Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/3060
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2007_JacquelineFerrazCMarangoni.pdf737,3 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Título: "Meu tempo, seu tempo" : refletindo sobre as relações intergeracionais a partir de uma intervenção no contexto escolar
Autor(es): Marangoni, Jacqueline Ferraz da Costa
Orientador(es): Oliveira, Maria Cláudia Santos Lopes de
Assunto: Adolescência - aspectos psicológicos
Idosos - psicologia
Família - relações interpessoais
Escolas - família
Data de publicação: 2007
Referência: MARANGONI, Jacqueline Ferraz da Costa. "Meu tempo, seu tempo": refletindo sobre as relações intergeracionais a partir de uma intervenção no contexto escolar. 2007. 120 f. Dissertação (Mestrado em Pisicologia)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
Resumo: As famílias têm passado por mudanças importantes em sua estrutura e função, como efeito das recentes transformações socioculturais e históricas nas sociedades ocidentais. O fenômeno do aumento da longevidade é um dos aspectos que colaboram para as modificações na família, influenciando os relacionamentos entre as gerações e diversificando as funções do idoso na dinâmica familiar. Essa nova realidade pode levar as pessoas a experimentar por um período mais longo o papel de avós e ter um convívio mais íntimo com seus netos. O presente estudo parte de uma intervenção realizada em uma escola pública de ensino fundamental e médio do Distrito Federal (DF). Seu objetivo é investigar as concepções de adolescentes acerca do desenvolvimento humano no curso de vida, assim como identificar e analisar os sentidos construídos por avós e netos em encontros intergeracionais realizados como parte da intervenção. A metodologia está baseada na epistemologia qualitativa e desenvolvida como um processo construtivo-interpretativo, em três etapas complementares, a saber: (1) aplicação e análise de respostas a um questionário para levantamento de concepções sobre desenvolvimento no curso de vida; (2) atividades temáticas sobre envelhecimento, em sala de aula; (3) grupos focais envolvendo adolescentes e idosos. Os participantes da primeira e segunda etapas da pesquisa foram 74 alunos de duas turmas de oitava série, com idades entre 12 e 19 anos. Participaram da terceira etapa 9 alunos, sendo dois irmãos, com idades variando entre 13 e 18 anos, e seus respectivos avós (n=8), com idades entre 50 e 69 anos. Os resultados da etapa 1 evidenciaram representações estereotipadas sobre a velhice por parte dos adolescentes que contrasta com a visão positiva presente quando avaliaram prospectivamente a própria velhice. Além disso, ao caracterizar a adolescência, os adolescentes priorizaram as dimensões fisiológica e social, enfatizando a ampliação dos espaços de convivência e a necessidade de autonomia, nesse momento do curso de vida. Nas atividades temáticas realizadas com os adolescentes, a cultura do consumo, a violência e a importância dos avós na vida dos participantes foram os eixos de significação identificados de modo preponderante. A análise das informações construídas nas interações comunicativas dos grupos focais permitiu identificar quatro "zonas de sentido": 1) avós como cuidadores principais ou co-responsáveis na educação dos netos; 2) conflitos intergeracionais; 3) realidade sociocultural contemporânea marcada pelo medo; 4) realidade sociofamiliar dos avós marcada por dificuldades. Por fim, o estudo indica a necessidade de pesquisas sobre os relacionamentos intergeracionais, em especial, a relação avós-netos, no mundo contemporâneo e reitera a importância da escola como contexto para a realização de programas de integração entre gerações. __________________________________________________________________________________ ABSTRACT
Families function and structure have passed through meaningful changes due to recent historic and sociocultural transformations in western societies. The phenomenon of growing longevity is one of the aspects that collaborate to modify the dynamic of families, while influencing the relationships between generations and diversifying the roles of elders in it. In this novel reality people may experiment grandparenting for longer and to develop a more intimate affective link to grandchildren. The present study derives from an intervention conducted in an elementary state school in Federal District (DF). It aims to investigate adolescents conceptions about human development in life course, and to identifying and analyzing meanings negotiated by grandparents and grandchildren along intergenerational meetings conducted by researcher as a part of the intervention proposed. As a qualitative epistemology was adopted, the methodology was developed as a constructive-interpretative process in three complementary phases: (1) application and analysis of the answers to a questionnaire oriented to grasp conceptions regard to development in life course; (2) thematic school activities on different topics regard aging; (3) focal groups gathering teenagers and elders. Participants of first and second phases of the investigation were students (n=74) from two eight-grade classes, ages from 12 to 19. In the third phase 9 students participated, 13 to18 years old, being two brothers, and their respective grandparents (n=8), 50 to 69 years old. The results from phase 1 showed that adolescents share stereotyped representations about aging. In contrast, they presented a very positive prospective view of their own elderliness. Besides, teenagers characterize adolescence mainly through physiological and social features, and emphasize their necessity of broader space enhancement and of autonomy in this particular moment of life course. In the thematic school activities conducted in class with the teenagers, the consuming culture, violence and the importance of grandparents’ in the participants’ lives were the main topics to orient meaning systems. The analyses of the information built through communicative interactions in the focal groups led to four “sense zones”: 1) grandparents as main caretakers or co-educators of grandchildren; 2) inter-generational conflicts; 3) contemporary sociocultural context marked by fear; 4) difficulty as the sign of grandparents own socio-familiar reality. Finally, the study indicates the necessity of more researches on intergeneration relationships, in special, the relationships between grandparents-grandchildren, and reiterates the importance of school as an essential context to integrate generations through intergenerational programs.
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2007.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

Mostrar registro completo do item Visualizar estatísticas



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.