http://repositorio.unb.br/handle/10482/34509
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2018_MarianaSoaresMoretti.pdf | 3,68 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Extração seletiva e produção de madeira nativa no estado de Mato Grosso |
Autor(es): | Moretti, Mariana Soares |
Orientador(es): | Matricardi, Eraldo Aparecido Trondoli |
Assunto: | Manejo florestal Extração seletiva Madeira - florestas tropicais Áreas protegidas Desmatamento Geoprocessamento |
Data de publicação: | 29-Abr-2019 |
Data de defesa: | 30-Jul-2018 |
Referência: | MORETTI, Mariana Soares. Extração seletiva e produção de madeira nativa no estado de Mato Grosso. 2018. 151 f., il. Tese (Doutorado em Ciências Florestais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018. |
Resumo: | A extração seletiva de madeiras tropicais é responsável por vários impactos nas florestas, aumentando a degradação e fragmentação florestal, a susceptibilidade da floresta ao fogo e reduzindo a biodiversidade. Esses impactos podem ser ainda maiores quando a extração de madeiras é feita de forma ilegal e sem planejamento técnico adequado. O objetivo do presente estudo foi entender a dinâmica espaço-temporal da degradação causada pela extração seletiva e a produção de madeiras (legal e ilegal) no estado do Mato Grosso entre 1992 e 2016, utilizando dados de satélite e georreferenciados. Para isso, foi conduzida a interpretação visual de imagens de satélite, combinada com a classificação semiautomática utilizando o algoritmo textura, para detectar florestas impactadas por atividades de extração seletiva de madeiras no estado de Mato Grosso. A partir da área de florestas exploradas seletivamente detectadas por satélite, foi estimada a produção de madeira (legal e ilegal) para o estado do Mato Grosso entre 2006 e 2016, assumindo média de intensidade de exploração de 27,14 m3.ha-1 para produção das florestas nativas. Nesse caso, a produção ilegal foi estimada pela diferença entre a produção total e da produção legal. Também foram sobrepostas as áreas de extração seletiva mapeadas nas imagens de satélite com os polígonos das áreas autorizadas para exploração florestal pelo órgão ambiental estadual (SEMA) e verificados os dados oficiais (IBGE e SEMA) de produção de madeiras nativas no Estado. Foi analisada também a tendência de crescimento da produção de madeira nativa utilizando modelos semilogaritmos e taxa de crescimento anual. As áreas de extração seletiva que não apresentaram autorização de exploração válida e estavam localizadas dentro de unidades de conservação e terras indígenas foram consideradas como ilegais. Com base nos resultados deste estudo, estimou-se que foram explorados seletivamente 41.926 km2 de florestas nativas entre 1992 e 2016 no estado do Mato Grosso, uma média de 1.747 km2.ano-1. As florestas exploradas seletivamente estavam localizadas predominantemente na microrregião de Sinop durante a década de 1990. Nos anos 2000, a exploração florestal se expandiu para toda a mesorregião Norte (Sinop, Aripuanã, Alta Floresta, Marcelândia e Juína) e, a partir de 2010, vem se expandindo para a microrregião de Aripuanã e Colíder, no Noroeste do estado de Mato Grosso. As áreas de florestas exploradas seletivamente dentro de Unidades de Conservação aumentaram de 6,4 km2 em 1992 para 234,4 km2 em 2016. De acordo com a série de dados analisado entre 2006 e 2016, a taxa de produção de madeira em tora apresentou tendência significativa (com α= 0.95) de crescimento (total e ilegal) (8,53% a.a e 14,77% a.a). A ilegalidade da produção de madeira em tora estimada foi de 49% da produção total de madeiras no Estado assumindo a produtividade média das florestas de 27,14 m3.ha-1 de madeira em tora, respectivamente. A partir da sobreposição das áreas de extração seletiva autorizadas pelo órgão ambiental estadual (17.329 km2) com as áreas de extração seletiva detectadas por satélite (33.272 km2), estima-se que 15.904 km2 (48%) foram explorados sem autorização e 1.734 km2 foram autorizados e não explorados (área de extração seletiva não detectada por satélite) entre 2006 e 2016 no estado do Mato Grosso. A ilegalidade da exploração e comercialização de madeiras nativas é prejudicial ao meio ambiente e à sociedade, reduzindo investimentos no setor por falta de garantias de sustentabilidade e, com isso, pode levar ao colapso num futuro breve este setor de produção econômica no estado de Mato Grosso. |
Abstract: | The tropical selective logging is responsible for several forest impacts that increase forest degradation and fragmentation, forest susceptibility to fires, and reduce biodiversity. Those impacts can be even greater when selective logging activities occur illegally and without proper technical planning. This study intended to better understand the spatio-temporal dynamics of forest degradation caused by selective logging activities and timber production (legal and illegal) in the state of Mato Grosso between 1992 and 2016 by using remotely sensed and georeferenced data. Visual interpretation of satellite imagery combined with a semi-automatic technique using a texture algorithm were applied to detect forests impacted by selective logging activities in the state of Mato Grosso. The timber production (legal and illegal) in the state of Mato Grosso between 2006 and 2016 was estimated based on the area of selectively logged forests detected using satellite imagery and by assuming an average exploitation intensity of 27,14 m3.ha-1 of native forest productivity. In this case, illegal production was estimated by estimating the difference between total production and legal production. I also overlapped all selectively logged forests detected using remotely sensed data with polygons of forest management plans properly approved by the State Environmental Agency (SEMA) and compared to the official data (IBGE and SEMA) of native timber production and the destination of processed timber harvested in that State. Also, I analyzed the growth trend of native timber production using semi-logarithmic models and annual growth rate. The selectively logged forests detected that did not have a valid authorization or license to be logged and those that were located within conservation units and indigenous lands were considered illegal logging. Based on this study results, I estimated that 41.926 km2 of native forests had been selectively logged between 1992 and 2016 in the state of Mato Grosso, an average of 1.747 km2.year-1. During the 1990s, most of selectively logged forests were spatially located within the microregion of Sinop. During the 2000s, the selective logging activities expanded to the entire Northern Mato Grosso (Sinop, Aripuanã, Alta Forest, Marcelândia and Juína) and, during the 2010s, selective logging have expanded into the microregion of Aripuanã and Colíder, Northwestern Mato Grosso. Selectively logged forests within protected areas increased from 6.4 km2 to 234.4 km2 in 2016. The timber production data series analyzed between 2006 and 2016 did show a significant growth (at α= 0.95) trend (total and legal) (8,53% p.a to 14,77% p.a.). The illegal logging activities reached 49% of total timber production in that State by assuming the average of logging intensity of 27,14 m3.ha-1of round wood, respectively. By overlapping those legal (licensed) forest areas (17,329 km2) for selective logging activities by the State Environmental Agency with selectively logged forests detected using remotely sensed data (33,272 km2), I estimated that 15,904 km2 (48%) had been illegally logged and 1.734 km2 had been licensed but not selectively logged between 2006 and 2016 in the state of Mato Grosso. The illegal logging and timber business of tropical timber can severely impact the environment and society by reducing investments in the forestry sector and increasing uncertainties of sustainability and, therefore, can lead to a collapse of this economic sector in the state of Mato Grosso shortly. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Tecnologia (FT) Departamento de Engenharia Florestal (FT EFL) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Florestal, 2018. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais |
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Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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