Emphaty as the foundation of the social sciences and of social life: a reading of Husserl's phenomenology of transcendental intersubjectivity

Abstract

Starting with an overview of possible solutions to the problem of social order, the author presents a non-acritical reconstruction of Edmund Husserl's transcendental phenomenology of intersubjectivity as a sympathetic alternative to Habermas's theory of communicative action. By means of a detailed analysis of the concept of empathy (Einfühlung), he shows that Husserl's phenomenology of intersubjectivity offers a triple foundation of the sciences. As a warrant of the objectivity of the world, it grounds the natural sciences; as a presupposition of sociality, it founds the social sciences; as mediated by culture, it grounds the social sciences as human sciences.

Partindo de uma revisão de diversas soluções propostas para o problema da ordem social, o autor apresenta uma reconstrução não crítica da fenomenologia transcendental de Edmund Husserl como alternativa à teoria da ação comunicativa de Habermas. Através da análise detalhada do conceito de empatia (Einfühlung), ele mostra que a fenomenologia da intersubjetividade de Husserl oferece um triplo fundamento às Ciências Sociais. Como garantia de objetividade do mundo, ela a iguala às Ciências Naturais; como uma pressuposição de socialidade, ela as fundamenta Ciências Sociais, e por serem mediadas pela cultura, as converte em Ciências Humanas.

Passant en revue les diverses solutions proposées pour résoudre le problème de l'ordre social, l'auteur propose une reconstruction non critique de la phénoménologie de l'intersubjectivité transcendentale de Edmund Husserl comme une approche qui permet de corriger la théorie de l'agir communicationnel de Habermas. A partir d'une analyse serrée de l'empathie (Einfühlung), il montre que l'intersubjectivité intervient dans les écrits de Husserl d'abord comme fondement des sciences naturelles, car l'intersubjectivité assure l'objectivité du monde ; ensuite comme fondement des sciences sociales, car la socialité préppose l'intersubjectivité ; et, enfin, comme fondement des sciences humaines, car l'intersubjectivité donne accès au monde de la culture.