Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/37003
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2019_AnalineAlmeidaSpecht.pdf1,2 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Autonomia crítica das mulheres rurais : a casa pode cair, elas querem voar
Autor(es): Specht, Analine Almeida
Orientador(es): Gomes Júnior, Newton Narciso
Assunto: Mulheres rurais
Feminismo rural
Assentamentos rurais
Autonomia crítica
Data de publicação: 28-Fev-2020
Referência: SPECH, Analine Almeida. Autonomia crítica das mulheres rurais: a casa pode cair, elas querem voar. 2019. 104 f. Dissertação (Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: As relações sociais de gênero informadas pela divisão sexual do trabalho se constituem como pilar estrutural que separa e hierarquiza os domínios de atuação dos homens e das mulheres. O mercado como construção social decorrente da estrutura que organiza a sociedade está localizado no domínio público, compreendido como esfera de atuação masculina e lócus das trocas monetárias. O sistema capitalista e o patriarcado operam ao longo da história para controlar as estratégias de promoção da autonomia crítica empreendidas pelas mulheres, tensionando as arenas de trabalho produtivo e reprodutivo em desfavor delas, resultado em restrições à sua participação nos diferentes mercados. Nesse contexto é que se insere a presente pesquisa que busca evidenciar os fatores que obstruem o desenvolvimento de condições de autonomia crítica das mulheres rurais pela sua participação na produção e na comercialização do assentamento da reforma agrária Pequeno William, localizado em Planaltina, Distrito Federal. Esta dissertação está organizada em quatro capítulos. No primeiro capítulo é apresentada uma leitura sobre as mulheres assentadas da reforma agrária a partir das orientações teóricas feministas, do percurso das mulheres do MST na construção do feminismo camponês e classista e, do conceito de autonomia como uma necessidade básica humana. No segundo capítulo é demonstrada a formação do mercado de abastecimento agrícola brasileiro, evidenciando as relações sociais presentes nesse processo, bem como a produção de alimentos pelos assentamentos da reforma agrária. No terceiro capítulo são apresentados o assentamento da reforma agrária Pequeno William, no qual a pesquisa foi realizada, e os aspectos metodológicos que orientaram a coleta de dados. No quarto capítulo são apresentados os resultados da pesquisa e a discussão destes a partir da identificação dos fatores de restrição e de incentivo à autonomia crítica das mulheres assentadas da reforma agrária. Evidenciou-se que os fatores estruturais compreendidos pelas relações sociais de gênero e pelos limitantes materiais são determinantes à autonomia crítica das mulheres rurais. Tais fatores correspondem à ausência de condições mínimas de vida digna e de trabalho agrícola como acesso à água, mobilidade e restrição de uso da terra para a produção, dada a inexistência de licenciamento ambiental. A divisão sexual do trabalho que sobrecarrega as mulheres com as atividades domésticas e de cuidados representa um fator de restrição à autonomia crítica das mulheres na medida em que impede maior tempo dedicado por elas para a atuação na produção e na comercialização. O mercado como estrutura socialmente construída e permeada por relações sociais, especialmente aqueles voltados à agricultura familiar e camponesa, comporta dimensões de incentivo à autonomia crítica das mulheres por oferecer condições de percepção de renda e possibilitar coerência entre a produção de alimentos saudáveis e os mercados orientados por tal estratégia.
Abstract: The social relations of gender informed by the sexual division of labor constitute a structural pillar that separates and hierarchizes the domains of action of men and women. The market as a social construction resulting from the structure that organizes the society is located in the public domain, understood as the sphere of masculine action and locus of the monetary exchanges. The capitalist system and patriarchy operate throughout history to control women's strategies for promoting critical autonomy, stressing the arenas of productive and reproductive labor to their detriment, resulting in restrictions on their participation in different markets. In this context, the present research seeks to highlight the factors that obstruct the development of conditions of critical autonomy of rural women for their participation in the production and marketing of the settlements of the Small William land reform, located in Planaltina, Federal District. This dissertation is organized in four chapters. In the first chapter, a reading is presented on women settled in agrarian reform based on the feminist theoretical orientations, on the trajectory of MST women in the construction of peasant and classist feminism, and on the concept of autonomy as a basic human need. The second chapter shows the formation of the Brazilian agricultural supply market, evidencing the social relations present in this process, as well as the food production by the settlements of the agrarian reform. The third chapter presents the establishment of the Small William land reform, in which the research was carried out, and the methodological aspects that guided the collection of data. In the fourth chapter, the results of the research and the discussion of these are presented, based on the identification of the factors restricting and encouraging the critical autonomy of women based on agrarian reform. It was evidenced that the structural factors understood by the social relations of gender and by the material limitations are determinant to the critical autonomy of the rural women. These factors correspond to the absence of minimum conditions of decent living and agricultural work such as access to water, mobility and restriction of land use for production, given the lack of environmental licensing. The sexual division of labor that burden women with domestic and care activities is a constraint on women's critical autonomy as it prevents them from spending more time engaged in production and marketing. The market as a socially constructed structure and permeated by social relations, especially those directed to family and peasant agriculture, has dimensions of incentive to the critical autonomy of women by offering conditions of income perception and to enable coherence between the production of healthy foods and the oriented markets by such strategy.
Unidade Acadêmica: Faculdade UnB Planaltina (FUP)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade UnB Planaltina, Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, 2019.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.