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Título: Mineralogia e petrologia do depósito hidrotermal de vermiculita de São Luís de Montes Belos, arco magmático de Goiás
Autor(es): Macedo, Hammel Assunção Oliver
Orientador(es): Della Giustina, Maria Emilia Schutesky
Coorientador(es): Oliveira, Claudinei Gouveia de
Assunto: Petrologia - Goiás (Estado)
Mineralogia
Vermiculita
Arco Magmático de Goiás (AMG)
Data de publicação: 9-Fev-2017
Referência: MACEDO, Hammel Assunção Oliver. Mineralogia e petrologia do depósito hidrotermal de vermiculita de São Luís de Montes Belos, arco magmático de Goiás. 2016. xxvii, 73 f., il. Dissertação (Mestrado em Geologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: A Suíte São Luís de Montes Belos (SSLMB) é constituída por um conjunto de intrusões ultramáficas, afetadas por processos hidrotermais, mineralizadas a dois tipos de vermiculita. Os corpos estão alojados na unidade ortognáissica Sanclerlândia (822 Ma), Arco Magmático Arenópolis (AMA), porção sudoeste da Faixa Brasília. Mais de quarenta corpos ultramáficos de formato elíptico, intrusivos e dispostos ao longo das direções NE-SW e N-S, compõem a SSLMB. Embora os processos hidrotermais sejam amplamente distribuídos, ocorrem zonas menos alteradas com rochas ígneas parcialmente preservadas, possibilitando a distinção de uma estratigrafia ígnea com camadas intercaladas de peridotitos e de clinopiroxenitos. A paragênese ígnea é constituída por olivina (Fo87) + diopsídio + flogopita tipo I nos peridotitos e diopsídio + flogopita nos clinopiroxenitos. Hidroflogopita I (flogopita I + vermiculita I), tremolita, serpentina e magnetita constituem a paragênese hidrotermal do serpentina - magnetita - vermiculita - flogopitito (srp-mt-vrm - flogopitito), produto de alteração do peridotito. O equivalente hidrotermal do clinopiroxenito é o vermiculita - flogopitito (vrm - flogopitito) com paragênese constituída por flogopita tipo II, actinolita, tremolita e titanita. Os corpos da SSLMB são intrudidos por hornblenditos, diques pegmatíticos quartzo-feldspáticos, hornblenditos e veios feldspáticos. Os hornblenditos são constituídos por hornblenda (70 - 90% do volume), flogopita tipo III, titanita e flúorapatita. Os diques félsicos são constituídos por albita (Ab90), quartzo, sanidina (Or83) e turmalina. Os veios possuem feldspatos de mesma composição dos diques félsicos. As intrusões pegmatíticas félsicas resultam em diferentes interfaces de reação nos diferentes corpos. Quando inseridas em meio à peridotitos e seus derivados hidrotermais, produzem três zonas de alteração: (i) zona da antofilita; (ii) zona da hidroflogopita I; e (iii) zona da hidroflogopita I, quartzo e feldspato. Em clinopiroxenitos e vrm - flogopititos, as intrusões félsicas produzem uma borda de reação com lamelas de flogopita II e vermiculita II orientadas. A vermiculita ocorre disseminada em srp-mt-vrm - flogopititos, vrm - flogopititos e nas bordas dos diques pegmatíticos. O argilomineral foi gerado principalmente durante o intemperismo, porém o processo de vermiculitização da flogopita do tipo I iniciou no final do evento hidrotermal. Datação U-Pb em titanita associada à alteração de diopsídio em vrmflogopititos forneceu uma idade de 556 Ma, interpretada como a idade do início do processo de transformação de vermiculita I a partir de flogopita I. Padrão enriquecido de elementos terras raras (ETR) em relação ao condrito e valores negativos de Nd (-3,2 a - 5,2), são típicos de intrusão ultramáfica em crosta continental espessa. Apesar da idade dos corpos da SSLMB ser desconhecida, a ausência de deformação e metamorfismo regional sugere que essas intrusões são posteriores à colisão final e fechamento da Faixa Brasília. A química de rocha total e os valores de Nd, sugerem que essas rochas são derivadas do manto metassmatizado, em um ambiente envolvendo subducção de placa, com magmatismo gerado a partir da hidratação e metassomatismo da cunha mantélica. No AMA as unidades supracrustais (890 - 574 Ma) e ortognáissicas (899 - 630 Ma) são justapostas por zonas de cisalhamento transcorrentes com direções NNE a NNW. Alguma dessas estruturas podem ter controlado a disposição dos corpos SSLMB e a percolação dos fluidos hidrotermais, enriquecidos em potássio, responsáveis pela alteração de peridotitos e clinopiroxenitos.
Abstract: The São Luís de Montes Belos Suite (SLMBS) consists of a group of ultramafic intrusions that hosts important vermiculite deposits. The SLMBS crops out at the southwestern-most part of the Brasília Fold Belt within the Sanclerlândia orthogneissic unit in the Arenópolis Magmatic Arc (AMA). The SLMBS is composed of more than forty elliptical-shaped intrusive bodies distributed along the NE-SW and N-S trends. Although affected by hydrothermal processes, primary mineralogy and texture are still partially preserved, allowing the distinction of a layered sequence with alternating peridotites and clinopyroxenites layers, characterized by olivine (Fo87)+diopside+phlogopite type I and diopside+phlogopite type II, respectively. The mineral paragenesis of serpentinte - magnetite - vermiculite - phlogopitite (srp-mt-vrm - phlogopitite), peridotites hydrothermal product, consits of hydrophlogopite I (phlogopite I + vermiculite I), tremolite, serpentine and magnetite. The mineral paragenisis of vermiculite - phlogopitite (vrm - phlogopitite), clinopyroxenites hydrothermal product, consist of phlogopite type II, actinolite, tremolite and titanite. Hornblendite and felsic pegmatitic dykes and veins cross cut the SLMBS bodies. Hornblendites are composed by hornblende (70 - 90% v.), phlogopite, titanite and fluorapatite. Felsic dykes contains albite (Ab90), quartz, sanidine (Or83) and tourmaline, and result in different mineralogical assemblages at the interface with ultramafic rocks, forming three distinguishable zones within peridotite: (i) anthophyllite zone; (ii) hydrophlogopite I zone; (iii) hydrophlogopiteI+quartz+feldspar zone. In clinopyroxenites, oriented lamellae of flogopita II and vermiculite II are formed at the contact with felsic dykes. Vermiculite occurs as disseminated grains in peridotite and clinopyroxenite alteration products (srp-mt-vrm phlogopitite and vrm phlogopitite), respectively, and and at the contact between the pegmatitic dyke and the host rock.. The vermiculite mineral deposit was mainly formed by weathering, but there is textural evidence that at least part of the vermiculitization process of phlogopite I initiated during the hydrothermal imprint. U-Pb LA-MC-ICPMS dating of titanite from a vrm phlogopitite provided an age of 556±19 Ma, interpreted as representative of the timing of hydrothermal imprint on the SLMBS suit. However, although the SLMBS emplacement age is unknown, the absence of deformation and regional metamorphism suggests that these intrusions are later to the final stages to the final ocean closure and continental colision of Brasília Belt. Combined whole rock litogeochemistry and Sm-Nd systematics values indicates these rocks were derived from metasomatized mantle partial melting in a scenario involving final orogen relaxation. The AMA supracrustal (890 - 574 Ma) and orthogneissic (899 - 630 Ma) units are juxtaposed to each other along NNE to NNW stike-slip zones. Some of those structures may have controlled the disposition of SLMBS bodies and the percolation of potassium-enriched hydrothermal fluids, responsible for the alteration of peridotites and clinopyroxenites.
Unidade Acadêmica: Instituto de Geociências (IG)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2016.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2016.09.D.22446
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