http://repositorio.unb.br/handle/10482/36815
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2019_MarianaLozziTeixeira.pdf | 1,05 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | A escrita do inenarrável em Kadosh, de Hilda Hilst : alteridade e silêncio de um Deus sem nome |
Autor(es): | Teixeira, Mariana Lozzi |
Orientador(es): | More, Anna Herron |
Assunto: | Hilst, Hilda, 1930-2004 - crítica e interpretação Literatura brasileira - crítica, interpretação, etc Religião e literatura Erotismo na literatura |
Data de publicação: | 5-Fev-2020 |
Data de defesa: | 28-Jun-2019 |
Referência: | TEIXEIRA, Mariana Lozzi. A escrita do inenarrável em Kadosh, de Hilda Hilst: alteridade e silêncio de um Deus sem nome. 2019. 138 f. Dissertação (Mestrado em Literatura)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019. |
Resumo: | Atualmente tida como um dos cânones da literatura contemporânea, Hilda Hilst escreveu sua obra à margem de reconhecimento. Kadosh (1973), o seu segundo livro em prosa, apresentou-se para a crítica como um dos trabalhos mais enigmáticos de uma autora cuja obra se mostrava de difícil enquadramento dentro das correntes literárias em voga na época. O texto se caracteriza por um fio narrativo fragmentado, assim como pelo amálgama entre expressões da tradição oral e referências eruditas, pelo desrespeito à gramática e pela polifonia de vozes que invadem a narrativa em momentos insuspeitos. Esta dissertação identifica o seu objeto de pesquisa no conto intitulado Kadosh, que inaugura o livro homônimo. Na narrativa, um homem também chamado Kadosh se isola do tecido social e parte em uma busca por Deus marcada por questionamentos presentificados no texto na forma de solilóquios. Estes, ao mesmo tempo que desafiam uma divindade anônima, polimorfa e contraditória, rogam pelo aproximar do seu sopro e almejam a transcendência. Como a etimologia do nome de origem hebraica indica, Kadosh precisa que Deus se defina para se significar, mas é frustrado na sua demanda por correspondência. Para fazer frente ao conflito com o qual se depara o protagonista do conto, ideias de Vilém Flusser, Georges Bataille, Roland Barthes, Karen Armstrong, Rudolph Otto, Friedrich Nietzsche, Claude Lévi-Strauss, Maria Rita Kehl, Sigmund Freud e Jacques Lacan são convidadas a conversar com fragmentos de Kadosh. Estes, por sua vez, demonstram a potência do gênio criador de Hilst, assim como a intensidade gozosa de que a sua literatura é capaz. Nesse percurso são exploradas as noções de erotismo, interdição, o inconsciente psicanalítico, a potência do simbólico, entre outras. O aparato de referências que Hilst entremeia no conto é confrontado com diferentes formas de fé e o desejo expresso por Kadosh de se unir a Deus é avaliado a partir de sua dimensão ética. |
Abstract: | Currently regarded as one of the canons of contemporary literature, Hilda Hilst produced her work on the fringes of recognition. Kadosh (1973), her second book in prose, presented itself as one of the most enigmatic works of an author who proved herself difficult to comprehend within the literary currents in vogue at the time. The text is characterized by a fragmented narrative, as well as by the combination between expressions originated from oral tradition and erudite references, disrespect for grammar and the polyphony of voices that invade the narrative at unsuspected moments. This work identifies its object of interest in the short story entitled Kadosh, which inaugurates the eponymous book. In the narrative, a man also called Kadosh isolates himself from society in a search for God marked by questionings. Those are identified in the text as soliloquies. While defying an anonymous, polymorphous and contradictory deity, Kadosh expresses the desire for transcendence. As the etymology of the hebrew name indicates, Kadosh needs God to answer his questions so he can signify himself, but the character remains frustrated in his demand for correspondence. To develop the conflict with which the protagonist of the tale is faced, ideas by Vilém Flusser, Georges Bataille, Roland Barthes, Karen Armstrong, Rudolph Otto, Friedrich Nietzsche, Claude Lévi-Strauss, Maria Rita Kehl, Sigmund Freud and Jacques Lacan dialog with fragments of Kadosh. Those demonstrate the power of the creative genius of Hilst, as well as the joyful intensity of her literature. This work explores eroticism, interdiction, the psychoanalytic unconscious, the power of the symbolic, among others ideas. The references with which Hilst develops the tale are confronted with different forms of faith and the desire expressed by Kadosh to be integrated into divine grace is evaluated from its ethical dimension. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Letras (IL) Departamento de Teoria Literária e Literaturas (IL TEL) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2019. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Literatura |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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