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Título: Estigma e diversidade sexual nos discursos dos (as) profissionais do SUS : desafios para a saúde da população LGBT
Autor(es): Guimarães, Rita de Cássia Passos
Orientador(es): Mendonça, Ana Valéria Machado
Coorientador(es): Teixeira, Flávia Bonsucesso
Assunto: Atenção à saúde
População LGBT
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT)
Profissionais da saúde
Estigma social
Data de publicação: 29-Abr-2019
Referência: GUIMARÃES, Rita de Cássia Passos. Estigma e diversidade sexual nos discursos dos (as) profissionais do SUS: desafios para a saúde da população LGBT. 2018. 148 f., il. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: O objetivo principal da presente tese foi investigar a percepção de médicos(as) e enfermeiros(as) sobre a atenção à saúde ofertada à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) na Atenção Básica. Buscou, sobretudo, perceber nas subjetividades geradoras dos discursos, a influência do processo patologizante da sexualidade na geração de possíveis preconceitos e estigmas, como causadores de prejuízo à qualidade da atenção à saúde desta população. A 13ª Conferência Nacional de Saúde (2007) garantiu o acesso aos serviços de saúde, nos três níveis de atenção do SUS para população LGBT, considerando suas vulnerabilidades causadas por estigma e preconceito. A Política Nacional de Saúde Integral de LGBT (2011) tem como marca o reconhecimento de que a discriminação por orientação sexual e por identidade de gênero incide no processo de sofrimento e adoecimento decorrente do preconceito e do estigma social, e apresenta em uma de suas diretrizes a eliminação destes com foco ao combate das homofobias, inclusive a institucional. Mesmo após 28 anos da exclusão da homossexualidade do código internacional de doenças, a literatura tem apontado uma tendência à compreensão da condição ainda relacionada a patologias e grupos de risco para doenças sexualmente transmissíveis, configurando barreiras simbólicas ao acesso e qualidade da atenção. Estes são alguns dos marcos que potencializam a necessidade de compreender como a patologização e estigma poderão agir nas subjetividades de profissionais da saúde produzindo obstáculos à atenção a saúde integral a esta população e assim contribuir para a elaboração de novas estratégias para a educação permanente que mobilizem efetivamente tais estruturas subjetivas. Foram analisados as falas de 22 enfermeiros(as) e 21 médicos(as) nas regiões do Centro Oeste e Nordeste do País, através da Análise de Discurso. O resultado permitiu verificar que para os profissionais: a condição LGBT causa doença e transtornos mentais, estando também associada a comportamentos moralmente condenáveis; os princípios da equidade e igualdade são percebidos como antagônicos e nenhum dos(as) entrevistados(as) referiu ter sido profissionalmente formados para o atendimento da população LGBT. Tais resultados corroboram com nossa hipótese, de que a racionalidade biomédica, ela mesma, influenciada por uma Scientia Sexualis, tal como descrita por Foucault, contribui para um processo estigmatizador de deterioração das identidades, na forma descrita por Goffman, e se revela nos discursos dos profissionais e em suas práticas de cuidado.
Abstract: The main objective of the present research is to investigate the perception of doctors and nurses about the health care offered to the population of Lesbian, Gay, Bisexual, Transvestite and Transsexual (LGBT) in Primary Care. It aims, above all, to perceive in the subjectivities that generate the discourses, the influence of the pathologization process of sexuality in the generation of possible prejudices and stigmas, as causers of prejudice to the quality of health care of this population. The 13th National Health Conference (2007) guaranteed access to health services at the three levels of attention of the Brasilian National System of Health for the LGBT population, considering their vulnerabilities caused by stigma and prejudice. The Politics National of Integral Health for LGBT population (2011) is marked by the recognition that discrimination based on sexual orientation and gender identity affects the process of suffering and illness due to prejudice and social stigma, and presents in one of its guidelines the elimination of these with a focus on combating homophobia, including institutional. Evenafter 28 years of exclusion of homosexuality from the international code of diseases, the literature has pointed to a tendency to understand the condition still related to to pathologies and risk groups for sexually transmitted diseases, configuring symbolic barriers to access and quality of care. These are some of the milestones that potentiate the need to understand how pathologization and stigma can act in the subjectivities of health professionals, hindering the health care integral to this population and thus contribute to the development of new strategies for permanent education that effectively mobilize such subjective structures. The speeches of 22 nurses and 21 doctors were analyzed in the regions of the Midwest and Northeast of Brazil, through Discourse Analysis. The result showed that for the professionals: the LGBT condition causes disease and mental disorders, being also associated with morally condemnable behaviors; the principles of equity and equality are perceived as antagonistic and none of the respondents said they have been professionally trained to care for the LGBT population. These results corroborate our hypothesis that biomedical rationality, itself, influenced by a Scientia Sexualis, as described by Foucault, contributes to a stigmatizing process of identity deterioration, as described by Goffman, and is revealed in the discourses of professionals and their care practices.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Faculdade de Ciências da Saúde (FS)
Informações adicionais: Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2018.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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