividade materna. 2019. 205 f, il. Dissertação (Mestrado em Educação)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: O Transtorno do Espectro do Autismo, para além da patologia, traz marcas culturais constituídas ao longo da história. Assim não só a pessoa com o diagnóstico de autismo, mas também a sua família, no caso de nosso estudo a mãe, convive com aspectos culturais e históricos ligados a compreensão social do Transtorno do Espectro do autismo como fenômeno. Por isso o objetivo desta pesquisa é compreender aspectos configuracionais constituintes da subjetividade da mãe, ante a experiência de maternar uma criança com diagnóstico recente de autismo e em inclusão na Educação Infantil do ensino regular a partir da perspectiva da Teoria da Subjetividade de González Rey, base teórica adotada nesta pesquisa. Aderimos também ao método construtivo-interpretativo alicerçado na Epistemologia Qualitativa também de González Rey, que tem como princípios: o caráter construtivo-interpretativo do conhecimento; o caráter dialógico da investigação; e o valor do estudo de casos singulares como instância legítima de produç ão do conhecimento. A pesquisa traz a construção teórica de cunho autoral da pesquisadora, embasando as argumentações construídas a partir da compreensão de proposta por González Rey de cultura como produção subjetiva. A pesquisa explora os estudos de casos de duas mães de crianças com diagnóstico recente de autismo incluídas no ensino regular, na modalidade Educação Infantil. A análise construtivo-interpretativa das informações realizadas durante o processo investigativo possibilitou compreender que as exp ressões simbólico - emocionais de cada uma das mães participantes, ante o diagnóstico de autismo de um filho não ocorreu como fato isolado, mas imbrica-se a aspectos singulares da história de vida e qualidade das relações interpessoais em seus diferentes contextos de atuação – família, escola e comunidade em que cada mãe atua. Verificou-se que a tensão entre subjetividade individual e social emerge processualmente novos fluxos organizacionais de configurações subjetivas, com sentidos subjetivos gerados em relação a suas experiências históricas e atuais no caso de cada uma das participantes. Pôde-se depreender que o conjunto de diferentes fluxos processuais de configurações subjetivas emergentes no momento atual ante a nova realidade de ter que maternar os filhos com diagnóstico de autismo, não pode ser compreendido deslocado de sentidos subjetivos gerados ao longo das suas histórias de vida e nem dos contextos relacionais sociais em que as mães atuam. É a ação recursiva e tensional entre subjetividade social e subjetividade individual que favorece a geração amalgamada de novos sentidos subjetivos que passam a integrar as configurações subjetivas da ação de maternar uma criança com autismo, bem como na forma como cada mãe configura subjetivamente que é vista e avaliada pelo meio social. É exatamente esse imbricado de vivências simbólico-emocionais constituídas cultural e historicamente ao longo da vida que explica porque um mesmo fenômeno vivido por diferentes indivíduos se apresente com caráter singular para cada pessoa. A síntese integrativa dos casos investigados na pesquisa aponta a intrínseca e inseparável relação entre o individual e o social para produção de sentidos subjetivos que emergem configurados subjetivamente como valorização do olhar do outro familiar e do outro social sobre a atuação como mãe. Também verificamos a valorização de aspectos culturais subjetivados na subjetividade social dos espaços de atuação da mãe da criança – família, escola e comunidade – ligadas ao preconceito e a iatrogenia social do diagnóstico de autismo. Em conclusão, destaca-se a importância da parceria colaborativa entre escola e família/mãe para inclusão escolar da criança com autismo. Tal compreensão remete a reflexões sobre condições singulares e complexas da inclusão escolar da criança com autismo na Educação Infantil, sinalizando possibilidades para ações mais efetivas na promoção de um trabalho mais colaborativo entre escola e família.
Abstract: Beyond its pathological aspect, Autism Spectrum Disorder has some cultural traits constituted throughout history. Thus, not only a patient having na autism diagnosis, but also their families, especially their mothers deal with cultural aspects related to the social view of Autism Spectrum Disorder as a phenomenon. For this reason, the aim of thid studyb is understanding the constitutive aspects regarding a mother’s subjectivity about their experience raising a child with a recent autism diagnosis and including their children intoregular children’s education, under Gozález Rey’s Subjectivity Theory perspective, which corresponds to the theoretical basis of this study. Another theory applied at this study was the interpretative -constructive method, based on Qualitative Epistemology, also stated by González Rey, which has as stated principles: the constructive-interpretative nature of knowledge; the dialogical nature of the research; and the value of studying similar cases as a legitimate instance of knowledge production. Research brings the study author’s own theorethical construction, based on arguments built from Gonzalez Rey’s proposal of understanding culture as a subjective production. This study explores the case studies of two recently diagnosed autist children’s mothers, whose children are included into regular schools at kindergarten stage. Data constructive-interpretative analysis carried out throughout investigative process showed that each mother’s symbolic and emotional attitude on a child’s autism diagnose did not occur as an isolated event. Actually, it is connected to several unique issues concerning their personal lives’ history and the quality of their interpersonal relationships regarding social action contexts: family, school, and the community where they live. Results showed that a conflict between individual and social subjectivity raised new subjective panoramas organizational designs, creating new subjective meanings related to each participant’s previous and recent experiences. It was possible to infer that the set of different subjective panoramas organizational designs emerging from current context, due to their new reality raising an autism diagnosed child, cannot be understood apart from subjective constructs created throughout their lives’history or out of the social relationship contexts where those mothers performed. It is the resoursive and tensional action between social subjectivity and individual subjectivity that helps generating an amalgam of new subjective meanings that integrate subjective settings concerning the act of raising an autist child, as well as the way each mother subjectively sets how she is seen and evaluated by their social environment. This complex web of symbolic and emotional experiences, culturally and historically built through life is the precise reason why the same phenomenon experienced by different individuals displays such a unique nature for each person. The integrated synthesis of the cases studied on this research show an intrinsic and undissociable relationship between individual and social dimensions regarding the production of subjective meanings, which emerge subjectively set as strengthening of other relatives’and social others’regard about their performance as a mother. Another valued aspect corresponds to the subjective cultural aspects concerning social subjectivity of the mother’s social acting spaces _ family, school, and community _ linked to prejudice and social iatrogenesis of autism diagnosis. In short, the importance of partnership between school and mother/family towards autist child’s educational inclusion is crucial. This point-of-view leads to reflections about the singular and complex conditions of autist children’s educational inclusion into kindergarten ed ucational stage opening possibilities for more effective steps towards a more collaborative work between school and family.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Educação (FE)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
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