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dc.contributor.advisorOliveira, Claudinei Gouveia de-
dc.contributor.authorRios, Francisco Sene-
dc.date.accessioned2020-02-14T22:10:57Z-
dc.date.available2020-02-14T22:10:57Z-
dc.date.issued2020-02-14-
dc.date.submitted2019-05-31-
dc.identifier.citationRIOS, Francisco Sene. O depósito de Au (Cu-Ag) Serrinha de Guarantã, Cráton Amazônico, Brasil: um depósito aurífero não-convencional associado ao sistema pórfiro-epitermal paleoproterozoico Juruena-Teles Pires. 2019. 137 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.unb.br/handle/10482/36918-
dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2019.pt_BR
dc.description.abstractA Província Mineral Juruena-Teles Pires (PMJTP) localiza-se na porção centro-norte do Brasil, na borda sul do Cráton Amazônico, e compreende uma faixa de aproximadamente 500 km, num trend W-NW/E-SE, contendo cerca de 200 ocorrências de Au primário, a maioria de gênese hidrotermal-magmática e idade paleoproterozoica, sendo alguns depósitos classificadas como pórfiros. O depósito de Au-Cu (Ag) Serrinha de Guarantã, situado na porção leste dessa província, consiste de um sistema de veios e vênulas de quartzo, carbonato, Feldspato potássico, bornita, ± calcocita e ± calcopirita, de direção N50W e mergulho 80° SW. Os corpos de minério, que são controlados por zonas de cisalhamento e estão encaixados, sobretudo, em flogopita xistos e anfibolitos de composições máfica-ultramáfica, e subordinadamente em ortognaisse migmatítico, metadiorito e leucomonzogranito. Análises U-Pb em zircão forneceram as idades de 1977±6 Ma para o metadiorito, de 1973 ±3 Ma para um flogopita-xisto de composição ultramáfica e de 1899 ±12 Ma para o leucomonzogranito. Essas idades são interpretadas como idades de cristalização dos protólitos. A alteração hidrotermal no depósito Serrinha de Guarantã ocorre em duas zonas principais: propilítica e potássico-carbonática. A zona propilítica é precoce e distal em relação à mineralização, caracteriza-se por epidotização, carbonatação e cloritização penetrativas e associa-se a um sistema de veios e vênulas de epidoto + clorita + carbonato ± quartzo ± flogopita. A zona potássico-carbonática é proximal e contemporânea à mineralização, caracteriza-se por uma flogopitização penetrativa e associa-se a um sistema de veios e vênulas de Feldspato potássico + quartzo leitoso + calcita + sulfetos de Cu ± fluorita. Ocorre ainda, um sistema de vênulas posterior à mineralização, caracterizado por vênulas de clorita, quartzo hialino, dolomita, calcita e barita. Análises de isótopos estáveis realizados em veios de calcita associados à mineralização forneceram valores de δ13 CPBD variando entre -2,46 e -2,68‰, com valor médio de -2,60‰, enquanto os valores de δ18 OSMOW variam entre 6,52 e 7,54‰, com valor médio de 7,11 ‰, indicando fonte mantélica para o carbonato. Análises de química mineral foram realizadas em feldspato potássico hidrotermal (microclínio) e ígneo (sanidina), em plagioclásio metamórfico (albita) e ígneo (oligoclásio), em anfibólios metamórficos (tremolita e actinolita), em biotita hidrotermal (flogopita) e em clorita hidrotermal (clinocloro, brunsvigita, penninita e diabandita). De maneira geral, os depósitos na PMJTP, incluindo o depósito Serrinha de Guarantã, apresentam uma série de distinções com o sistema pórfiro convencional, as quais podem estar relacionadas ao caráter intraplaca do magmatismo responsável pelas mineralizações, destacando-se: (i) a composição dominantemente ácida de tais magmas, gerando intrusões monzo a sieno-graniticas, havendo ausência de magmas de composição intermediária, conforme se observa nos pórfiros e epitermais convencionais; (ii) a ocorrência de mineralizações estruturalmente controladas, com amplo predomínio de minérios contidos em veios em relação a minérios contidos em zonas de brechas e stockworks, indicando condições de baixa pressão confinante de fluidos, possivelmente relacionadas a magmas com menores quantidades de água se comparados aos magmas de arco magmático; e (iii) assembleias hidrotermais ricas em carbonatos e frequentemente fluorita, indicando a atuação de fluidos enriquecidos em CO2 e F, e relativamente empobrecidos em H2O e Cl. A grande maioria depósitos do tipo pórfiro é gerada em ambientes convencionais, ou seja, em contextos geotectônicos relacionados a arcos acrecionários. Entretanto, alguns sistemas pórfiro ocorrem em ambientes não convencionais, relacionados a contextos tectônicos pós-colisionais, que se desenvolvem após o período de subducção, ou em porções intracontinentais distantes de zonas de subducção. O depósito Serrinha de Guarantã, assim como outros depósitos da PMJTP, apresenta algumas feições típicas de sistemas pórfiro-epitermal, entretanto, particularidades observadas neste studo, sugerem que tais mineralizações se deram de forma não convencional, num ambiente intracontinental.pt_BR
dc.language.isoPortuguêspt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.titleO depósito de Au (Cu-Ag) Serrinha de Guarantã, Cráton Amazônico, Brasil : um depósito aurífero não-convencional associado ao sistema pórfiro-epitermal paleoproterozoico Juruena-Teles Pirespt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.subject.keywordSistemas pórfiropt_BR
dc.subject.keywordAlterações hidrotermaispt_BR
dc.subject.keywordCráton Amazônicopt_BR
dc.rights.licenseA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.pt_BR
dc.description.abstract1The Juruena-Teles Pires Gold Province is located in the north central portion of Brazil, on the southern edge of the Amazonian Craton, and comprises a range of nearly 500 km, in a W-NW / E-SE trend, containing about 200 occurrences of primary Au, most of magmatic-hydrothermal genesis and paleoproterozoic age, with some of these deposits classified as porphyry. The Serrinha de Guarantã Au-Cu (Ag) deposit, located in the eastern portion of this province, consists of quartz, carbonate, K-feldspar, bornite, ± chalcocite and ± chalcopyrite veins and veinlets system, in the N50W direction and dipping 80 ° SW. The ore bodies that are controlled by shear zones and are embedded mainly in mafic-ultramafic composition amphibolites and phlogopite schists and, subordinately, in migmatite orthogneiss, metadiorite and leucomonzogranite. U-Pb zircon analyzes provided the ages of 1977 ± 6 Ma for the metadiorite, from 1973 ± 3 Ma for a ultramafic composition phlogopite schist of, and 1899 ± 12 Ma for the leucomonzogranite. These ages are interpreted as ages of protolith crystallization. The hydrothermal alteration in the Serrinha de Guarantã deposit takes place in two main zones: propylitic and potassic-calcic. The propylitic zone is early and distal in relation to the mineralization, it is characterized by pervasive epidotization, carbonatation and chloritization and it is associated with a epitote + chlorite + carbonate ± quartz ± phlogopite veins and veinlets system. The potassium-carbonate zone is proximal and contemporary to the mineralization. It is characterized by a pervasive phlogopitization and is associated with a K-feldspar + milky quartz + orange calcite + Cu silfides ± fluorite veins and veinlets system. There is also a veinlets system posterior to the mineralization, characterized by veinlets of chlorite, hyaline quartz, dolomite, calcite and barite. Stable isotope analyzes performed on calcite veins associated with mineralization provided values for C δ13 CPBD ranging from -2.46 to -2.68 ‰, with mean value of -2.60 ‰, while the values for δ18 OSMOW range from 6.52 to 7.54 ‰, with a mean value of 7.11 ‰, indicating a mantle source for the carbonate. Mineral chemistry analyzes were performed on hydrothermal (microcline) and igneous (sanidine) K-feldspar, on metamorphic (albite) and igneous (oligoclase) plagioclase, on metamorphic amphiboles (tremolite and actinolite), hydrothermal biotite (phlogopite) and hydrothermal chlorite (clinochlore, brunsvigite, penninite and diabandite). In general, deposits in the PMJTP, including the Serrinha de Guarantã deposit, present a series of distinctions with the conventional porphyry system, which may be related to the intraplate feature of the magmatism responsible for the mineralizations, highlighting: (i) the dominantly acidic composition of such magmas, generating monzo to sieno-granitic intrusions, with absence of intermediate composition magmas, as observed in the conventional porphyries and epithermals; (ii) the occurrence of structurally controlled mineralizations, with a large predominance of ore contained in veins in relation to ores contained in breccias and stockwork zones, indicating conditions of low fluid confining pressure, possibly related to magmas with lower amounts of water regarding magmas of magmatic arcs; and (iii) rich hydrothermal assemblies of carbonates and often fluorite, indicating the interaction of CO2 and F enriched fluids, and relatively H2O and Cl depleted. The Serrinha de Guarantã deposit presents some typical features of porphyry-epithermal systems, however, particularities observed in this study, suggest that the mineralization occurred in an unconventional way, in an intracontinental environment.pt_BR
dc.description.unidadeInstituto de Geociências (IG)pt_BR
dc.description.ppgPrograma de Pós-Graduação em Geologiapt_BR
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