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Título: Filogenia molecular, biogeografia e modelagem de distribuição das abelhas Lanthanomelissa : um gênero endêmico dos campos do sul da América do Sul
Autor(es): Ribeiro, Taís Mattoso de Andrade
Orientador(es): Aguiar, Antonio José Camillo de
Assunto: Biogeografia
Abelha
Pampa
Filogenia molecular
Distribuição geográfica
Data de publicação: 11-Dez-2018
Referência: RIBEIRO, Taís Mattoso de Andrade. Filogenia molecular, biogeografia e modelagem de distribuição das abelhas Lanthanomelissa: um gênero endêmico dos campos do sul da América do Sul. 2018. 65 f., il. Dissertação (Mestrado em Zoologia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: Os Campos Sulinos incluem o bioma Pampa e parte do bioma da Mata Atlântica, representado pelos Campos de Cima da Serra. Pouco se sabe sobre os eventos que levaram à origem destes campos, porém eventos tectônicos no Neogeno e flutuações climáticas no Pleistoceno podem ter influenciado na origem e distribuição de espécies presentes nesta região. Estimativas da origem e divergência de grupos endêmicos representam a principal ferramenta para o entendimento dos processos biogeográficos que podem ter ocorrido sobre estas áreas. Neste sentido, este trabalho busca contribuir para a biogeografia dos Campos Sulinos tentando responder quando e onde ocorreu a origem e diversificação das abelhas coletoras de óleo do gênero Lanthanomelissa Holmberg 1903 e como foi a dinâmica da distribuição destas espécies sobre a região desde o último interglacial. Com este objetivo, foi construída a filogenia molecular datada a partir de 37 terminais incluindo mais de uma amostra para cada uma das cinco espécies do gênero e grupos externos, além da reconstrução das possíveis áreas ancestrais. Também foi modelada a distribuição destas espécies para as condições climáticas e de precipitação do presente e em dois tempos pretéritos – o último interglacial (~121 kya) e o último máximo glacial (~21 kya). A origem de Lanthanomelissa foi estimada entre o Oligoceno e o Mioceno (ca. 22 Ma) em uma possível área ancestral compartilhada pelo Chaco e pelo Pampa, indicando a origem destes biomas nesta época. Esta área foi, possivelmente, fragmentada pelo complexo de introgressões marinhas no sul da América do Sul, como o Mar Patagônico e Mar Paranense, que fragmentaram a região desde o fim do Oligoceno ao início do Mioceno. Eventos de diversificação teriam ocorrido pela expansão das gramíneas no Mioceno tardio, de maneira semelhante ao observado em espécies do Cerrado. As variações climáticas do Pleistoceno, por serem mais recentes do que a especiação de Lanthanomelissa há ca de 17 Ma, influenciaram a distribuição dessas abelhas pela complexa topografia do sudeste da América do Sul. Como também já observado em outros grupos endêmicos do bioma Pampa, para algumas espécies há a distribuição disjunta entre as populações, com uma na região costeira e outra na região interior oeste, provavelmente remanescentes da distribuição destas espécies no último máximo glacial. A filogenia molecular datada e associação com o estudo minucioso da distribuição potencial permitiu delinear a evolução deste grupo de abelhas tão quanto gerar hipóteses sobre o bioma relacionado, permitindo estimar a origem do bioma Pampa para pelo menos o Mioceno inferior, uma idade muito mais antiga que a do Cerrado.
Abstract: Southern Grasslands include the Pampa and part of the Atlantic Forest biome, represented by the Subtropical Highland Grasslands. Little is known about the events that led to the origin of these grasslands. However, tectonic events in the Neogene and Pleistocene climatic fluctuations could have driven the origin and distribution of species inhabiting this region. Estimates on the origin and divergence of endemic groups are the main tool for the understanding of biogeographic processes that could have happened on these areas. In this sense, this work aims to contribute for the biogeography of the Southern Grasslands by answering when and where the oil-collecting bees from the genus Lanthanomelissa Holmberg 1903 originate and diversified and how was the distribution dynamic of these species on this region since the last interglacial. For that we constructed the dated molecular phylogeny from 37 terminals, including more than one specimen for each of the five species from the genus and outgroups. We have also studied the historic biogeography by reconstructing the ancestral areas. Besides that, we modelled the species distribution for the climatic conditions on current and on two past scenarios: the last interglacial (ca. 121 kya) and the last glacial maximum (ca. 21kya). The origin of Lanthanomelissa was estimated between the Oligocene and Miocene (ca. 22 Mya), in a possible ancestral area shared by the Chaco and Pampa, indicating the origin of these biomes at this time. This area could have been fragmented by the complex of marine introgressions in the Southern South America, such as the Patagonian and Paranean Seas, which fragmented this region from the late Oligocene to early Miocene. Diversification events could be related to the grassland expansion in late Miocene, similar to what happened with species from Cerrado. Pleistocene climatic fluctuations, being more recent than the speciation of Lanthanomelissa ca. 17 Mya, influenced these bees distribution through south eastern South America‟s complex topography. Similar to other groups endemic to the Pampa biome, for some species there is a separate distribution between populations – one in the coast and one in the interior west region – probably reminiscent from these species distribution on the last glacial maximum. The dated molecular phylogeny in association with the analysis of the potential distribution allowed the understanding of the evolution of this bee genus as well as to estimate the origin of the related Pampa biome to at least the early Miocene, an age much older than the one estimated for the Cerrado.
Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Biológicas (IB)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia, 2018.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Zoologia
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Agência financiadora: Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).
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