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Titre: Repercussões da ação vasoconstritora da ropivacaína sobre a amplitude de pulso ocular em anestesia peribulbar
Auteur(s): Govêia, Catia Sousa
Orientador(es):: Magalhães, Edno
Assunto:: Anestesia
Cirurgia
Date de publication: 26-avr-2007
Référence bibliographique: GOVÊIA, Catia Sousa. Repercussões da ação vasoconstritora da ropivacaína sobre a amplitude de pulso ocular em anestesia peribulbar. 2007. 85 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
Résumé: JUSTIFICATIVA E OBJETIVO – A anestesia peribulbar pode reduzir o fluxo sanguíneo ocular (FSO) por elevação da pressão intra-ocular (PIO) ou por efeito farmacológico da solução administrada. A ropivacaína é um anestésico local com propriedade vasoconstritora intrínseca e baixa cardiotoxicidade. É utilizada rotineiramente em anestesia peribulbar, mas parece não haver comprovação de seu efeito vasomotor quando administrada por essa via. A determinação da amplitude de pulso ocular (APO) pelo tonômetro de contorno dinâmico é um método indireto de avaliação do FSO. O objetivo deste estudo é avaliar as alterações da APO em pacientes submetidos a anestesia peribulbar com ropivacaína a 0,75% e compará-los aos efeitos produzidos pela bupivacaína utilizada na mesma técnica anestésica. MÉTODO – Quarenta pacientes, estado físico I ou II (ASA), submetidos a operações oftalmológicas foram divididos aleatoriamente em dois grupos, submetidos a anestesia peribulbar com 7 ml de solução anestésica. A monitorização e sedação para a anestesia foram semelhantes nos dois grupos. No grupo Ropivacaína (n = 20), os pacientes receberam ropivacaína a 0,75% e no grupo Bupivacaína (n=20), receberam solução de bupivacaína a 0,75%, ambas sem vasoconstritor. Foram avaliados PIO, pressão de perfusão ocular (PPO), APO, variáveis hemodinâmicas e grau de acinesia antes do bloqueio peribulbar e aos cinco e dez minutos após a punção. Para avaliação dos parâmetros oculares, foi utilizado o tonômetro de contorno dinâmico. RESULTADOS – Não houve xi variação estatisticamente significante dos parâmetros hemodinâmicos. Ambos os grupos apresentaram intensidade de bloqueio motor semelhante. Entre os grupos, houve diferença nos valores de PIO, PPO e APO aos cinco e dez minutos após a anestesia (p < 0,05). A variação da PIO aos 5 e 10 minutos seguintes ao bloqueio, em relação à medida inicial, foi de, respectivamente, -0,88% e -4,54% no grupo Ropivacaína e de 17,61% e 16,56% no grupo Bupivacaína. A alteração da PPO após 5 e 10 minutos do bloqueio foi de 1,5% e 4,2% no grupo Ropivacaína, e -7% e -6% no grupo Bupivacaína. A APO sofreu variação de -55,59% e -59,67% no grupo Ropivacaína aos 5 e 10 minutos após a anestesia, e o grupo Bupivacaína, de -34,71% e -28,82%. CONCLUSÃO – Em relação à bupivacaína, a anestesia peribulbar com ropivacaína promoveu redução mais intensa da APO, apesar das pequenas alterações da PIO e PPO. A diminuição do FSO pela ropivacaína pode ser atribuída ao efeito vasoconstritor desse anestésico local. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT
BACKGROUND AND OBJECTIVE – Peribulbar anesthesia may reduce the ocular blood flow (OBF) either by raising intraocular pressure (IOP) or pharmacological effect of the administered solution. Ropivacaine is a local anesthetic with vasoconstrictor activity and small cardiotoxicity. The vasomotor effect of ropivacaine in peribulbar anesthesia does not seem to have been proved yet, although this anesthetic has been widely used for orbital regional anesthesia. The ocular pulse amplitude (OPA) measurement by the dynamic contour tonometer provides an indirect method to evaluate the OBF. The purpose of this study is to evaluate the effect of peribulbar anesthesia with 0.75% ropivacaine on OPA, and to compare it to that of bupivacaine in the same technique. METHOD – Forty patients, physical status I or II (ASA), scheduled for ophthalmological operations, were randomly allocated in two groups, and received peribulbar anesthesia with 7 ml of anesthetic solution. Both groups had similar monitorization and sedation. The Ropivacaine group (n = 20) received 0.75% ropivacaine, and the Bupivacaine group (n=20), 0.75% bupivacaine, both without vasoconstrictors. The IOP, ocular perfusion pressure (OPP), OPA, hemodynamic parameters, and akinesia were evaluated before the peribulbar block, and at five and ten minutes after regional anesthesia. A dynamic contour tonometer was used to perform the ocular testings. RESULTS – There were no significant changes in the hemodynamic parameters. Both groups had the same degree of motor block. There were statistically significant differences between the groups in xiii IOP, OPP, and OPA at five and ten minutes after peribulbar block (p < 0,05). In relation to baseline values, IOP changed -0,88% and -4,54% in Ropivacaine group at 5 and 10 minutes after anesthesia, respectively, and 17,61% and 16,56% in Bupivacaine group. The OPP in Ropivacaine group changed 1,5% and 4,2% at 5 and 10 minutes, and -7% and -6% in Bupivacaine group. The OPA decreased -55,59% and -59,67% at 5 and 10 minutes after peribulbar block in Ropivacaine group, and -34,71% and - 28,82% in Bupivacaine group. CONCLUSION – Compared to bupivacaine, ropivacaine administered in peribulbar anesthesia produced a more intense OPA reduction, despite the modest changes in IOP and OPP. The OBF reduction by ropivacaine may be atributted to its vasoconstrictor effects.
metadata.dc.description.unidade: Faculdade de Medicina (FMD)
Description: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2007.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Collection(s) :Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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