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Título: Nos bastidores da loucura : diálogos acerca da família no âmbito da (des)proteção social em saúde mental
Autor(es): Barros, Jozieli Maria Sousa
Orientador(es): Oliveira, Andréia de
Assunto: Saúde mental - Brasil
Saúde da família
Proteção social
Contrarreforma do Estado
Data de publicação: 28-Fev-2020
Referência: BARROS, Jozieli Maria Sousa. Nos bastidores da loucura: diálogos acerca da família no âmbito da (des)proteção social em saúde mental. 2019. 89 f. Dissertação (Mestrado em Política Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: O presente estudo teve como intuito analisar a família no âmbito da política de saúde mental, considerando o processo de contrarreforma do Estado e o recuo da proteção social por meio de políticas sociais universais na sociedade brasileira sob forte inspiração do ideário neoliberal. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório e analítico de revisão narrativa bibliográfica e documental com a utilização do método materialista histórico dialético para a apreensão dos fenômenos sociais discutidos. Nesta condição, verificou-se o predomínio entre dois modelos em disputa de saúde mental: o primeiro, privatista, de mercado, hospitalocêntrico, institucionalizante, com expansão de leitos em hospitais psiquiátricos e comunidades terapêuticas, centrado na sintomatologia da “doença mental” e na psiquiatria como campo de saber/poder; e, o outro, universal, integral, de respeito aos direitos humanos e à autonomia, com tratamento nos serviços territoriais e comunitários diversificados, focado na promoção da saúde mental, na reabilitação psicossocial, na existência-sofrimento dos sujeitos e na interdisciplinaridade das intervenções. Diante destas indagações, a loucura, objeto de reflexão da natureza do ser social, se articula com outras esferas importantes para a determinação social do processo saúde-doença, como a família, instituição secular e socialmente (re)construída, que tem suas responsabilidades reforçadas para amortecer as crises estruturais do modo capitalista de produzir e reproduzir suas relações sociais, tornando-se uma parceira na proteção social a ser potencializada para responder aos riscos sociais advindos do modo de organização da sociedade, com fomento à solidariedade e ao bem-estar familiar, ou seja, à perspectiva familista. O movimento de reforma psiquiátrica coloca a família como protagonista nos cuidados em saúde mental, trazendo-a para o tratamento dos seus entes em adoecimento psicossocial, porém ciente de suas limitações e oferecendo suporte nos serviços substitutivos a esta instituição que precisa ser cuidada para proporcionar cuidados. Nesta conjuntura de retrocessos ideopolíticos e sociais, esta subárea da saúde vem se afastando dos princípios norteadores da reforma psiquiátrica e dos objetivos em prol de uma “sociedade sem manicômios”, nos quais se pretendia a reorganização dos serviços assistenciais e da concepção de saúde mental para romper com a institucionalização, violadora da dignidade humana e assentada na loucura enquanto espaço de exclusão social. Assim, aponta-se duas tendências na relação entre família e saúde mental no contexto de aprofundamento da contrarreforma do Estado, a primeira são novas configurações ao familismo no cenário de restrição de políticas sociais universais, a segunda é a ancoragem de destinação do fundo público para os serviços manicomiais com o sucateamento dos serviços substitutivos, dando um novo sentido à Rede de Atenção Psicossocial, que antes era direcionada pelo ideal de desinstitucionalização proposto no bojo da reforma psiquiátrica brasileira.
Abstract: This study aimed to analyze the family in the context of mental health policy, considering the process of state counter-reform and the retreat of social protection through universal social policies in Brazilian society under strong inspiration of neoliberal ideas. It was a qualitative research of exploratory and analytical nature of bibliographic and documentary narrative revision using the dialectical historical materialist method for the apprehension of the social phenomena discussed. In this condition, there was a predominance between two models in dispute of mental health: the first, privatist, market, hospital-centered, institutionalizing, with expansion of beds in psychiatric hospitals and therapeutic communities, focusing on the symptoms of “mental illness” and psychiatry as a field of knowledge / power; and the other, universal, integral, respecting human rights and autonomy, with treatment in diversified territorial and community services, focused on the promotion of mental health, psychosocial rehabilitation, the existence-suffering of the subjects and the interdisciplinarity of interventions. Faced with these questions, madness, object of reflection of the nature of social being, articulates with other important spheres for the social determination of the health-disease process, such as the family, secular and socially (re)built institution, which has its responsibilities reinforced. to cushion the structural crises of the capitalist way of producing and reproducing its social relations, becoming a partner in social protection to be potentiated to respond to the social risks arising from the way of organization of society, fostering solidarity and family welfare , that is, to the familist perspective. The psychiatric reform movement places the family as a protagonist in mental health care, bringing it to the treatment of their loved ones in psychosocial illness, but aware of its limitations and offering support in substitution services to this institution that needs to be cared for to provide care. . In this conjuncture of ideopolitical and social setbacks, this subarea of health has been moving away from the guiding principles of psychiatric reform and from the objectives of a “society without asylums”, in which the reorganization of care services and the conception of mental health was intended. break with institutionalization, violating human dignity and based on madness as a space of social exclusion. Thus, there are two trends in the relationship between family and mental health in the context of deepening the counter-reform of the state, the first are new configurations of familism in the scenario of restriction of universal social policies, the second is the anchoring of the public fund's destination for the asylum services with the scrapping of substitute services, giving new meaning to the Psychosocial Care Network, which was previously directed by the ideal of deinstitutionalization proposed in the midst of the Brazilian psychiatric reform.
Resumen: Este estudio tuvo como objetivo analizar a la familia en el contexto de la política de salud mental, considerando el proceso de contrarreforma estatal y la retirada de la protección social a través de políticas sociales universales en la sociedad brasileña bajo una fuerte inspiración de ideas neoliberales. Fue una investigación cualitativa de naturaleza exploratoria y analítica de revisión narrativa bibliográfica y documental utilizando el método dialéctico materialista histórico para la comprensión de los fenómenos sociales discutidos. En esta condición, hubo un predominio de dos modelos en disputa de salud mental: el primero, privatista, de mercado, centrado en el hospital, institucionalizado, con expansión de camas en hospitales psiquiátricos y comunidades terapéuticas, centrándose en los síntomas de "enfermedad mental" y la psiquiatría como campo de conocimiento / poder; y el otro, universal, integral, respetando los derechos humanos y la autonomía, con tratamiento en servicios territoriales y comunitarios diversificados, enfocados en la promoción de la salud mental, la rehabilitación psicosocial, la existencia-sufrimiento de los sujetos y la interdisciplinariedad de las intervenciones. Frente a estas preguntas, la locura, objeto de reflexión de la naturaleza del ser social, se articula con otras esferas importantes para la determinación social del proceso de salud-enfermedad, como la familia, institución secular y socialmente (re) construida, que tiene sus responsabilidades reforzadas. para amortiguar las crisis estructurales de la forma capitalista de producir y reproducir sus relaciones sociales, convirtiéndose en un socio en la protección social para ser potenciado para responder a los riesgos sociales derivados de la forma de organización de la sociedad, fomentando la solidaridad y el bienestar familiar, es decir, a la perspectiva familiar. El movimiento de reforma psiquiátrica coloca a la familia como protagonista en la atención de la salud mental, llevándola al tratamiento de sus seres queridos en enfermedades psicosociales, pero consciente de sus limitaciones y ofreciendo apoyo en los servicios de sustitución a esta institución que necesita cuidado para oferecer cuidado. En esta coyuntura de reveses ideopolíticos y sociales, esta subárea de salud se ha alejado de los principios rectores de la reforma psiquiátrica y de los objetivos de una "sociedad sin asilos", en la que se pretendía la reorganización de los servicios de atención y la concepción de la salud mental para romper con la institucionalización, violadora de la dignidad humana y basada en la locura como espacio de exclusión social. Por lo tanto, hay dos tendencias en la relación entre la familia y la salud mental en el contexto de la profundización de la contrarreforma del estado, la primera son las nuevas configuraciones al familismo en el escenario de restricción de las políticas sociales universales, la segunda es el anclaje del destino del fondo público para los servicios de asilo con el desecho de los servicios sustitutos, dando un nuevo significado a la Red de Atención Psicosocial, que anteriormente estaba dirigida por el ideal de desinstitucionalización propuesto en la reforma psiquiátrica brasileña.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas (ICH)
Departamento de Serviço Social (ICH SER)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Política Social
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