http://repositorio.unb.br/handle/10482/3172
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2006_Sergio Ricardo Menezes Mateus.pdf | 1,64 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Determinação de valores de referência da pressões respiratórias estáticas máximas na lesão medular traumática |
Autor(es): | Mateus, Sérgio Ricardo Menezes |
Orientador(es): | Beraldo, Paulo Sérgio Siebra |
Assunto: | Traumatologia Testes funcionais dos pulmões Espirometria Medula espinhal - ferimentos e lesões |
Data de publicação: | 13-Jan-2010 |
Data de defesa: | 2006 |
Referência: | MATEUS, Sérgio Ricardo Menezes. Determinação de valores de referência da pressões respiratórias estáticas máximas na lesão medular traumática. 2006. 101 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas)-Universidade de Brasília, Brasília, 2006. |
Resumo: | Introdução: As alterações pulmonares nos indivíduos com lesão medular traumática,
principalmente tetraplégicos, contribuem para elevação de suas taxas de morbidade e
mortalidade. A síndrome restritiva nesses pacientes é conhecida e justifica-se pela
fraqueza ou paralisia dos músculos respiratórios. A determinação das pressões
respiratórias máximas compõe a caracterização da função pulmonar, além da
espirometria e determinação de volumes pulmonares. Objetivo: Descrever as alterações
espirométricas; mensurar as pressões inspiratória e expiratória estáticas máximas;
correlacionar os valores médios dos percentuais dos previstos das pressões respiratórias
estáticas máximas com o nível motor da lesão medular traumática e estabelecer equações
dos valores previstos das pressões inspiratória e expiratória estáticas máximas para os
indivíduos com lesão medular traumática. Casuística, Material e Métodos: Foram
estudados 131 pacientes com lesão medular traumática de nível motor entre C4 e L3. Os
pacientes foram agrupados em tetraplégicos (52, 40%, divididos em subgrupos de C4-C5
e C6-C8) e paraplégicos (79, 60%, divididos em subgrupos de T1-T6 e T7-L3).
Independentemente do nível da lesão, a amostra foi composta por 90 homens, com idade
média de 31±12 anos; tempo médio de lesão de 25±37 meses; 76% com lesão motora
completa e 31% com história de tabagismo. A avaliação da função pulmonar foi
realizada, por espirometria e por medidas das pressões inspiratória (PIMáx) e expiratória
(PEMáx). O registro da pressão foi obtido com oclusão do sistema na capacidade
pulmonar total para PEMáx e no volume residual para PIMáx. Conduzida análise de
regressão linear simples em 99 pacientes com lesão medular motora completa. Foi
realizada a análise de regressão múltipla, com base nas variáveis relacionadas ao
indivíduo e clínicas: nível, extensão e tempo de lesão. Resultados: Considerando os
percentuais do previsto, a capacidade vital forçada foi diferente entre os subgrupos
(P<0,001), com tendência de elevação a partir dos pacientes com lesão cervical alta
(49%±25) até os níveis mais baixos (84%±15). A PImáx média variou de 56±28 a
101±34 cmH2O, e a PEmáx média variou de 39±29 a 103±32 cmH2O. A regressão linear
simples entre nível motor específico da lesão e os valores médios percentuais dos
previstos das pressões respiratórias estáticas máximas foi melhor para PEMáx (r= 0,81,
P<0,0001; r2= 0,65), em relação a PIMáx (r= 0,62, P=0,004; r2= 0,38). Os modelos
multivariados apresentaram como variável independente o gênero e o nível motor da
lesão, para ambas as pressões. Para PIMáx, o peso e a história de tabagismo também
foram considerados e para PEMáx, a extensão da lesão. Os coeficientes de determinação
ajustados R2 foram de 0,44 e 0,50, respectivamente para PImáx e PEmáx. Conclusão:
Os resultados confirmam a restrição pulmonar, principalmente entre os tetraplégicos,
com normalidade para os paraplégicos baixos. As equações de previsão obtidas foram
baseadas em uma casuística considerável em se tratando de pacientes com lesão medular
traumática. A próxima etapa dessa investigação será sua validação em uma população
distinta, com lesão medular, quando então teremos a resposta definitiva sobre sua
utilidade clínica. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT Introduction: Pulmonary alterations encountered in spinal cord injury individuals, particularly those with tetraplegia, contribute to their increased morbidity and mortality rates. The pulmonary restriction syndrome of these patients is well known. It is caused by weakness or paralysis of the respiratory muscles. The measurement of maximal respiratory pressures, spirometry and pulmonary volumes characterize their pulmonary dysfunction. Objective: To describe the spirometric alterations; to measure the maximal static inspiratory and expiratory pressures; to correlate the mean values of the percentage predicted maximal static respiratory pressures with the spinal cord motor injury level; and to establish predictive equations for maximal static inspiratory and expiratory for the individuals with traumatic spinal cord injury. Subjects, Material, and Methods: One hundred and thirty one individuals with traumatic spinal cord injury, with motor level between C4 and L3, were analyzed. The patients were divided into groups of patients with tetraplegia (52, 40%, subdivided into two groups of injury level: C4-C5 and C6-C8) and a group of patients with paraplegia (79, 60%, subdivided into two groups of injury level: T1-T6 and T7-L3). The sample contained 90 men, had a mean age of 31±12 years, with a mean time post injury of 25±37 months, with complete motor lesion in 76% and 31% were smokers. Pulmonary function evaluation was made by spirometry and the measurement of the inspiratory (MIP) and expiratory (MEP) pressures. The pressure data was obtained with the occlusion of the system at total pulmonary capacity for MEP and at residual volume for MIP. Simple linear regression was conducted in 99 patients with complete motor spinal cord injury. Multiple linear regression was conducted for the individual and clinical variables of level, extension and time post injury and degree of spasticity. Results: the predicted percentage of forced vital capacity varied among the subgroups (P<0,001), with cervical lesion patients showing lowest percentage predicted (49%±25) and patients with paraplegia the highest (84%±15). Mean MIP varied from 56±28 to 101±34 cmH2O, and mean MEP varied from 39±29 to 103±33 cmH2O. The simple linear regression between a specific motor level and the mean percent predicted of maximal respiratory pressures showed a stronger correlation for MEP (r= 0.81, P<0.0001; r2= 0.65) that for MIP (r= 0.62, P=0.004; r2= 0.38). The multiple linear regression identified gender and motor lesion level as independent variables predictive of both MIP and MEP. Weight and smoking factors influenced MIP whereas lesion extension influenced MEP. The coefficient of determination adjusted (R2) were 0.44 and 0.50, respectively for MIP and MEP. Conclusion: the results confirm pulmonary restriction, mainly among patients with tetraplegia, and no restriction in patients with lower lesions (paraplegia). The predicted equations obtained were based on a substantial number of subjects with traumatic spinal cord injury. The next stage of this investigation will be its validation in other populations of patients with spinal cord lesions, to determine its clinical applicability. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FMD) |
Informações adicionais: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2006. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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