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Título: Cartografia das práticas de subjetivação em experiências trans
Autor(es): Oliveira, Polianne Delmondez
Orientador(es): Barbato, Silviane Bonaccorsi
Assunto: Transgeneridade
Desenvolvimento psicológico
Análise do discurso
Transexualidade
Subjetividade
Data de publicação: 26-Abr-2017
Referência: OLIVEIRA, Polianne Delmondez. Cartografia das práticas de subjetivação em experiências trans. 2017. xi, 145 f., il. Tese (Doutorado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Resumo: Essa tese analisa como as pessoas trans dão sentido a sua experiência de subjetivação, ou seja, como constroem explicações acerca de si, do outro e do mundo, levando-se em consideração as dimensões envolvidas no seu desenvolvimento psicológico. Assim, a pesquisa foi realizada a partir das narrativas e das argumentações de pessoas que vivenciam a experiência da transgeneridade e da transexualidade, com foco em processos de autorreflexividade e de autorregulação psíquica diante da experiência. A perspectiva pós-estruturalista de M. Foucault, G. Deleuze e J. Butler fornecem instrumentos conceituais para pensar como as subjetividades têm sido produzidas no espaço-tempo contemporâneo. Pode-se dizer que a construção do saber acerca das experiências trans está imersa numa série de aparatos técnico-discursivos que visam ditar uma verdade sobre quem é e como deveria viver. Nesse sentido, o objetivo é tecer um diagnóstico contemporâneo dos regimes de verdade existentes no dispositivo da transexualidade que, inclusive, está presente nas práticas e nos discursos psicológicos, e historicamente tem incitado e formado determinadas práticas de produção de sujeitos. A constituição das subjetividades está relacionada ao modo como o dispositivo da transexualidade, como um regime discursivo de poder-saber, também se reproduz nas práticas de subjetivação de sujeitos trans. Por outro lado, na contemporaneidade, há a emergência de sujeitos políticos que se articulam coletivamente e propõem novas possibilidades de reconhecimento social e de cidadania. Todo o percurso teórico e metodológico baseou-se cartografia, com o desenvolvimento da política da escrita enquanto poiesis para acompanhar os campos de força e a processualidade da investigação. Além disso, a análise de dispositivos e de seus desdobramentos, em analisadores, revelou-se essencial, como, por exemplo, as políticas da amizade observadas durante a prática de pesquisa com as/os participantes. A investigação empírica foi realizada em encontros coletivos e individuais e subdividiu-se em três momentos principais. No primeiro momento, foi acompanhada uma prática profissional em psicologia; no segundo, foram feitas observações do movimento social de homens trans e LGBT; no terceiro, envolveu a participação voluntária de seis transexuais (trans binários e não-binários) em encontros de entrevistas nas modalidades narrativas e episódicas. A análise do dispositivo da transexualidade tem evidenciado como as práticas de si podem se desenvolver em técnicas de autoprodução a partir de resistências às hegemonias cisheteronormativas e ao binarismo de gênero, que são modos de governamentalidade. Com este estudo, foi possível propor uma nova compreensão sobre a relação constituinte entre gênero e processos de subjetivação, situado no âmbito das experiências trans, e, assim, permitiu a tessitura de um saber psicológico na perspectiva da despatologização.
Abstract: This thesis analyzes how trans individuals give meaning to their experience of subjectivation – how they construct explanations about themselves, others and the world – taking into consideration the dimensions involved in their psychological development. The research is based on the narratives of people who experience transgender and transsexuality, focusing on the processes of self-reflexivity and psychic self-regulation arising out of experience. The poststructuralist perspectives of M. Foucault, G. Deleuze and J. Butler provide conceptual tools for thinking about how these subjectivities are produced. Using these tools, this thesis argues that the construction of knowledge about trans experiences occurs in a series of technical-discursive assemblages that aim to dictate a truth about who someone is and how they should live. In this sense, the objective of the thesis is to provide a contemporary diagnosis of the regimes of truth that exist in the transsexual assemblage, which is present in psychological practices and discourses, and historically has incited and shaped certain practices of subject production. The constitution of subjectivities is related to the way the assemblage of transsexuality, as a discursive regime of power-knowledge, also reproduces itself in the practices of subjectivation of trans subjects. On the other hand, in this context, the emergence of political subjects that are collectively articulated and propose new possibilities for social recognition and citizenship. The entire theoretical and methodological framework is based on cartography, with the development of a politics of writing as poiesis to accompany the fields of force and procedures of the investigation. Further, the analysis of assemblages and their unfolding proved to be essential, as, for example, the politics of friendship was observed during the research practice with the subjects. The empirical investigation was carried out in collective and individual meetings and subdivided into three main moments. First, it was accompanied by a professional and research practice in psychology; second, observations were made of the trans and LGBT social movements; third, narrative and episodic interviews were conducted involving the voluntary participation of six transsexuals (trans binaries and non-binaries). The analysis of the assemblage of transsexuality has shown how the practices of the self can develop in techniques of self-production out of resistances to cisheteronormative hegemonies and gender binarism as modes of governmentality. With this study, it was possible to propose a new understanding of the mutually constituting relationship between gender and processes of subjectivation, situated within the scope of trans experiences, and, thus created psychological knowledge from the perspective of depathologization.
Unidade Acadêmica: Instituto de Psicologia (IP)
Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento (IP PED)
Informações adicionais: Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2017.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento e Saúde
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2017.03.T.23394
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