http://repositorio.unb.br/handle/10482/23897
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2016_FernandadeFreitasCampos.pdf | 860,27 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | O prazer pela carne : antropologia ritual dos povos Tupinambá nas cartas jesuíticas de meados do século XVI |
Autor(es): | Campos, Fernanda de Freitas |
Orientador(es): | Gil, Tiago Luís |
Assunto: | Antropofagia Índios Tupinambá Jesuítas Índios - história Índios - ritos e cerimônias fúnebres |
Data de publicação: | 26-Jul-2017 |
Data de defesa: | 31-Dez-2016 |
Referência: | CAMPOS, Fernanda de Freitas. O prazer pela carne: antropologia ritual dos povos Tupinambá nas cartas jesuíticas de meados do século XVI. 2016. 102 f. Dissertação (Mestrado em História)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016. |
Resumo: | A historiografia há muito vem salientando que as sociedades tupinambá tinham a guerra como sua principal atividade. O combustível da guerra desses povos era a vingança, que era multiplicada a cada vez que se realizava: não acabava com o ódio pelo inimigo, mas o confirmava. As guerras terminavam no que se pode considerar como o principal ritual da sociedade tupinambá: a antropofagia. Comiam seus inimigos para vingar seus antepassados mortos. Vão à guerra com o objetivo específico de capturar inimigos e comê-los dentro de um ritual. Os missionários jesuítas, em suas cartas, tratam com horror dessa prática dos indígenas, e dizem trabalhar arduamente para tirar-lhes tal costume. Utilizamos uma compilação de cartas jesuíticas, denominada “Cartas Avulsas” para análise da percepção dos padres acerca de tal ritual. Além disso, utilizamos cópia microfilmada das cartas jesuíticas originais. Através desse método de análise, trabalhamos com o objetivo de entender o ritual antropofágico dos grupos tupinambá, com enfoque na possibilidade de que os indígenas sentissem prazer ao comer a carne de seus inimigos, não apenas pela saciedade do sentimento de vingança, mas o prazer pelo alimento. Buscamos isso através do olhar carregado de significado do jesuíta, que está ali cumprindo missão evangelizadora e, além disso, civilizadora. |
Abstract: | Historiography has been for long reaffirming the fact that tupinambá’s societies had war as their main activity.Vengence was the fuel to these people’s urge to war, which was multiplied each time they enganged into it: hatred for the enemy was not the end, it rather confirmed it. These wars ended in what can be considered as the main ritual of tupinambá’s society: the anthropophagy. They would eat their enemies as a vendetta for their dead ancestors. They go to war with the specific goal of capturing enemies and eat them in a ritual. As they wrote their letters, the Jesuit missionaries describe with horror this indigenous practice and claimed to wipe out such behaviour. By researching in a compilation of Jesuit’s letters, known as Loose Letters, we seek to analyse these preachers’ perception of such ritual. Besides that, we used a microfilmed copy of Jesuit’s original letters. Through this method of analysis, we worked aiming to understanding the tupinambá’s anthropophagic ritual, with the approach in the possibility that these indigenous would feel pleasure by eating the flesh of their enemies, not only seeking to satisfy their need to revenge, but also the pleasure of nurturing. We seek to see this through the Jesuit’s sigh, which was full of meaning, of a man who was there fulfilling his evangelising mission and, more than that, civilizing mission. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Humanas (ICH) Departamento de História (ICH HIS) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, Programa de Pós-graduação em História, 2016. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em História |
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DOI: | http://dx.doi.org/10.26512/2016.12.D.23897 |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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