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Título: A política vai à festa : sagacidade e estratégia Tentehar nas relações interétnicas
Autor(es): Almeida, Emerson Rubens Mesquita
Orientador(es): Pimenta, José Antonio Vieira
Coorientador(es): Ramos, Alcida Rita
Assunto: Indígenas Tentehar
Relacionamento interétnico
Indígenas - aspectos sociais
Etnologia - Indígenas
Data de publicação: 10-Fev-2020
Referência: ALMEIDA, Emerson Rubens Mesquita. A política vai à festa: sagacidade e estratégia Tentehar nas relações interétnicas. 2019. 226 f., il. Tese (Doutorado em Antropologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: O presente trabalho trata das estratégias de relacionamento interétnico do povo indígena Tentehar do Maranhão com brancos e outros índios. Partindo de categorias nativas, como irairakatu, que quer dizer “bom de fazer coisas”, “talentoso”, “disposto”, “habilidoso”, e a expressão ukwaw katu, que os Tentehar traduzem como “aquele que sabe; que é sabido ou sábio”, ou ainda “aquele que acumulou conhecimento”, desenvolvo a categoria analítica sagacidade. O uso de cada categoria é definido pelo contexto, o que amplia a gama de sentidos dados às expressões relacionadas à habilidade de ser sagaz. Assim, irairakatu e ukaw katu desdobram-se em inúmeras outras expressões que se assemelham a um sistema de pensamento. A ideia de sabedoria estaria associada a uma tradição interpretante que não carece de planejamento a priori; são aportes de conhecimento adquirido que funcionam subrepticiamente como um “pano de fundo” que organiza os valores morais da pessoa com relação aos demais. Em suma, expressa-se como um ethos. Assim, as estratégias de relacionamento com os brancos e com outros índios são guiadas por esse ethos de ser sagaz. Para confirmar essa hipótese, apresento exemplos etnográficos em que as estratégias operam. A sagacidade, portanto, se faz perceber em pequenos movimentos da vida tentehar cotidiana e, também, em movimentos táticos realizados nas relações interétnicas desse povo. Expressa-se como uma “arte de fazer”, como sugere Certeau, mas não para aí, avança em movimentos maiores e articulados que exigem conhecimento e planejamento estratégico. Refiro-me a um jeito de ser e fazer que, se não é específico dos Tentehar, dadas as semelhanças com a ação e atuação de outros povos indígenas, não tinha sido ainda percebido pelos etnólogos nos termos em que analiso neste trabalho.
Abstract: This dissertation explores the strategies the Tentehar Indians in the state of Maranhão deploy in their interethnic relationships with both Whites and other Indians. It begins with native categories such as irairakatu, meaning ‘good at doing things,’ ‘talented,’ ‘willing,’ or ‘skilled,’ and ukwaw katu, ‘he who knows, is wise ’or‘ he who has accrued great knowledge.’ It proceeds to analyse the notion of sagacity, cunning or shrewdness, a pervading feature in Tentehar life. Context defines the application of this category, which greatly enlarges the range of meanings around the ability to be shrewd. Thus, iIrairakatu and ukaw katu can unfold into many expressions, which, together, comprise a system of thought. Wisdom belongs to a tradition of constant interpreting that does not follow a set plan. It manifests itself as pieces of acquired knowledge, which operates surreptitiously as a setting to organize a person’s moral values regarding other people. In sum, it represents the group’s ethos. The Tentehar use this cunning ethos in their strategies in relating to Whites and to other Indians. To confirm this hypothesis, I provide a number of ethnographic examples. Tentehar sagacity appears in both small events of daily life and in tactic movements in interethnic contexts. It expresses itself as “the art of doing”, in Certeau’s terms, but not only. It is present in broader, intertwined contexts that require knowledge and strategic planning. I am referring to a way of being and doing that, although not exclusive to the Tentenhar, for other indigenous peoples display similar features, has gone unnoticed by other ethnologists.
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2019.
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