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Título: Estudo retrospectivo da cardioversão elétrica em pacientes com fibrilação atrial e flutter atrial de um hospital universitário
Autor(es): Uehara, Rose Mary
Orientador(es): Ivo, Maria Lúcia
Assunto: Cardioversão elétrica
Fibrilação atrial
Cardiologia
Arritmia
Data de publicação: 1-Fev-2010
Referência: UEHARA, Rose Mary. Estudo retrospectivo da cardioversão elétrica em pacientes com fibrilação atrial e flutter atrial de um hospital universitário. 2006. 92 f. Dissertação (Mestrado)—Programa Multiinstitucional de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UnB/UFG/UFMS, Campo Grande, 2006.
Resumo: Esta é uma pesquisa epidemiológica, analítica, que estudou retrospectivamente os prontuários dos pacientes internados na Unidade Coronariana do Núcleo do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com diagnósticos de fibrilação atrial (FA) ou flutter atrial (FlA) submetidos à cardioversão elétrica (CVE) externa, de junho de 1999 a dezembro de 2005. Teve como objetivo, caracterizar a amostra, identificar a taxa de sucesso em pacientes com FA e FlA submetidos a CVE externa, avaliar a influência das variáveis estudadas e do posicionamento das pás-eletrodo na taxa de sucesso do procedimento e avaliar a carga cumulativa necessária para o sucesso. Foram avaliados 112 pacientes, sendo 79 com FA e 33 com FlA, com idade variando de 17 a 84 anos e predominância do sexo masculino. Do total de pacientes, 59 foram submetidos à CVE ântero-lateral (AL) e 53 à CVE ântero-posterior (AP). A energia inicial dos choques utilizados na CVE externa dos pacientes com FA foi de 200J e em casos de insucesso 360J. Já nos pacientes com FlA iniciou-se com choques de 100J e em casos de insucesso foram aplicados choques seqüenciais de 200J e 360J, se necessário. Em casos de insucesso na primeira abordagem, foi realizada uma nova tentativa com o croosover das pás-eletrodo de AP para AL ou vice-versa. As variáveis analisadas − índice de massa corpórea (IMC), diâmetro ântero-posterior, circunferência torácica e o diâmetro do átrio esquerdo ao ecocardiograma − não diferiram nos grupos com sucesso e insucesso, não tendo influência significativa na taxa de sucesso da CVE em pacientes com flutter e fibrilação atrial. A taxa global de sucesso da CVE transtorácica foi de 91,07%. Na FA, quando a abordagem foi AL, a taxa de sucesso foi de 75% contra 94,87% na abordagem AP (p=0,03). No FlA, quando a abordagem foi AL, a taxa de sucesso foi de 100%, contra 92,86% quando a abordagem foi AP (p=0,34). Nos pacientes com FA, a taxa de sucesso do choque inicial de 200J foi significativamente maior na abordagem AP (69,2%) que na abordagem AL (42,5%; p=0,03). Nos pacientes com FA houve uma tendência a uma menor carga cumulativa com as pás na posição AP (356,92+244,93J) em relação à posição AL (467,50 + 270,34J; p=0,09). A carga cumulativa utilizada no FlA na posição AL foi de 194,29+221,52J e na AP 220,00+313,88J, não havendo diferença significativa. Conclusão: Em pacientes com FA, a CVE AP foi significativamente superior a CVE AL, mostrando também uma tendência ao uso de menor carga cumulativa. A abordagem mais adequada para a CVE da FA foi a AP, com choque inicial de 200 J. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT
This is an epidemiological, analytical research, that studied retrospectively handbooks of the patients hospitalized in the Unidade Coronariana do Núcleo do Hospital Universitário da Fundação Universidade de Mato Grosso do Sul, with atrial fibrillation (FA) or atrial flutter (FlA) diagnosis who have been submitted to external electrical cardioversion (CVE), from1999-June to 2005-December. Recognize the sample, identify the CVE rate success using different paddle positions during the procedure and the necessary success cumulative load (CC) where the main objectives. Of 112 patients, 79 FA and 33 FlA, with age average of 17 to 84 and masculine sex predominance. 59 of them were submitted to anterior-lateral (AL) paddle position and 53 to the anterior-posterior (AP) position. FA patients, the first synchronized shock used in the external CVE have a 200J shocks and 360J one in unsuccessful cases, and FlA patients, a 100J shock first, and a 200J and 360J sequence shocks when needed. When the first boarding was not sufficient, paddle electrode crossovers were performed, from AP to AL or vice versa. Body mass index (IMC), anterior-posterior chest diameter, chest circumference and echocardiograph left atrium diameter were the analyzed data, with no significant difference in CVE success. The total external CVE success rate was of 91,07%, with 75% when using AL electrode position in FA against 94,87% when using AP electrode position (p=0,03). With AL electrode position, a 100% successfully was seen in FlA, against 92,86% when using AP electrode position (p=0,34). The successfully 200J initial shock in FA patients were significant higher in AP electrode position (69.2%), than in AL (42.5%; p=0,03). FA patients had trends less cumulative load in AP paddle position (356,92+244,93J) than AL position (467,50 + 270,34J; p=0,09). In those patients (FA) the cumulative load (CC) used had no difference significant in both positions. Conclusion: In patients with FA, an external CVE in AP electrode position was significantly more effective than CVE AL electrode position and also showed a trend to use minor CC. So, in this study, the successfully procedure in FA CVE was initial energy of 200J shock in AP paddle position.
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2006.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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