Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/32649
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2018_MarianaFigueiraDornelas.pdf2,18 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: Modelo para avaliação e gestão do risco de difusão do vírus da febre aftosa em carne suína exportada pelo Rio Grande do Sul
Autor(es): Dornelas, Mariana Figueira
Orientador(es): Gonçalves, Vitor Salvador Picão
Assunto: Febre aftosa
Suíno - criação
Suíno - doenças
Análise de risco
Data de publicação: 17-Set-2018
Referência: DORNELAS, Mariana Figueira. Modelo para avaliação e gestão do risco de difusão do vírus da febre aftosa em carne suína exportada pelo Rio Grande do Sul. 2018. 65 f., il. Dissertação (Mestrado em Saúde Animal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: O estado do Rio Grande do Sul (RS) destaca-se na suinocultura e nas exportações de carne suína nacionais pela qualidade tecnológica e sanitária do seu rebanho. Considerando a febre aftosa (FA) um dos entraves ao comércio internacional de carne suína e a importância deste setor para o estado, o objetivo deste estudo foi avaliar o risco de difusão do vírus da FA a partir de produtos suínos exportados pelo RS, no caso de reintrodução do vírus na população de bovinos vacinada. A pergunta a ser respondida é: qual seria a probabilidade de um lote de suínos infectado chegar ao frigorifico e não ser detectado na inspeção, caso houvesse a reintrodução do vírus na população bovina, sem que a doença tivesse sido detectada? As granjas suínas estudadas foram retiradas de uma amostra aleatória de quatro importantes regiões produtoras, onde aplicamos um questionário sobre biosseguridade e vigilância. Utilizamos árvores de cenários para quantificar os riscos ao longo da cadeia produtiva em um modelo estocástico que descreve, resumidamente, a probabilidade de (1) as granjas se infectarem, (2) falha na vigilância nas granjas, e (3) falha de detecção no frigorífico. O risco final foi calculado para um período de quatro meses, tempo médio em que os leitões permanecem alojados nas granjas de terminação. Este período representaria a janela de oportunidade para que o vírus ingressasse e se disseminasse na cadeia produtiva de suínos, antes de ser detectado na população bovina e de serem tomadas as respectivas medidas de emergência sanitária. Estimamos que em média 910 granjas de terminação produziriam o volume (kg) equivalente de exportação neste período. Partimos do pressuposto que a doença estaria presente na população bovina com uma prevalência de 0,2% de rebanhos e que o vírus seria transmitido aos suínos por meio de falhas de biosseguridade nas granjas, como a ausência de uniforme exclusivo e o acesso de pessoas alheias à produção. A falha na detecção nos frigoríficos foi obtida por entrevista estruturada aos veterinários da inspeção dos 13 frigoríficos de exportação do estado. Em 95% das 10.000 iterações do modelo estocástico, a probabilidade de exportar produtos suínos de uma granja infectada foi 3,83x10-4, ou seja, menor que quatro em 10.000. Em 50% das iterações, o risco foi de 2,65x10-5. Concluímos, portanto, que o risco de exportação do vírus da FA em carne suína do RS é muito baixo, mesmo considerando a possibilidade de circulação viral em bovinos. As variáveis de maior impacto no risco final são a sensibilidade da inspeção em abatedouro e a probabilidade de falha na detecção/notificação em granjas, o que sugere uma necessidade de aprimoramento técnico e prático nessas etapas da cadeia para a diminuição dos riscos, envolvendo o serviço veterinário oficial e a cadeia produtiva.
Abstract: The state of Rio Grande do Sul (RS) stands out in the Brazilian swine industry due to its technological development and sanitary status. Considering the importance of pork exports to the state’s economy and the trade barriers that foot-and-mouth disease (FMD) might cause, this study aims to evaluate the risk of spread of FMD virus through pork products exported by the state, if the disease was to be reintroduced in the vaccinated cattle population. The research question is: given the hypothetical introduction of FMD virus in the cattle population of RS, what would be the probability of the virus spreading into and along the swine production chain and being present in exported meat, considering possible failures in biosecurity and a period of time until the infection is detected and the emergency response is in place? We estimated the biosecurity standards of swine farms by randomly sampling farms in four important state regions. We used scenario trees to quantify the risks throughout the producing chain in a stochastic model that describes, briefly, the probability of (1) a farm being infected, (2) surveillance failure in the farm, and (3) inspection failure in the abattoir. The final risk was calculated for a period of four months, the average time pigs remain in the finishing farms, and considering a mean of 910 finishing farms that would generate the volume exported (kg) in this period. This would be maximum time needed to detect the virus, take the emergency measures and halt exports. The design prevalence of infected cattle was set at 0.2% and we assumed the virus would be transmitted to swine as a result of biosecurity breaches. The failure at slaughterhouse inspection was obtained through expert elicitation. In 95% of the model iterations, the probability of exporting pork products from an infected farm was below 3.83x10-4. We concluded that the risk of exporting FMD virus in pork from RS is very low, even when the possibility of viral activity in cattle is considered. The most impact variables studied were the sensitivity of slaughterhouse inspection and the probability of failure of detection/notification in infected farms. This suggests that there is a need for technical and practical improvements of these steps to reduce the risks, involving the veterinary service and the swine industry in the process.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal, 2018.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Animal
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.