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Título: Impacto das infecções relacionadas à assistência à saúde em um serviço de neonatologia de referência do Distrito Federal
Autor(es): Freitas, Felipe Teixeira de Mello
Orientador(es): Romero, Gustavo Adolfo Sierra
Assunto: Sepse neonatal
Análise de sobrevivência
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
Mortalidade infantil
Data de publicação: 23-Nov-2017
Referência: FREITAS, Felipe Teixeira de Mello. Impacto das infecções relacionadas à assistência à saúde em um serviço de neonatologia de referência do Distrito Federal. 2017. xviii, 160 f., il. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Resumo: Introdução: A sepse é uma das principais causas de óbito evitáveis no período neonatal. As infecções podem ser compreendidas como relacionadas à assistência à saúde (IRAS), seja as do período neonatal precoce, relacionadas ao pré-natal e assistência durante o parto ou no período neonatal tardio, relacionadas à assistência no hospital. Objetivos: Estimar a incidência e descrever as principais características das IRAS nos períodos neonatais precoce e tardio em uma maternidade de referência no Distrito Federal. Método: Foi realizada uma revisão sistemática com estudos originais obtidos dos bancos de dados do MEDLINE, LILACS e Scielo de Janeiro de 1995 a Dezembro de 2014. Os estudos foram avaliados a partir de um escore de qualidade criado pelos autores. A mediana e intervalos para a incidência acumulada e densidade de incidência de IRAS foram reportados e a meta-análise foi desenvolvida aplicando efeito de qualidade aos modelos. Para estudo da sepse neonatal precoce (SNP) e tardia (SNT) foi realizada uma vigilância prospectiva das IRAS em uma maternidade de referência regional. Todos os recém-nascidos (RN) que preenchiam os critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária foram acompanhados do dia de admissão até a alta ou até o nonagésimo dia de internação. Para estudo da SNP foi realizado um estudo descritivo, comparando o período de janeiro a 2012 a dezembro de 2013 com o período de janeiro de 2014 a setembro de 2015, quando foi iniciada a pesquisa de colonização por estreptococo do grupo B (EGB) e a profilaxia com antibióticos durante o parto. A SNP foi definida como um resultado de hemocultura positiva obtida de RN com ≤ 72 horas de vida e tratamento com antibióticos por ≥ 5 dias. Para estudo da SNT foi realizado um estudo de coorte no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2016. Foi realizada uma análise de sobrevida, tendo como desfechos os tempos até o óbito ou até o primeiro episódio de infecção primária de corrente sanguínea (IPCS) tardia. Um modelo de Cox estendido e o calculo do hazard ratio (HR) foi aplicado comparando os RN de muito baixo peso (RNMBP) e os demais RN nascidos na maternidade. Resultados: Quatorze estudos foram incluídos na revisão sistemática, que representaram 22.922 pacientes e 277.838 pacientes-dia. A incidência combinada de IRAS global foi de 26,5% (IC 95% 17,9 a 36,2). A densidade de incidência de IRAS, de IPCS e de pneumonia associada à ventilação (PAV) combinada foi de 23,9 (IC 95% 15,4 a 37,0), 9,1 (IC 95% 1,5 a 56,1) e 8,2 (IC 95% 1,0 a 65,5) por 1.000 pacientes-dia ou dispositivos-dia, respectivamente. Um alto nível de heterogeneidade foi observado em todos os modelos (I2>99%; p<0,05). No estudo de SNP, a incidência de SNP foi de 1,7 casos por 1.000 nascidos vivos (NV) e a letalidade de 44%. A partir de 2014, 74 (24%) swabs foram positivos para EGB. Após a implantação das diretrizes de prevenção de EGB, não foram observados novos casos de EGB e a incidência SNP foi reduzida de 1,9 (IC 95% 1,3 a 2,8) para 1,3 (IC 95% 0,7 a 2,3) casos por 1.000 NV (p=0,32). No estudo de SNT, de 2014 a 2016, 1560 RN foram seguidos, ocorreram 864 IRAS, das quais 714 (83%) tardias, e destas, 435 foram episódios de IPCS. A incidência de IPCS foi de 22% e a densidade de incidência de IPCS foi de 18,6 por 1.000 cateteres venosos centrais-dia. De 318 episódios de IPCS com cultura positiva, 209 (66%) foram por estafilococo coagulase negativo. A mortalidade variou de 22% entre RNMBP e 8% nos demais RN. O HR para tempo até óbito foi de 4,06 (IC 95% 2,75 a 6,00, p<0,01) nos primeiros 60 dias de vida e para o tempo até o primeiro episódio de IPCS foi de 1,76 (IC 95% 1,31 a 2,36, p<0,01) nos primeiros 36 dias de vida, sendo mais frequente entre os RNMBP nesse período. A direção do efeito se inverte no tempo até o primeiro episódio de IPCS a partir do 37o dia de vida, sendo o evento de interesse mais frequente entre os RN de maior peso, (HR de 2,94; IC 95% 1,92 a 4,34, p<0,01) até o fim do seguimento. Conclusões: A incidência de IRAS no país é alta, medidas para prevenção das IRAS são essenciais para redução da mortalidade infantil, ressaltando as diferenças de risco observadas entre RN de acordo com o peso ao nascimento.
Abstract: Introduction: Sepsis is one of the leading preventable causes of death in the neonatal period. Infections can be understood as healthcare-associated (HAI), in the early neonatal period as related to prenatal care and delivery practices or in the late neonatal period as related to hospital care, especially in the neonatal intensive care unit. Objectives: To estimate the incidence and to describe the main characteristics of HAI in the early and late neonatal periods in a reference maternity hospital in the Federal District. Method: A systematic review was carried out with original studies obtained from MEDLINE, LILACS and Scielo databases from January 1995 to December 2014. The studies were evaluated using a quality score created by the authors. The median and intervals for cumulative incidence and incidence density of HAI were reported and a meta-analysis was performed, applying quality effect to the models. Early-onset neonatal sepsis (EOS) and late-onset sepsis (LOS) prospective surveillance was performed in a regional reference maternity hospital. All newborns (NB) that fulfilled the National Sanitary Surveillance Agency criteria for HAI surveillance were accompanied by the day of admission until discharge or until the ninety-day of hospital stay. A descriptive study was carried out to study the EOS, comparing the period from January of 2012 to December of 2013 with the period from January of 2014 to September 2015, when a protocol for group B streptococcus (GBS) colonization screening and antibiotic prophylaxis during labor was instituted. EOS was defined as a result of a positive blood culture obtained from NB with ≤ 72 hours of life and treatment with antibiotics for ≥ 5 days. To study LOS, a cohort study was conducted from January 2014 to December 2016. A survival analysis was performed, with the time-to-death or time to the first episode of primary bloodstream infection (BSI) as outcomes. An extended Cox model was applied and the hazard ratio (HR) calculated, comparing very low birth weight (VLBW) infants and the other NBs born in the maternity ward. Results: Fourteen studies were included in the systematic review, which represented 22,922 patients and 277,838 patient-days. The combined incidence of overall HAI was 26.5% (95% CI 17.9 to 36.2). The incidence density of HAI, BSI, and ventilator-associated pneumonia (VAP) was 23.9 (95% CI 15.4 to 37.0), 9.1 (95% CI 1.5 to 56.1) and 8.2 (95% CI 1.0 to 65.5) per 1,000 patient-days or device-days, respectively. A high level of heterogeneity was observed in all models (I2>99%, p<0.05). In the study about EOS, the incidence of EOS was 1.7 cases per 1,000 live births (LB) and the fatality rate was 44%. From 2014, 74 (24%) swabs were positive for GBS. After the implementation of GBS prevention guidelines, no case of GBS arose, and the incidence of EOS was reduced from 1.9 (95% CI 1.3 to 2.8) to 1.3 (95% CI 0.7 to 2.3) cases per 1,000 LB (p=0.32). In the study about LOS, from 2014 to 2016, 1560 NB were followed, 864 HAI occurred, of which 714 (83%) were LOS, and of these, 435 were episodes of BSI. The incidence of BSI was 22% and the incidence density of BSI was 18.6 per 1,000 central venous catheter-days. Of 318 episodes of BSI with positive culture, 209 (66%) were caused by coagulase negative staphylococcus. Mortality ranged from 22% in VLBW to 8% in other NB. The HR for time to death was 4.06 (95% CI 2.75 to 6.00, p<0.01) in the first 60 days of life and for the time until the first episode of BSI was 1.76 (95% CI 1.31 to 2.36, p<0.01) in the first 36 days of life, being more frequent among the VLBW infants in this period. But it reverses for the time until the first episode of BSI from the 37th day of life, being more frequent among the most heavily infants, a HR of 2.94 (95% CI 1.92 to 4.34, p <0.01) until the end of follow-up. Conclusions: The incidence of HAI in the country is high; measures for the prevention of HAI are fundamental for reducing infant mortality, taking into account the differences between NB according to birth weight.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Medicina (FM)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Pós-graduação em Medicina Tropical, 2017.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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